quinta-feira, 31 de março de 2011
BOI DO SERTÃO
Cai o fruto da braúna
Cá no lombo desse boi
Boi de sombra boi malhado
Boi baboso e condutor
Só não sai puxando o carro
Porque a rapadura acabou
Na caatinga roda o mato
Só de prosa co’as fulô
Sem porteira é boi danado
Sem capim é boi ladrão
Em Juazeiro é boi santo
De Zebedeu do sertão
Sendo muito é boi manada
Passarada, pasto e peão
Vaqueiro tocando a boiada
O aboio é o seu berrante
Sem que a cacimba dê água
E aplaque o sol delirante
Sendo pouco é boi de roça
Que come a palha dos milhos
Alimentando os dez filhos
Que o sertanejo "agarante"
Na sequidão tão constante
Desenha o luto da sorte
Mira a terra esturricada
Arrodeia a mula magra
É às vezes perde da morte.
NINA ARAÚJO.
Há Varias Formas De Saber!!!
Há O Saber Por Obrigação,
Adquirido Com Muita Reclamação!!!
Há O Saber Sem Querer,
Aquele Adquirido Para Sobreviver!!!
Há O Saber Com Vontade,
Com Muito Amor e Lealdade!!!
Há O Fingir Saber,
O Qual A Inveja, Corroeu O Ser!!!
Há O Esforçar Para Saber,
Com Muita Dedicação, Aprende Com O Coração!!!
Há O Não Querer Saber,
Que Devora O Ingrato Ser, Que Não Sabe Nem Viver!!!
O Que Você Sabe???
O Que Queres Saber???
O Que Já Aprendeu???
O Que Tens Para Eu???
Pequena Poetisa-Vana Fraga
MÃE NATUREZA
E ter a falsa idéia de solidez
quarta-feira, 30 de março de 2011
Amor maternal
SEJA BEM VINDA MIRIAN PANIGHEL CARVALHO!!!
Chega de infortúnios
De atos incautos, de conflitos...
De desenganos, de infaustos!
Chega de cenas do passado
batendo à porta das lembranças.
Lembranças dos tempos idos
que já se foram... não voltam mais!
Chega de ter inveja de mim mesma
por nunca mais poder viver os
momentos vividos...
Na ânsia de amar e ser amada
tropecei no meu amor próprio...
Tropecei na vida, na sorte
e até mesmo na morte.
Perdi o passo no descompasso.
Chega de tropeços...
Parem o mundo:
EU QUERO DESCER!
Miriam Panighel Carvalho
* SEJA BEM VINDA!!! RECEBA O CARINHO DE TODOS NÓS QUE FAZEMOS O PORTAL DO POETA BRASILEIRO!!!
Aline Romariz
terça-feira, 29 de março de 2011
ORAÇÃO DAS BOAS AMIGAS.
BEM VINDO FRANCISCO DOS SANTOS FILHO!!!
Por entre as pedras da cachoeira, uma vida inteira,
Preso nas cordas da fantasia um trovador errante,
Cheio de festa, cantava o esplendor do existir...
Em acordes derradeiros, celebrava a alegria!
No espelho das águas, sua poesia se refletia...
A dor não tinha dia! Era seu canto o remédio,
O acalanto, o refrigério a feliz companhia!
Entre cantos e versos o trovador vivia!
O tempo passou, a cachoeira secou...
Também foi embora o cantador!
Sua voz nunca mais se ouviu,
Prá longe a correnteza levou!
Ficou a saudade, a incerteza...
O vazio do que não se realizou...
Tarde demais para novos conceitos!
Esperar talvez, para um recomeço!
Tal qual cigarra cantante,
Louvando a primavera dos meus dias...
Tal qual formiga da labuta,
Preparando o amanhã da solidez...
Me vejo assim, poeta e sonhador!
Francisco dos Santos Filho
* SEJA BEM VINDO !!!! RECEBA O CARINHO DE TODOS NÓS QUE FAZEMOS O PORTAL DO POETA BRASILEIRO !!!!
Aline Romariz
RATOS DI VERSOS
Passou uma puta enquanto eu versava
Um travesti que andava lento também passou
Lapa, Beco das Carmelitas onde Bandeira morou
Exatamente ali, entre poetas e garrafas
Uma batida pura ,boa cachaça
Uma noite, um poema, um amor
Falávamos de tudo, musas e pitonisas
Repentes, Pessoa, Guimarães Rosa
Enquanto se abria a roda de prosa
Essas “moças da vida” cheirando à flor
Buscavam seu dia na noite chuvosa
Na indisfarçável companhia da dor
Quanta luz habita um poema
Quanto de sombra ele engendra
O que de fato argumenta
Até sair da voz do autor?
Falem poetas dos becos mal iluminados
Falem menestréis abençoados
Falem o que ninguém vê
Falem Flávio, Dalberto e Dudu Pererê
Que as esquinas da Lapa recolham este som
Para reverberar enquanto ecoa a tristeza das mariposas
Quando voam baixo, quase sem sonhar
Quando fazem da rua o seu altar
Onde depositam sua glória
Como se na passarela estivessem
Sabendo que ali nada irão conquistar
A não ser a espera de um ávido assovio ao passar
Falem da miséria ,da intolerância, da ganância
Falem da ralé, da hipocrisia , do desamor
Falem da sobrevivência, da resistência, das anuências
Falem até que o último gole verse um torpor
E enquanto elas passam tentando chamar a atenção
As palavras continuam a derramar-se na emoção
Poesia doce, erótica,anárquica ou bandida
Poemas pesados, falam de filhos abandonados em vão
A fumaça maciça dos cigarros
Transforma o bar simples
Em um pub londrino
Com pandeiros e blues peregrino e o tom aumenta
E a fantasia se alimenta
Para preencher mais uma quinta-feira
Onde os amigos se encontram
E as borboletas sem asas despontam sem que possam voar...
Lar doce bar,
E é na Lapa que o meu peito está,
Lar doce bar,
São doces ratos que buscam a noite para poetar...
Nina Araújo & AnaLu Fernandes
(este poema foi idealizado numa noite de sarau in loco, no Beco das Carmelitas- Lapa)
SOMMELIER
Beatriz (Chico Buarque) - COM JORGE VERCILO
Dalva Saudo "Chuva e lágrimas no ônibus 212"
POESIA DE BOTECO
* Lá pelas tantas... Na pitoresca cidade de Salto... A lua como testemunha de todos os nossos atos... Resolvemos POETAR...
Procuro você e não encontro...
Na embriaguez desta noite enluarada...
Procuro você na canção que não cantamos
No momento, lhe busco...
Nas estrelas e no nada!
Talvez a aurora
me proponha uma suposição:
pensando ou sonhando com você
Oh! Minha amada!
Busco seu rosto
na fotografia não revelada
Doce encanto... Paixão e tormento!
Que me deixa o peito dilacerado como rosa ao vento;
Na poesia que escrevo...
Nas linhas dos meus versos lentos.
Roque Francischinelli Junior ( Bozó), Marise Bolognesi, Rildo e Aline Romariz
MANHÃ CINZENTA
Na manhã cinzenta
Cedo levantei
Coloquei um casaco que pouco esquenta
E pela última vez tua voz escutei
Na manhã cinzenta
Andei pelas ruas estreitas e molhadas
O casaco ainda não esquenta
Tenho que seguir a estrada
Na manhã cinzenta
Com outro me deparei
O casaco já esquenta
Num instante corei
Na manhã cinzenta
Suada fiquei
Teu corpo me esquenta
E do casaco não mais precisei
Helena Cristina Buarque
Buscando o meu Nirvana ...
Total ausência de sofrimentos
Reflito e penso nos momentos
Qual Buda em contemplação...
Aprender a se desapegar emana
Eliminar toda a ignorância também
Buscar conhecimentos e ir além
Obtendo paz e alegria no coração...
Desenvolver as virtudes sem medo
Bondade, generosidade e muito amor
Abraçar a sabedoria é o segredo...
Existe um mundo complexo fora de nós
Nosso mundo interior pulsa após
É imperativo harmonizar os dois...
(para achar meu Éden depois)
ALICE LUCONI NASSIF
28-03-2001
Sem Temer ou Tremer
Desconheço o embaraço de se abrir,
De se permitir
Colocar para fora os sentimentos...
Verbalizar,
Exteriorizar,
O que está em evidência,
Espalhando-se pela cadência...
O que interfere nos batimentos...
Desde que não se esqueça do bom senso,
De uma boa dose de racionalidade,
Para analisar as possibilidades,
De compartilhar o que trouxe o vento...
É um alento,
Poder se confessar com o tempo...
Sem gasturas,
Nem censuras!
Exatamente como quem nada tem a perder...
Quem paga pra ver,
Porque conhece suas pulsações,
Desde quando eram apenas intenções...
Sabe dos seus motivos,
Porque pratica o próprio hino!
Questiona as convenções,
Em prol de um novo entendimento...
Tem pleno conhecimento
Do trajeto,
Das suas afeições.
- Esteio de seu teto –
Estão convictamente direcionadas
Focadas,
Na luminosidade,
Em toda a sua grandiosidade.
Esse tipo de pessoa,
Que assume o que lhe ressoa,
Sem temer,
Nem tremer...
Quando entende que é necessário,
Fundamental,
Essencial,
Abrir o relicário,
Tem consciência da natureza de seu ato.
Deixar fluir a emoção não é um desacato!
Desobstrui a essência,
Corrige o compasso.
Amplia o abraço!
Alivia...
Contagia!
Faz um bem enorme...
Muda a sorte!
Suaviza a permanência...
Para minha
Corajosa
Talentosa
Poetisa
e Amiga Querida
Luna Di Primo
Vídeo indicado:
http://www.youtube.com/watch?v=NGV9wU8isbI
segunda-feira, 28 de março de 2011
Velas brancas...
Entre lembranças
Dos beirais,
Coisas que deixei pra trás...
Entre o silencio
Do coração a pulsar,
Pensamentos banais...
Com o mar nos olhos,
Icei velas, deixei o cais,
Por entre ventos a soprar...
Mares do sul
Mares do norte
Ou de qualquer lugar
Sigo sangrando
Esse mar de coisas
Que avança sobre mim...
Coração miúdo,
Cidade sumindo,
Velas brancas
Partindo...
Eu me lembro...
(©by Adilson S. Silva)
A solidão do mar ...
A solidão do mar ...
Das ondas quebrando na praia
Desmoronando brancas dunas,
Lembranças de mim...
Teus cabelos ao vento,
Ouvindo conchas...
Barulhos do mar
Na areia,
Quebrando...
O silencio e a solidão
Desse mar sem fim...
Flores atiradas ao mar,
Contam tuas passadas,
Mas não dizem a distancia
Entre teus passos
A minha voz
E os meus braços...
Não há estradas
Que levem a ti...
Só o barulho do mar
Em conchas,
Ondas quebrando na areia...
(©by Adilson S. Silva)
O ESTRANHO HOMEM DA NOITE
Os Anjos volitam
O amor transcende
E em mim habitam!
Meus campos verdejantes
E em mim florescem
São meus frágeis diamantes!
Percorrem-me ligeiras
Em meus rios deságuam
E morrem em minhas cachoeiras!
O meu corpo febril
Minh’alma se espalha
E de uma, sou mil!
Fazem-me sonhar
São algodões flutuantes
Que me vem adoçar!
Acorda-me todas as manhãs
Ele é em minhas fantasias
Adocicado feito às maçãs!
Macia, és meu veludo
Deitada em seu morno ventre
Fecho os olhos, esqueço-me de tudo!
PURIFICAÇÃO
domingo, 27 de março de 2011
A inexatidão dos sentidos devora a alma do apaixonado
A inexatidão dos sentidos devora a alma do apaixonado.
Num preâmbulo de inquietude se desabam suas emoções.
O olhar para o além, inerte e incandescente se faz.
A visão do que é impossível de se enxergar lhe é companhia.
Ele se rebela e exaspera contra tudo e contra todos que o contestam.
Afinal quem pode sentir como ele tal intensidade de sentimentos?
Quem mais, além dele, pode vislumbrar a beleza que lhe é tão plena?
Como pode alguém dizer não a algo tão grandioso e inusitado?
Submerso está o raciocínio lógico nos oceanos afeição devota.
Um mundo paralelo passa a existir e ele é o único que importa.
Cujas cores são tão vivas, os ares refrescantes.
Os caminhos são algodoados e róseos.
Pode-se nele ouvir o som dos anjos.
E no centro de tal mundo existe um soberano: a pessoa amada.
Seus olhos são iluminados como os raios de sol que brilham o sereno nas relvas.
Seu corpo é convidativo de ser visto como um arco-iris.
E capaz de aquecer como o sol e envolver como as peles felinas.
Eita abraço bendito é o de tal ser.
Lábios de delicioso sabor, textura e sabor.
Suas palavras são as mais meigas e aprazíveis.
Só o vento negro dos desamados quebra de gelo tal esplendor.
Mas ainda assim os apaixonados não se deixam levar por tal frieza.
Prosseguem invictos suas jornadas ímpares.
Acreditando, sofrendo deixando-se levar.
E vão...
Teresa Azevedo
Acesse meu site: www.teresaazevedo.prosaeverso.net
Blog: www.transtornobipolar-relatoscontnuos.blobspot.com
Portal do Poeta brasileiro: http://www.poetasbrasileiros.com.br/
http://portadopoetabrasileiro.blogspot.com
Eu FAÇO PARTE DESTA HISTÓRIA!!!
ATOS
O Poeta e a solidão
PLENITUDE
Viver, sentir, experimentar
Movimentar, ver, acrescentar
Degustar, ouvir, vivenciar
Quantas sensações posso ter
Para complementar meu acervo
De doces e completas realizações?
Como viver plenamente?
Que mais posso querer fazer?
Será que existe um limite?
Preciso ter rumos,
Em direção a minha felicidade?
A vida é cheia de encantos
Que só quem a vivencia pode contar
Nem sempre com palavras
Ou mesmo com gestos e letras
Às vezes, com expressões
Outras com variações comportamentais.
Quem pode dizer que já viveu plenamente?
Será mesmo que completou seu ciclo?
Duvido, pois sempre há espaço
Para novas experiências e novos confrontos
Que fazem com que a vida seja esse encanto
De contínuas e reais experiências.
Tudo pode se acabar em um segundo
Pelo menos neste plano existencial.
Por isso é que se deve sempre
Viver bem a cada segundo,
Com plenitude e segurança,
Para que seja eterno cada momento vivido.
Qual a melhor maneira de se viver?
Completamente só, a dois, alternando?
Aceitar a vida como ela se desenrola
Nem sempre satisfaz a quem a vive
Porém, dá espaço para selecionar a melhor opção
Para tentar viver com plenitude e amor no coração.
Imagem do Google - desconheço a autoria.
sábado, 26 de março de 2011
EU QUERIA SER SOPHIE !!
Eu queria ser Sophie,
Meio baiana despregada
Comunista aburguesada,
Coagida na galhofa
Com o marido liberal
Rico marajá da roça
Entre o picles e a rabada,
E banana na farofa,
Eu queria ser Sophie,
Queijo coalho na fondue
Confundindo a empregada
Coif, coif, coif, coitada
Pensou certo ao desistir
Moça lá de Três Purezas,
Crente que essa francesa
Comia só leguminosa
Eu queria ser Sophie,
Que não é bemmmm de Lyon,
Tem um pé lá nas Astúrias,
Os pais nobres em penúria,
Tio hippie em Amsterdã
Rosto belo e uma covinha
Miss de Porto de Galinhas
Corpo sano e mente sã
Eu queria ser Sophie
Pele perseguindo um bronze
Encaixou La Vie En Rose,
Com o samba do Aragão
Os suflês são de sardinhas,
Com dez chopes e as rodinhas
Rodízio de caipirinhas,
Molho inglês no camarão,
Quem dera fosse assim
Caso achasse uma garrafa,
E um gênio boa praça,
Pingasse um pedido para mim,
Sapecava três "à tapa",
Ser a mana de Da Vinci,
Casada com John Malkovich,
Ou musa rica de Dali, não, não, não!!!
Eu queria era ser Sophieeeeeeee.
NINA ARAÚJO
ME ENTREGO!
Eu quieta no meu canto, escrevendo.
Você me olha querendo.
Faço que não estou vendo.
Eu continuo escrevendo.
Você querendo e não tendo.
Eu não estou entendendo...
Você me olha perplexo:
Vai de poesia ou sexo?
Dou a vida por um verso...
Me cobra uma decisão,
bem na base da pressão.
Na maior, eu desconverso...
Entre o amor e a poesia,
Vou consumindo energia...
Ambos fazem bem ao ego.
Eu não me contentaria,
apenas com poesia...
Venha, amor...eu me entrego.
Autora: Angela Ramalho
Imagem: Google
Outono de Novo
Requebros
Meu corpo, danado,
Além de assanhado,
Já quer sair dançando,
Baianamente requebrando...
Já ouviu a música,
Está a procura da túnica...
Não consegue mais ficar parado,
Não pode ouvir um tambor bem tocado,
Do tipo arretado,
Que já fica atordoado...
Foi muito tempo
No desalento...
Agora a alma quer o troco.
Já estampa no rosto,
A nova face,
Da baiana fase!
Sonho encantado,
Desde a infância cultivado.
Desde a primeira vez que ouvi Bethânia...
Combustão instantânea.
Chama sagrada,
Mantenedora do meu arrebatamento,
De tanto sentimento!
Ensinou-me o ofício da entrega,
Da criatividade,
Da sinceridade!
A fé alada!
Todo o aroma da primavera...
A tenacidade
Da sensibilidade!
A Bahia é, definitivamente, o cenário.
Sempre soube que a ela é que se dirigiria meu itinerário!
Algum dia...
Escandalosa magia!
Escrita nas estrelas e em versos!
Os mais agradecidos do universo!
Sinto-me sorteado
E premiado!
Cautelosamente emocionado,
Muitíssimo bem preparado!
Vídeo indicado
http://www.youtube.com/watch?v=EgwiJoFu1q8&p=7B0296F5D9A348A0&playnext=1&index=7