De repente parei e vi um
Mundo menos irmão onde
Só há cobiça sem nenhuma
Indignação por atos
Inconsequentes.
Onde os valores morais são
Trocados por coisas banais.
De repente meus olhos
Ficaram-se amortecidos aos
Ver um mundo onde o
Sangue jorra ao chão.
De repente me vejo presa
Em liberdade, sem autoridade.
Se vou não sei se volto,
Se volto não sei se posso ficar.
De repente vejo um sorriso inocente
Sendo apagado e todos os sonhos
Perdidos.
Escuto o que não gosto e onde vou
Sou monitorada e ainda avisada
Com uma mensagem sem graça.
De repente me vejo sem sol, perdida
Em nuvens de fumaça.
Lá se vai o verde se tornando
Cinzas.
A lua não é mais cúmplice dos
Enamorados, presencia sem fulgor
Outras cenas.
De repente me vejo seguindo
Uma trilha sem esperança,
Sem confiança,
Sem luz,
Sem cor,
Sem perdão,
Sem volta,
Sem futuro,
Mas meu coração ainda pulsa.
Sigo...
Cida Peres
Publicado no Recanto das Letras em 15/08/2010
Um pouco triste mas muito belo... Seguir é preciso... Parabéns pelo teu texto. Adorei. Beijo e bom domingo, Ceiça Lima.
ResponderExcluirCida, o poeta canta suas dores, seus amores e dissaboras... Cante sempre, querida... coloque pra fora... Mas viva sua alegria também!!! É ela que a faz viva!! Amor, Aline
ResponderExcluirCorrigindo...dissabores.
ResponderExcluir