imagem: atividadeslinguaportuguesa.blogspot.com
Eu achava que a poesia
tinha a obrigação
de ter uma "serventia"...
Que a divagação
não valia
que a perambulação
de frases vazias
não contava...
Que fosse assim... como Castro Alves,
denunciando a mão escrava.
Era tudo isso que eu achava.
Achava!
Por que agora,
eu já não acho.
Tudo que vem, eu encaixo,
somo, incorporo...
Ah, eu me adoro...
Virei um antropófago.
A J Cardiais
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