sábado, 17 de dezembro de 2011

O ANTROPÓFAGO

imagem: atividadeslinguaportuguesa.blogspot.com


Eu achava que a poesia
tinha a obrigação
de ter uma "serventia"...
Que a divagação 
não valia
que a perambulação 
de frases vazias

não contava...

Que fosse assim... como Castro Alves,
denunciando a mão escrava.
Era tudo isso que eu achava.

Achava!
Por que agora,
eu já não acho.

Tudo que vem, eu encaixo,
somo, incorporo...
Ah, eu me adoro...
Virei um antropófago.

A J Cardiais 

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