Outono ao teus pés...
Construo-me
árvore
braços a seguir
na direção do sol
ergo-me em busca de
ti
pássaro em céu aberto
me mostras minha descrença
e toda
diferença
da sede que nos uniu
liberdade
e
enraizamento
tentei florir em meu âmago
e depositar cores em tuas
mãos
passou o verão
sobrevoava em meus galhos
onde nunca fez
morada
e lá fora minha solidão
era o tudo de meu nada
sorvendo os
dias límpidos
chegou o outono
derrubando as folhas
e em minhas
escolhas
despi saudade
me vi tão distante
enraizadas
certezas
mimetizando meu ego
do que não nego
aos olhos
enxergar
seguindo
vou sendo sombra
sabendo que
vislumbro
florestas
além dessas frestas
árvore de amor-próprio
quero
renascer...
Adri Lima
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