Tínhamos
nas mãos informações obtidas do gerente do hotel, que também nos forneceu um
mapa da cidade e das linhas do metrô.
Caminhamos
alguns metros e, consultando o mapa, sentimos a necessidade de tomar um táxi,
devido à distância até a estação.
Chegamos
à praça que antecede a descida para as galerias do subterrâneo, antes apreciamos
a bela paisagem que cercava os monumentos históricos fincados naquele chão,
relatando um passado de conquistas através de um marco dos homens que ali
viveram.
Ainda
bem próximo, avistamos uma bela fonte de águas resplandecentes, proporcionando
uma brisa extremamente agradável; os respingos caíam sobre nossas cabeças,
refrescando nossas mentes.
Sentíamos
muita vibração e euforia e tudo ia sendo registrado na memória do tempo. O que
mais ressaltava aos olhos eram as fontes espalhadas em cada praça, abastecidas
ainda por águas captadas de velhos aquedutos. Era a Roma dos ”Cesares”,
imperadores que conquistaram vários “mundos” da época, e constituindo o “presente”
da belíssima Itália.
O
nosso fóco era o Coliseu, obra monumental, mandado erigir pelo imperador Vespasiano
e terminado por Tito. Simbolizava as conquistas que arrebanhavam na época. Tudo
para o povo da cidade que assistia aos espetáculos por conta desse rico império,
palco de festas pagãs, regadas de luxúria, paixão e morte.
Tudo
era recebido com emoção! Mas uma nostalgia se fez presente, porque momentos daquele
“passado” glorificado de outras pessoas estariam conosco, quando de nossa
entrada no magnífico teatro, agora combalido pelo tempo.
Seguimos
em frente e descemos os degraus da estação; adquirimos os bilhetes de forma
automática e aguardamos a chegada do trem.
“Começava ali uma verdadeira odisséia nos trilhos daquele Metrô”.
Não
havia muitas pessoas aguardando a chegada, mas percebi que o comboio se
aproximou de uma forma muito rápida e com uma parada brusca. Fiquei observando por
alguns segundos o itinerário no mapa e, nesse momento, a esposa Dija, entrou no
seu interior.
Para
meu espanto, as portas foram fechadas de forma rapidíssima, saindo em ritmo
acelerado! Fiquei “paralisado” ali na plataforma, vendo a companheira distanciar-se.
Do
lado de fora, via a sua figura, ficando cada vez mais pequenina na janela de
vidro, até que não a enxerguei mais...
Fiquei
pensando o que fazer! Como havíamos combinado anteriormente que a descida seria
na estação Coliseu, esperei o próximo horário, cerca de cinco minutos,
embarquei e fiquei imaginando o que ela estaria pensando. A preocupação foi tanta
que comecei a sorrir alto, para o espanto de algumas pessoas que estavam
próximo.
A
cada estação, eu ia até a janela e ficava observando se não estaria por ali. E
assim fui fazendo até chegar à estação do destino. Lá se aproximando, enxerguei
sua presença, mas o vagão foi parar bem distante de onde se encontrava. A porta
se abriu, tirei o meu boné e fiquei acenando e correndo pela estação em sua
direção.
Abraçamos-nos
e demos muitas risadas e ficamos nos perguntando o que teríamos feito se não
houvesse o encontro. Tudo foi esquecido, quando de longe avistamos o colossal
teatro de arena.
Assim
sendo, registramos aqui mais uma passagem muito engraçada acontecida conosco
nessa viagem até a Itália.
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