Deixe-me cansar de você
(do livro Faíscas da Paixão, pág. 16)
Deixe-me cansar
de você
Para que eu não
sofra tanto,
De modo que eu
me liberte.
Assim serei
livre para amar de novo.
Dê-me a luz dos
dias e o luar das noites.
Esquente a
minha cama fria
De tantos dias
vazia.
De tanto tempo
sem par.
Cale meus
lábios com seus beijos
E percorra meu
corpo com seus dedos,
Com sua mão tão
macia.
Dê-me a seiva
do seu íntimo.
Leve-me a
lugares outros
Que não meus
sonhos loucos
Onde só existe
você.
Preencha minha
mente cálida.
Seja meu agir a
cada instante
De nada frígido
ou distante
Crave em mim sua
espada nua
E faça-me mais
e mais sua.
Numa cantiga de
roda cante-me,
Em um fluir de
seu rio me encante.
Cambie meu
corpo em seu ventre,
Não seja assim
tão prudente.
Medo de mim
jamais tenha
Pois quero
apenas lhe amar,
E de tanto amar
me cansar.
Deitar na rede
de si e bailar.
Já não suporto
mais sentir
A solidão de
tal distância.
Compreender-me
tão nada em mim
Sem as
vampirescas mordidas suas.
Quando meu
sangue já é tão seu somente
Minha saliva
seca anseia por sua boca
Minha pele
pálida e fria por seus braços
E minha
carência por seu peito protetor.
Dê-me doses
maiores
De volúpia e de
desejos seus.
Faz de mim
objeto seu,
Mas não de
canto e sim de uso.
Deixe-me cansar
de você
Para que eu não
sofra tanto...
Teresa Azevedo
Membro Efetivo da ANLPPB - Cadeira 06
(Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro)
(55-19)92759014/81569740
Preserve o Meio Ambiente, sem ele não há vida, nem amor, e poesia!
Valorize o poeta vivo!
Garbosa poesia, perfeito poetar... Parabéns e abraços poetados...
ResponderExcluirCara Teresa,
ResponderExcluiré a sensualidade sempre tão presente em seus versos de amor.
Abs. Eunice R. de Pontes
Muito obrigada pelo carinho e comentários Antonio e Eunice.
ResponderExcluirAbraços