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Tenho algumas razões para dizer
que sou “Caetaneiro”. Uma delas é a seguinte: Em 67/68, numa das questões da
prova (exame) de História do Brasil, eu respondi, sem pestanejar, Caetano
Veloso. (não lembro qual era a pergunta, só lembro da resposta) Quando acabava
a prova, a turma ficava trocando informações sobre as respostas. Eu não gostava
desta “resenha”, porque ficava sabendo antecipadamente do que tinha errado. Mas
neste dia, o nome de Caetano estava me azucrinando e eu não conseguia me
lembrar quem tinha sido esta pessoa, na História. Então me aproximei de Maria
Auxiliadora (a CDF da sala) e perguntei: Lia (o apelido dela), quem foi Caetano
Veloso? Ela ficou pensando e falando: Caetano Veloso, Caetano Veloso... até que
deu um estalo, e respondeu: Ah, foi um cara que apareceu na televisão ontem! E
virou-se, para continuar a resenha. Fiquei logo sabendo que tinha errado uma
resposta. Este era o meu mal: Estudar assistindo televisão ou ouvindo musica.
Talvez este tenha sido o primeiro momento em que o nome de Caetano Veloso
entrou pra História do Brasil: Com uma resposta errada que eu dei na prova.
Esta prova ficou guardada comigo durante um bom tempo, depois não sei que fim
levou.
Outro momento, este já bem
distante do primeiro, foi quando, conversando com um colega de empresa chamado
Álvaro, ele perguntou sem eu esperar: Se tu não fosses que tu és, quem tu
gostarias de ser? (ele era de Belém do Pará). Eu, sem pestanejar, respondi:
Caetano Veloso. Ele, espantado, falou: Ôxe, mas tu nem paraste pra pensar! Mas
por que tu gostas tanto assim dele? Eu respondi: Eu adoro a liberdade de ser,
de Caetano Veloso.
Obs: Naquela época (setenta e
alguma coisa) Caetano pulava atrás do Trio Elétrico, no meio da multidão.
Talvez venha daí tenha saído o verso “mete o “cutuvelo” e vai abrindo caminho”.
(é CUTUVELO mesmo, não é cotovelo, pois fica sem graça). É isso aí Cae, mete o
cutuvelo e vai seguindo seu caminho. O título "Caetaneiro", é porque existem os "chicleteiros".
AJ Cardiais