Quanta saudade de uma época em que havia romantismo e cavalheirismo...
Bem que algo dessa época merece ser relembrado e reativado...
Ósculos e amplexos,
Marcial
SAUDADE ROMÂNTICA
Marcial Salaverry
De repente, não mais que de repente, bateu na alma
uma baita saudade de um tempo em que essa palavra ROMANTISMO, não era encarada
como babaquice. Era realmente levada a sério.
Os homens sabiam ser românticos, procuravam dar aquela atenção às mulheres, tratando-as como autênticos bibelôs. Elas, por sua vez limitavam-se a aceitar o que se poderia chamar de "jugo" masculino, e eram exclusivamente mulheres dedicadas ao lar, aos seus homens, e a embelezar o mundo.
Os homens sabiam ser românticos, procuravam dar aquela atenção às mulheres, tratando-as como autênticos bibelôs. Elas, por sua vez limitavam-se a aceitar o que se poderia chamar de "jugo" masculino, e eram exclusivamente mulheres dedicadas ao lar, aos seus homens, e a embelezar o mundo.
Faziam-se serenatas para suas eleitas. Os homens
colocavam-nas como que em redomas, para serem admiradas, mas não tocadas. Seriam
tocadas apenas pelos seus homens (pelo menos a idéia era
essa...).
Eram outros tempos. Nos tempos de hoje, não há
mais lugar para esse romantismo.
Aliás, o que vem a ser o romantismo? Para o ritmo de vida atual, em que a urgência de tudo fazer nos impede de viver, é algo totalmente fora de propósito.
Em parte a culpa do fim (ou quase) do romantismo, coube às próprias mulheres que se empenharam de tal maneira em "igualar-se" aos homens, que deixaram de lado a própria feminilidade.
Aliás, o que vem a ser o romantismo? Para o ritmo de vida atual, em que a urgência de tudo fazer nos impede de viver, é algo totalmente fora de propósito.
Em parte a culpa do fim (ou quase) do romantismo, coube às próprias mulheres que se empenharam de tal maneira em "igualar-se" aos homens, que deixaram de lado a própria feminilidade.
Deixaram de ser as "madames" e as "cortesãs", e
começaram a exigir um novo lugar na Sociedade, reivindicando lugares e posições
antes exclusivamente masculinas. Nada mais justo, já que vinham provando sua
competência e mostrando estar perfeitamente aptas para ocupar quaisquer
cargos.
Com isso, para poder se impor e vencer a resistência masculina, começaram a usar armas masculinas, mostrando que sabiam ser fortes e decididas, saindo a campo e exercendo funções que exigem força e resistência física. Por que não? Nem por isso se masculinizaram, continuaram femininas. Apenas tinham que tomar certas atitudes para poder se impor em suas funções que começaram a ferir a suscetibilidade masculina.
E, em represália, os homens começaram a tratá-las como iguais, esquecendo que, acima de tudo, sempre existiu e existirá uma "alma feminina". E esta, nunca poderá se esquecer de que é MULHER.
Com isso, para poder se impor e vencer a resistência masculina, começaram a usar armas masculinas, mostrando que sabiam ser fortes e decididas, saindo a campo e exercendo funções que exigem força e resistência física. Por que não? Nem por isso se masculinizaram, continuaram femininas. Apenas tinham que tomar certas atitudes para poder se impor em suas funções que começaram a ferir a suscetibilidade masculina.
E, em represália, os homens começaram a tratá-las como iguais, esquecendo que, acima de tudo, sempre existiu e existirá uma "alma feminina". E esta, nunca poderá se esquecer de que é MULHER.
Por mais forte e decidida que uma mulher seja, sua
alma, felizmente, continua a ser feminina, sendo sempre sensível e carente de
certas atenções que, de repente os homens começaram a deixar de lhes
dedicar.
Nota-se ainda hoje uma certa "Guerra dos Sexos", onde homens e mulheres tentam provar quem é melhor, mais inteligente, mais forte, mais sabido, mais capaz sexualmente, enfim... mais "qualquer coisa" que seja, apenas "vencer" a guerra.
Nota-se ainda hoje uma certa "Guerra dos Sexos", onde homens e mulheres tentam provar quem é melhor, mais inteligente, mais forte, mais sabido, mais capaz sexualmente, enfim... mais "qualquer coisa" que seja, apenas "vencer" a guerra.
Com isto, o pobre Romantismo vai indo "pro
beleléu" (já que ele é antigo, vamos usar um termo idem..).
Precisa ser firmado um "Tratado de Paz", para se resgatar o romantismo... Vamos nos esquecer de tentar provar "quem é o melhor", para aceitar a idéia de que cada um é cada um. A competência para qualquer função não depende do sexo, mas sim da capacidade individual de cada pessoa, seja homem, mulher, ou indeciso, no desempenho de tal ou qual função.
Precisa ser firmado um "Tratado de Paz", para se resgatar o romantismo... Vamos nos esquecer de tentar provar "quem é o melhor", para aceitar a idéia de que cada um é cada um. A competência para qualquer função não depende do sexo, mas sim da capacidade individual de cada pessoa, seja homem, mulher, ou indeciso, no desempenho de tal ou qual função.
Ainda mais agora, quando as mulheres deixaram de
ser os "bibelôs", quebraram suas redomas, e estão lindas, leves e soltas,
podendo exercer ativamente esse lado romântico, ao invés de apenas esperar,
suspirantes, que seus eleitos lhes dispensassem
atenção.
As condições de vida moderna, pelo menos nas
grandes cidades impede as lindas serenatas de antigamente, mas nada impede de se
tratar uma mulher com gentileza, cedendo-lhe passagem, oferecendo-lhes flores
(qual mulher não gosta de ganhar um ramo de flores, ou mesmo uma rosa que seja),
oferecendo-lhes uma poesia (se souber compor, tanto melhor...), dando-lhes a
atenção devida, nunca esquecendo de que sua feminilidade sempre fará parte de
sua natureza.
Às mulheres, apenas que aceitem essas sutilezas
românticas, que saibam também ser românticas. Dentro da agitação da vida
moderna, sempre haverá lugar para um romântico de plantão, que sempre estará
desejando que todos tenham UM LINDO DIA, podendo e devendo repeti-lo a cada dia
de sua vida, sem esquecer de que romantismo faz bem para a
alma...
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