quarta-feira, 28 de novembro de 2018

ÀS VEZES PRECISAMOS ESQUECER ALGUÉM

Muitas vezes precisamos deixar de pensar em alguém...
e pode ser muito fácil consegui-lo... Ou não...
Osculos e amplexos,
Marcial

ÀS VEZES PRECISAMOS ESQUECER ALGUEM
Marcial Salaverry
 
Algumas vezes na vida, sentimos uma necessidade muito forte de esquecer alguém a quem muito amamos, e isso é algo que sempre dói na alma...

As razões que podem provocar  uma separação de nosso amor são muitas. A mais dolorida é sem duvida, a perda total, quando o Amigão chama para sua companhia. Essa perda é fatal e irreparável, mas por mais paradoxal que pareça, é a mais fácil de ser “esquecida”. Basta que saibamos nos apoiar na lembrança dos momentos agradáveis que a seu lado vivemos.  Jamais será esquecida, mas poderão ser lembranças suaves.

Existem diversas outras causas que podem provocar separações. Uma viagem inadiável. Uma partida repentina por sabe-se lá qual motivo. Uma briga. E até mesmo a mais comum de todas as causas de uma separação, qual seja, um rompimento, que poderá ser definitivo ou não, dependendo da gravidade do que motivou essa separação.

E é justamente  nesse instante que surge a necessidade de esquecer aquele alguém que foi durante algum tempo a razão de nossa vida, e nos perguntamos como faze-lo... Existirá alguma fórmula mágica para conseguir esse esquecimento?

Vejam o que nos diz nosso guru, sábio da montanha, o célebre L’Inconnu sobre o assunto:
"Nunca diga que esquecestes um amor diga apenas que consegues falar nele sem chorar, pois o amor é e sempre será simplesmente inesquecível"

Há que considerar que esta assertiva está prenhe de razão, e o mais importante é adquirir consciência de que realmente é impossível esquecer a quem um dia foi nosso amor, a razão de nossos dias. Mas é necessário consegui-lo, para que possamos seguir vivendo.  E agora, José? Esquecer ou não esquecer, eis a questão, e certamente existem diversas técnicas para tentar consegui-lo, mas na realidade nenhuma delas funciona efetivamente.

O mais aconselhável é procurar um novo amor. Contudo, amor não se procura, ele nos encontra sem que saibamos quando, e nem porque. O importante é nos mantermos abertos para essa possibilidade. Não é porque um alguém nos fez sofrer, que assim será com todos. Assim, não deveremos nos fechar para a possibilidade de um novo amor, com medo de sofrer nova frustração, que poderá acontecer, é claro. Mas são coisas da vida e do destino. Não é aconselhável fechar o coração para balanço. Além do que, se o fecharmos, será muito mais difícil conseguir o almejado esquecimento.

Considerando que é interessante que se consiga falar do amor perdido sem chorar, parece lógico que a melhor maneira de faze-lo, será não lamentando jamais o tempo que se perdeu a seu lado, pois pelo menos durante algum tempo houve felicidade, houve essa agradável sensação de bem estar que o amor produz. Então, por que lamentar um período que foi agradável, que  deu momentos de grande prazer? De repente nuvens toldaram essa felicidade que parecia eterna, e ficamos sós.

Deve-se apenas lembrar do que houve de bom, e procurar saber o que pode ter motivado um eventual rompimento, para evitar incorrer no mesmo erro no futuro.  Não se deve tentar varrer a pessoa amada da memória, pois será praticamente impossível consegui-lo. Vamos suavizar as lembranças, para que nos lembremos e consigamos falar sem chorar, sem mágoas ou ressentimentos. Se algo terminou, é porque algo foi vivido e teve episódios felizes. Então a dor e o ressentimento só vão dificultar o esquecimento, uma vez que suavizar lembranças é uma coisa, varre-las da mente é outra, e com certeza é melhor lembrar bons momentos vividos, porque vai servir para amenizar a dor da separação.

 Diz um velho ditado: “Se não podemos combater um inimigo, aliemo-nos a ele”. Assim deve ser para “esquecer aquele amor”. Se for impossível o esquecimento total, puro e simples, vamos manter um nível de amizade e respeito pela pessoa que um dia foi nosso amor, e procurar encontrar a felicidade de outra maneira, sem a sua companhia, mas sem transformar o fim do amor em motivo para inimizade. Um “ex”, não precisa necessariamente ser um inimigo. Pode se transformar em amigo. E uma boa amizade nunca será demais.

Pensando assim  com toda a certeza será muito mais fácil ter UM LINDO DIA, que poderá ajudar a alma a se recuperar do trauma sofrido, sempre lembrando que um pensamento positivo pode ser um excelente antidepressivo...


 

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