Não existe vida familiar como antigamente, o que torna
a familia artigo em extinção,
lembrando que antigamente a familia consistia
numa reunião de pessoas pertencentes a uma mesma clã.
Geralmente morando
juntos. E agora, cada um vive numa parte do mundo...
E só se comunicam VIA
SMARTPHONE... Tecla-se ao invés de falar...
Osculos e amplexos,
Marcial
NÃO EXISTE VIDA FAMILIAR COMO ANTIGAMENTE
Marcial
Salaverry
Por certas exigências da vida moderna, a vida familiar vem
caindo em desuso. Antigamente havia um culto às famílias. Morava-se em amplos
casarões. As refeições sempre eram feitas em alegres reuniões familiares. As
grandes datas sempre eram comemoradas com todos reunidos. Eram outros
tempos.
O que se nota atualmente, é que houve uma certa desagregação nas
famílias. Cada qual vai em busca de sua vida. Antigamente os filhos iam
casando, e morando na mesma casa. Atualmente, o que impera é o “quem casa, quer
casa”. E de uma maneira ou de outra, vão se rompendo os laços familiares, e
constituindo-se sempre novas famílias, sempre formando novos núcleos, por vezes
cortando vínculos, por razões as mais diversas, que nem vale a pena enumerar,
pois penso que todas as famílias tem histórias de rusgas entre sogros, sogras,
genros e noras, tanto que até já faz parte do anedotário...
Mas, o que
mais se nota é que além dessa separação física quase natural, o que ocorre
também é uma grande falta de comunicação, pois além de viverem separados, também
pouco se falam, quase se desconhecem.
São cada vez menos frequentes as
reuniões familiares. Escasseiam as conversas, e por que? O porquê pode ser o
desenvolvimento tecnológico, pois hoje em dia até mesmo dentro de csa, usam o
"zapzap" para se comunicar... Ao invés das conversas d'antanho, tecla-se e
pronto...
Pode parecer estranho, mas o que vem ocorrendo, é uma total
falta de comunicação entre as pessoas. Apesar da Internet, das ondas do rádio,
dos programas de televisão, do celular barato, ou talvez justamente por causa
disso tudo, a falta de comunicação pessoal é enorme. Usam-se as máquinas, usa-se
a tecnologia, esquecendo-se do contato pessoal, do abraço, do cheiro, do contato
físico, ou até mesmo da voz, ou do tão necessário beijo de amizade carinhosa.
Daquele tão gostoso "de mãos dadas..."
Ao invés de uma visita, passa-se
um e-mail, telefona-se, e pronto. Está cumprida a obrigação.
A vida
familiar também fica seriamente prejudicada, pois está cada mais frio e distante
o diálogo entre pais e filhos, tudo fica para depois. É preciso apenas suprir os
meios para subsistência, e assim, pensa-se na matéria, esquecendo-se da alma.
Pensa-se na propriedade, e não no amor, e assim, a principal preocupação são os
bens materiais, em tudo aquilo que o dinheiro pode comprar.
E nessa
preocupação, sempre procuramos manter os filhos ocupados com alguma coisa, para
que eles “não possam reclamar” de não merecer a devida atenção. Ao invés da
prática do amor familiar, de um saudável batepapo. tome a escola particular, os
cursos de línguas, de informática, balé, jazz, as academias para cuidar do
físico. Assim, dá-se tudo para os filhos, e para nós mesmos. Tudo? E onde fica
o convívio familiar, o amor, o carinho, o diálogo, onde poderemos passar para
nossos filhos aquilo que já vivemos, ao menos para que eles tenham parâmetros
para melhor poder analisar o que querem fazer na vida. O convívio familiar,
pode evitar o convívio com o traficante, com amizades perniciosas, onde, talvez
apenas por falta de diálogo em casa, eles possam buscar o calor de uma amizade.
A nova forma de amor que foi descoberta, é a de cercar as pessoas que
amamos de bens materiais, como se isso pudesse suprir aquele amor que deveríamos
estar praticando, e do qual jamais deveremos fugir.
Uma reunião para um
bate papo amistoso é fundamental, para que os filhos possam sentir que estão
tendo atenção e carinho de seus pais, para que eles possam perceber que seus
pais não são apenas aqueles que os sustentam, pagam suas contas, e tem a
“obrigação” de lhes dar tudo. Mas sim, são aqueles que por amor também os
castigam, também os fazem sentir que tem obrigações para com a vida, e para com
eles, pais. É tudo uma troca, deve haver uma reciprocidade de sentimentos. O
amor deve ser doado e recebido. Assim como o reconhecimento pelo que se faz, e o
carinho recebido pela vida toda pode e deve ser retribuido...
Muitas
vezes, em uma palmada, em um castigo, existe mais amor do que na condescendência
para tudo que os filhos fazem.
Pais e filhos precisam entender que o
diálogo é a base de tudo. É o que pode manter o amor familiar, e para que isso
seja possível, é necessária uma boa dose de compreensão, e de saber viver, assim
como é algo vital o reconhecimento dos filhos pelo que os pais já fizeram para
que ele possa usufruir de toda essa modernidade. E tudo se resume numa palavra
mágica... AMIZADE...
Vamos começar tendo UM LINDO DIA, e se possível, com
um abraço físico, deixando o celular de lado...
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