Continuando a Parte Um, entendemos que para chegar
à posição de hoje, muito lutou a mulher para vencer conceitos e preconceitos que
ficaram para trás, mas muita coisa ainda precisa ser feita...
Ósculos e amplexos,
Marcial
REAPRESENTO A MULHER MODERNA - PARTE DOIS
Marcial Salaverry
Lembrando de que nossas heroínas começaram a luta, e logicamente resolveram ir até o fim, malgrado a oposição encontrada quase generalizada, inclusive mesmo de mulheres, que não concordavam que se tentasse mudar aquele estado de coisas.
Acontece que seus pais, irmãos, maridos, namorados, certamente criticavam toda e qualquer tentativa de conseguir alguma coisa. Eram boicotadas nas Faculdades ditas de "coisas de homem", como Engenharia, Direito, Medicina. Sempre eram direcionadas para Economia Doméstica, Belas Artes, Magistério, Música, enfim. o que era considerado como "coisas de mulher".
Ósculos e amplexos,
Marcial
REAPRESENTO A MULHER MODERNA - PARTE DOIS
Marcial Salaverry
Lembrando de que nossas heroínas começaram a luta, e logicamente resolveram ir até o fim, malgrado a oposição encontrada quase generalizada, inclusive mesmo de mulheres, que não concordavam que se tentasse mudar aquele estado de coisas.
Acontece que seus pais, irmãos, maridos, namorados, certamente criticavam toda e qualquer tentativa de conseguir alguma coisa. Eram boicotadas nas Faculdades ditas de "coisas de homem", como Engenharia, Direito, Medicina. Sempre eram direcionadas para Economia Doméstica, Belas Artes, Magistério, Música, enfim. o que era considerado como "coisas de mulher".
Apesar dos boicotes, contra tudo e contra todos,
foram à luta. E foram conquistando seus espaços. Mas tinham que matar aquele
leão diário, e para conquistar seu lugar no mercado de trabalho, tinham que
mostrar muita competência, e assim, muitas desistiram, mas a semente da revolta
estava germinada.
Começaram a "briga" doméstica, tentando conseguir melhores condições dentro de seus lares, pois devido ao acúmulo de funções, sentiam a necessidade de contratar empregadas. Os salários que ganhavam cobriam bem as despesas extras que vinham surgindo.
Começaram a "briga" doméstica, tentando conseguir melhores condições dentro de seus lares, pois devido ao acúmulo de funções, sentiam a necessidade de contratar empregadas. Os salários que ganhavam cobriam bem as despesas extras que vinham surgindo.
Muitas tiveram êxito, pois contaram com a
compreensão de seus companheiros que, tendo uma visão mais aberta do que a
maioria, começaram a dividir responsabilidades, abrindo diálogo amistoso,
dividindo funções dentro de casa, e aceitando que as esposas também poderiam ter
competência para cuidar de muitas coisas que a maioria dos homens queria manter
intocáveis.
E essas mulheres, em sua maioria, mostraram que realmente "tinham algo a dizer". Começaram a mostrar no mercado de trabalho, que poderiam disputar postos com igual competência e eficiência do que os homens, e que as restrições absurdas não tinham porque continuar.
E essas mulheres, em sua maioria, mostraram que realmente "tinham algo a dizer". Começaram a mostrar no mercado de trabalho, que poderiam disputar postos com igual competência e eficiência do que os homens, e que as restrições absurdas não tinham porque continuar.
Mas nem todas tiveram a mesma sorte. Uma grande
maioria continuava completamente castrada em seus direitos mais
comezinhos.Por incrível que possa
parecer, conheci diversos casos, em que os maridos sequer permitiam que as
esposas assinassem cheques. Que dirigissem carro, então, nem pensar.
Prevalecia a famosa expressão que muitos enchiam o peito para dizer: Mulher
minha é para cuidar de casa". Essa expressão, "Mulher Minha", nunca consegui
digerir, sempre discuti muito por causa disso, inclusive com meus irmãos mais
velhos...
A situação era tão esdrúxula que, por incrível que
possa parecer, na década de 60, uma mulher casada somente poderia viajar sozinha
de uma cidade para outra, com autorização escrita do marido. Juro que é
verdade.
Claro que essas divergências domésticas começaram
a trazer consequencias, pois as mulheres queriam porque queriam fazer valer os
direitos conquistados. Começaram a chegar à conclusão de que a máxima que sempre
gerira suas vidas, o famoso: "Ruim com ele, pior sem ele", não expressava a
realidade.
Se elas estavam conseguindo trabalhar fora, começavam a ser bem sucedidas em seus empregos, por que deveriam continuar sendo subjugadas em seus lares?
Tendo provado sua capacidade, mostrando ter condições de sobrevivência, muitas muniram-se de coragem, e puseram fim a casamentos castradores, querendo mostrar que realmente tinham condições de viver por sua conta e risco.
Se elas estavam conseguindo trabalhar fora, começavam a ser bem sucedidas em seus empregos, por que deveriam continuar sendo subjugadas em seus lares?
Tendo provado sua capacidade, mostrando ter condições de sobrevivência, muitas muniram-se de coragem, e puseram fim a casamentos castradores, querendo mostrar que realmente tinham condições de viver por sua conta e risco.
Só que começaram a enfrentar outro problema sério,
o da discriminação que começou a ser feito, na época, à "mulher separada". Era
discriminada por suas amigas ainda casadas, que temiam por seus maridos. Os
homens, por sua vez, julgavam-nas "disponíveis" . Por ser "mulher sozinha"
toparia sempre qualquer parada. Pelo menos essa era a
idéia...Realmente, a coisa ficou um
pouco mais complicada, ainda mais que muitas vezes, eram perseguidas pelos "ex",
que se achavam no incrível direito de vigiar seus passos para ver se não
"prevaricava".
Só mais recentemente esta situação começou a se
modificar, com as mulheres separadas e sozinhas, sendo encaradas como "pessoas
normais", e não como "Mulheres a beira de um ataque de nervos", desesperadas
para conseguir alguma companhia masculina.
Claro que, como qualquer pessoa normal, gostam e procuram companhia, mas, devido à experiência adquirida em vivências anteriores, tornam-se naturalmente seletivas, não desejando estar com alguém só para fugir da solidão, mas sim por acreditar que aquela companhia lhe poderá ser agradável.
Claro que, como qualquer pessoa normal, gostam e procuram companhia, mas, devido à experiência adquirida em vivências anteriores, tornam-se naturalmente seletivas, não desejando estar com alguém só para fugir da solidão, mas sim por acreditar que aquela companhia lhe poderá ser agradável.
Podendo assim, ter seu LINDO DIA, e que poderiam
gerir sua vida como melhor lhe aprouvesse, sempre em busca da desejada
felicidade...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
O PORTAL DO POETA BRASILEIRO AGRADECE SEU COMENTÁRIO!