sexta-feira, 24 de setembro de 2010

EMOÇÕES

Resmungo quando, súbito,
nuvens escondem o luar
e o céu escurece sobre mim
apesar do belo pontilhar
das muitas estrelas.
E se a lua míngua e some
como tocha de brinquedo
em mãos de crianças levadas
apaga-se-me o sorriso
à guisa de fogo brando.
Sou pelos riscos enluarados
desenhando formas no mar
que se encapela tímido.
e lançando sombras nas matas
para afugentar as emoções
de algum desavisado.
Prefiro cerrar os olhos
quando a noite se transforma
em negras asas de graúna
porque a lua se escondeu
atrás da chuva que cai
e se derrama no asfalto.

Gilbamar de Oliveira Bezerra

Um comentário:

  1. Um pouco triste, mas maravilhoso, cheio de sentimentos! Parabéns pelo belo texto Gilbamar. Vou dormir agora ;). Tenha bons sonhos poeta! Ceiça Lima.

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