terça-feira, 21 de dezembro de 2010

PRELÚDIO

Qual lua bebendo o mar qual
Baloiço do coqueiro,
Qual folha livre ao vento
Eu afago teus cabelos

Qual névoa branda e serena que
Voa por sobre o ar,
Eu menestrel sem acordes
Canto o teu meigo olhar.

Qual mão virgem sem pecado,
Dedilho o seu apogeu,
Erriço teus íntimos sonhos, vagueio
No corpo teu...

Qual miragem infinita, rebusco
teu ledo olhar, navego em
pensamentos, moro no meu esperar.


***

2 comentários:

  1. Acho muito interessante como as poesias mudam de tom conforme a região do poeta, no nordeste geralmente tem tom de mar, no Mato Grosso é mais num tom "vaqueiro" em São Paulo quem dá o tom é a cidade.

    Gosto muito deste blog por causa da diversidade.

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  2. Lindo poema !
    Começo, meio e fim impecávelmente belo !


    Parabéns.



    Charlyane Mirielle

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