O tempo esquecera-se de passar naquele sítio, há cerca de 50 anos em nada mudara. Gravura de lembrança assentada em moldura. Tudo naquele lugar tem cheiro de meninice... Cheiro de amor, carinho e proteção. Tudo é exatamente como sempre foi, em nada mudou.
No cenário só falta mesmo a presença física de Tia Nina, sertaneja forte, trigueira de sorriso e semblante calmos... Uma calma tão profunda que, a primeira vista assustava, parecia dura e por vezes até fria... Era a máscara, o invólucro onde ela se escondia e escondia toda a dor e sofrimento pelos quais passara. Ali dentro pulsava um coração brando, bom e frágil... Tão frágil que a levou a morar com os Anjos.
Na frente da casa o velho umbuzeiro ostenta o exuberante verde das folhagens e entre estas a acidez madura dos seus frutos... Os frutos mais “doces” que jamais provei na vida. Nos fundos o pé de tamarindo, palco de tantas brincadeiras e festanças da criançada... De frutos tão ou mais “doces” ainda.
As plantas, arbustos e vegetação rasteira se embaralham no alvoroço alegre e suave do colorido das flores e espinhos dos cactos. E lá por trás dos mandacarus... A janela da cozinha! Recinto mágico de onde saiam milagrosas guloseimas quentinhas preparadas, por Tia Nina, em panelas de barro e fogão de lenha... A casa parecia um parque de diversões, um paraíso onde os sonhos e a imaginação infantil não conheciam limites e nem fronteiras, só felicidade...
Bem à frente do velho umbuzeiro há ainda o imenso pé de jasmim que enche o ambiente de um perfume indizível e flores que forram de branco o solo seco do pequeno torrão. Bem ali, no tapete branco, um carro velho esquecido e intacto... O velho carro de boi continua ali, com jeito de saudade, sorridente e calmo... De uma calma tão profunda que, a primeira vista assusta, parece dura e por vezes até fria...
Tia Nina não foi morar com os anjos... Incorporou-se no esqueleto daquele velho carro de boi e ali reside faceira, num sorriso farto pintado de azul, fumando seu velho cachimbo e contemplando a beleza multicor das lagartas-de-fogo.
No cenário só falta mesmo a presença física de Tia Nina, sertaneja forte, trigueira de sorriso e semblante calmos... Uma calma tão profunda que, a primeira vista assustava, parecia dura e por vezes até fria... Era a máscara, o invólucro onde ela se escondia e escondia toda a dor e sofrimento pelos quais passara. Ali dentro pulsava um coração brando, bom e frágil... Tão frágil que a levou a morar com os Anjos.
Na frente da casa o velho umbuzeiro ostenta o exuberante verde das folhagens e entre estas a acidez madura dos seus frutos... Os frutos mais “doces” que jamais provei na vida. Nos fundos o pé de tamarindo, palco de tantas brincadeiras e festanças da criançada... De frutos tão ou mais “doces” ainda.
As plantas, arbustos e vegetação rasteira se embaralham no alvoroço alegre e suave do colorido das flores e espinhos dos cactos. E lá por trás dos mandacarus... A janela da cozinha! Recinto mágico de onde saiam milagrosas guloseimas quentinhas preparadas, por Tia Nina, em panelas de barro e fogão de lenha... A casa parecia um parque de diversões, um paraíso onde os sonhos e a imaginação infantil não conheciam limites e nem fronteiras, só felicidade...
Bem à frente do velho umbuzeiro há ainda o imenso pé de jasmim que enche o ambiente de um perfume indizível e flores que forram de branco o solo seco do pequeno torrão. Bem ali, no tapete branco, um carro velho esquecido e intacto... O velho carro de boi continua ali, com jeito de saudade, sorridente e calmo... De uma calma tão profunda que, a primeira vista assusta, parece dura e por vezes até fria...
Tia Nina não foi morar com os anjos... Incorporou-se no esqueleto daquele velho carro de boi e ali reside faceira, num sorriso farto pintado de azul, fumando seu velho cachimbo e contemplando a beleza multicor das lagartas-de-fogo.
Ceiça Lima
PORTAL DO POETA BRASILEIRO
EU FAÇO PARTE DESTA HISTÓRIA
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