QUERO-TE FLOR PRIMEIRA!
Carmo Vasconcelos
Quando eu futuramente regressar,
Noutro corpo, diversa alma prefiro,
Despida de memórias, qual papiro
Liso... Que esta enrugou-se de chorar!
Quero-a nua de passados já sofridos,
Flor primeira, enxertada de ignorância,
Alheada de lembranças que em constância,
A tolham pelos erros conhecidos!
Erros que antes de fluirem largos prantos,
Se vestiram de risos, gozo, encantos,
Inefáveis momentos de prazer!
Então, que venha a mim alma inocente,
A aventurar-se, audaz, inconsciente,
Que entre riso e pranto, há vida a viver!
***
Lisboa/Portugal
5/Janº/2010
Belíssimo soneto Carmo, muito clássico, vocabulário rico.
ResponderExcluirGrande abraço e sucesso!
Belíssimo, Carmo! - Parabéns! - Abração
ResponderExcluirParabéns por tão belo e rico soneto.
ResponderExcluirAbraços