sexta-feira, 11 de setembro de 2020

O IMAGINÁRIO NA LITERATURA

 

Vamos imaginar como seria a vida sem certas coisas que nossa imaginação imagina, pois o imaginário sempre nos ajuda a dar uma certa cor à vida que realmente vivemos...

Ósculos e amplexos,

Marcial

 

O IMAGINARIO NA LITERATURA              

Marcial Salaverry

 

Partindo-se do princípio que “imaginário”, é algo que só existe em nossa imaginação, pode-se chegar à conclusão de que tudo aquilo que não puder ser materialmente provado, pertence ao imaginário. Ou seja, pensamos que existe, mas ele realmente inexiste, ou apenas não pode ser provado de uma maneira irrefutável...

 

Coisas imaginárias são aquelas cuja existência não pode ser comprovada, e assim considerando, vamos então imaginar a importância do imaginário na produção literária.

 

A grande maioria dos livros existentes fala de coisas imaginárias, exceção feita aos livros de cunho científico, bem como daqueles que tratam de fatos e feitos históricos que podem ser provados por documentos legítimos. 

 

Existem muitos que falam de fatos que nos são passados por depoimentos  através dos anos.  Serão reais, ou pertencem ao imaginário das pessoas? Certos fatos narrados, como por exemplo, o propalado romance entre Cleópatra e Marco Antonio, ou mesmo a beleza de Cleópatra, podem ser fatos reais, ou imaginados. Não existem fotografias provando, nem sequer um VT da morte da Cléo... Teria ela existido?

 

Não se pode em definitivo separar o que é história, do que é estória...

Para que alguém possa ser considerado escritor, é fato que tem que saber usar a imaginação.  Mesmo relatando fatos históricos ou biográficos, é imprescindível que use um tanto de imaginação, pois o relato puro e simples da história seria terrivelmente enfadonho.

 

Evidentemente o Imaginário se faz presente em todas as obras de ficção, sejam romances policiais ou aqueles falando de amor.  Pensa-se que os escritores transportam fatos vividos para seus escritos. Não deixa de haver um fundo de verdade nisso, pois realmente, ao escrever, o autor sempre puxa algo de si. Não necessariamente vivências, mas seu interior, sua maneira de ser, seu modo de viver.  Coloca muitas vezes no papel o que ele gostaria de realmente vivenciar,  contudo, se vive tais situações ou não, é algo que deve permanecer envolta em mistério, eis que podem ser fatos reais, ou meramente imaginários. Quem sabe?

 

Para os leitores deve permanecer sempre a impressão de que ele, escritor, é o personagem principal de suas obras.  Por essa razão, ele sempre deverá usar seu “EU” imaginário em seus escritos.  Mesmo que use outros nomes para seus personagens. Deverá passar a impressão de que o nome é ficcional, mas que o fato foi vivido, seja por ele, seja por outro alguém...

 

A grande verdade é que jamais um escritor de alma romântica conseguiria escrever um romance policial.  Ou um ateu, escrever sobre temas religiosos.  Não estariam conseguindo “se transportar” para sua obra, mas por mais que procurem se transportar para seus escritos, precisam, e muito de sua imaginação, e haja imaginação, uma vez que o  escritor precisa passar a idéia de que ele vive todas as situações narradas. O leitor precisa sentir isso, para se empolgar com a narrativa. É quando o imaginário trabalha a imaginação de quem lê.

 

Assim sendo, para bem escrever sobre o Amor torna-se necessário que o autor tenha uma alma romântica, pois não há nada que excite mais a imaginação do que o tal do amor, aliás, não existe nada que seja mais imaginário do que o Amor, pois não existe um aspecto físico que comprove sua existência. Mas como é o tal do Amor? Não pode ser provado?  Então não existe.  Pertence ao Imaginário então, mas é um sentimento que move o mundo.  Por ele se vive.  Por ele se mata. Por ele se morre.

 

Os autores de maior sucesso sempre foram aqueles que souberam mexer com o interior das pessoas, sejam poetas ou prosadores. É importante que escreva com a alma.  Mesmo usando a imaginação, deverá escrever aquilo que realmente sente, para que seu Imaginário soe como real.

 

O leitor deverá se convencer de que o escritor e o personagem se confundem, e que tudo aquilo que se narra é real... E às vezes é mesmo... Ou não? Usem a sua imaginação...

 

Mas, de verdade, algo que é bem real, certamente é o meu desejo de que todos tenham UM LINDO DIA, e que possa ser repetido todos os dias, com pandemia ou não... Aliás, imaginemos que a Covid é fruto de nossa imaginação...

 

 

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