O SOL DA MEIA NOITE
E se impõe na calada da noite
Vozes roucas lamentam infortúnios
É mórbido o momento
Súplicas e suspiros dobrados
Ecoam ao vento em forma de açoite
Explosão no céu
Um cometa mergulha na escuridão
A visão fica turva
É o caminho do medo
Coração disparado
Frenesi de emoções
Sol da meia noite
A noite virou dia
Passos trôpegos na calçada
Ritmo desenfreado
Marcha alucinante
Rufar de tambores
O mundo quase acabou
O ontem já se foi
O amanhã ainda não chegou
Ultimo capitulo de uma era
Que foi escrito por mim
Antonio Vendramini Neto
O poeta transforma até a Lua em verbo para luar seu amor
Eu te luo durante a noite
Tú me luas de onde estás
O poeta também sempre lua
Nós todos luamos ao luar
Vós luais na minha ausência
Casais luam ao se apaixonar
Se a Lua como substantivo
Não der conta do nosso amor
Transformo-a então em verbo
Para aliviar essa minha dor
Uso minha liberdade poética
É assim que vou recriando
Novas palavras com a Lua
Pra seguir sempre te luando
Marcelo Bancalero
Belíssimo teu poema Antonio, parabéns. Seja bem vindo à família Portal! Abraço e bom final de semana poeta. Ceiça Lima
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