sábado, 20 de novembro de 2010

A NAU DO BARDO ESTÉRIL

Forcejo e reforcejo
Com recalcitrante veemência
O parto de um mero poema:

A minha verve, ao contrário,
Quer se manter inerte,
Em coma, inacessível á pena
Deste poeta-náufrago!

Penso em solfejar
Hinos que esquartejem
A opressão, a amorosa decepção e o flagelo:
Mas, pelo oceano da mente, me navega a nau do deserto.

O pensamento meu --- afinal de contas ---
Hoje não deseja degustar o sol da poesia:
Anseia, a bem da verdade, ser o mor cemitério das ventanias!

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA

2 comentários:

  1. Olá,
    Tem hora que o flagelo toma conta de nós...
    Para quer possamos nos sair bem de todas as situações:
    Vou fazer uma semana de reflexões, a partir de amanhã, com textos sobre o silêncio, acompanha,tá?
    Saudações com votos de paz e alegria no fim de semana.

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  2. E em silêncio, iremos pensando e repensendo, bem ao longe, bem atrás dos altos montes... Abraços poetanos...

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