segunda-feira, 13 de dezembro de 2010




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Deixa-me te venerar do meu jeito;
Sara, pois, de mim, esta ânsia,
Dilacera dos meus dias esta saudade
Que como fel amarga no meu peito...

Faze, então, de mim brisa amena
A deslizar no corpo teu,
Eriçando teus pensamentos enclausurados,
Mostrando meus tresloucados desejos.

Furta dos meus lábios o mais doce néctar,
Sejas a seiva que farta meu prazer,
faz-me delirar em prantos de amor!

Não deixa que soturnos sejam minha esperanças...
Vem e mostra-me com malícia o pecado teu,
Descerra do teu corpo a veste onde hei
De hospedar-me.



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