quarta-feira, 13 de abril de 2011
A REVOLTA DA POESIA
Minha amada adormeceu
Meu filho se recolheu
Poderei escrever minha poesia
Papel e pena na mão e... Nada de poesia
Ouço algo ao fundo, ergo a cabeça à procura
O som aumenta na sala semi-escura
Mas quem seria? Que zombando de mim sorria
E dizia: hoje nada de poesia
Ando muito aborrecida por sentir-me sempre usada
Você nunca me perguntou onde queria ser colocada
Você colocou-me por várias vezes em locais a seu gosto
Hoje sim, lhe darei um desgosto
Lembra-se das vezes que me colocou como desgraçada
Em outras me deixou embaraçada
Em hotéis com outros fui parar, praias, riachos, chuvas e até no espaço
Nunca se preocupou em saber do meu cansaço
Fez-me fazer amores com pessoas estranhas
Arrancando-me as entranhas
Fez me comer bombons, sem perguntar-me se eu gostava
Deu-me rosas, lírios e flores do campo,
mas nunca soube que Margaridas eu amava
Amor fez comigo várias vezes com emoção
Dizia ser meu seu coração
E, no entanto dizia que o traía
Mas, de mim realmente nada você sabia
Lembra-se de um concurso que comigo ganhou
Pois bem, logo depois numa gaveta me colocou
Prêmios lhe dei por onde passou
Mesmo assim em pouco tempo me amassou
Hoje estou aqui para lhe dizer que sou fantasia
E de mim depende, a sua poesia
Sem mim você não é ninguém
Comigo sempre fizeste gracejos a alguém
Por isso peço-lhe se queres continuar a me usar
Trata-me com carinho e pare para pensar
Não sou apenas algumas letras soltas que você coloca no papel
Sou sua poesia e mereço muito mais que viver num bordel
Escreva-me com o seu coração
Coisas lindas lhe darei, talvez vire até canção
Mas, lembre-se não me vulgarize faça-me bacana
E, ao final lhe darei muita fama.
AMÉM
Marcos Toledo
Meu anjo
Meu anjo lindo e inexperiente traz em sua face tal sorriso envolvente
Que ilumina o caminho a traçar
Meu anjo tímido inconseqüente
Traz contigo canções transparentes
Que em sonho me perco a cantar
Meu anjo puro inocente
Declama em olhares envolventes
Delírios de um eterno luar
Eu prisioneira de pecados atheu, pagã de sentimentos singelos
Me prendi em teu arco
Eu que não abria os olhos
Que não via tal brilho
Me vi hipnotizada ao luar
Meu anjo me vi febril
Meu anjo inexperiente, inconseqüente, inocente
Vi ti a suspirar, arrepio-me só de pensar,
A olhar os olhos teus a uma lagrima a rolar
Em instantes me perdi a te encontrar
E nos teus olhos não o vi declamar, as canções
Não cantar, mas em teu sorriso tive a certeza
Que em outra aurora irias voltar,
Pois hoje sou eu que declamo delírios de um eterno luar
A te olhar.
Aline Uga
* SEJAM MUITO BEM VINDOS!! RECEBAM O CARINHO DE NOSSOS CONFRADES E CONFREIRAS!!
Aline Romariz
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Belos poemas, Aline e Toledo.
ResponderExcluirSejam bem-vindos!
obrigado, espero poder contribuir com o que for necessario para bem do grupo.
ResponderExcluirSejam bem vindos, poetas!
ResponderExcluirForte abraço da
Miriam Panighel Carvalho
SEJAM BEM VINDOS.
ResponderExcluirESTE PORTAL ESTA SEMPRE RECEBENDO A TODOS DE BRAÇOS ABERTOS.
ABRAÇOS CATARINENSES A VOCÊS.
Benvindos poetas aqui é a nossa casa
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