Esperei
o sol nascer
Para
começar a escrever.
Precisava
que ele me iluminasse,
Que,
em mim, acalmasse,
O
que está cansado de gritar,
De
explicar...
Até
parece que não tem jeito...
...Tanta
deturpação nos conceitos.
Tanta
gente desejando o fim,
Querendo
se ver livre dos irmãos,
Menos
afortunados,
Ou
simplesmente,
Diferentes!
...Tudo
desarrumado!
Compacta
solidão!
Uma
intolerância que não tem mais fim.
Escondidos
atrás de emboloradas escrituras,
Achamo-nos
capazes de traduzir a altura,
Em
seus mais íntimos desejos.
Deturpamos
seus anseios,
Para
julgar e condenar
O
que acreditamos não ser divino...
Queremos
nos livrar
De
tudo que possa nos incomodar
Em
nossa falsa senda,
Ignorando
completamente, nossas próprias vendas.
Apostamos
no nosso suposto poder sobre o planeta,
Como
se este não pulsasse por si só,
Com
toda a certeza
E
alguma nobreza!
No
livre arbítrio, demos um nó.
O
conceito de irmandade
Ainda
não atravessou a humanidade.
Ainda
nos estranhamos...
Ainda
não nos aceitamos.
Nem
a nós mesmos,
Muito
menos, aos outros.
Infelizmente,
achamos que estamos presos,
A
um conjunto de comportamentos,
Essencialmente
materialistas,
Negativistas,
Precários,
Arbitrários,
E
toscos!
Trancafiamos
nossos sentimentos
Nos
porões imundos da conveniência.
Esquecemos,
por completo, nossa procedência.
Felizmente,
o Universo
Não
é como nós, tão perverso!
Sosseguem
pregadores do separativismo.
Por
trás de todo este negativismo,
Está
a clara luz da Criação,
Com
todo o seu incomensurável coração.
Com
toda a sua soberania,
E
sua inabalável harmonia.
Ninguém
irá a lugar algum.
Até
que todos tenham acordado: um a um!
Música indicada:
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