sábado, 16 de outubro de 2010

Terra e Suor

Terra nua agreste e selvagem.
Sem o canto lírico dos pássaros,
Que rumorejam suas lágrimas...
Ás sombras dos sonhos dos sertões.

O verde que te é esperança.
Repousa em fedas estiagem.
Da semente que te espera flor...
Foi-se botão, hoje é só dor.

Mãos que se unem ao tosco rosto.
Abafa desespero, enxuga suor.
Eleva ao céu os olhos efêmeros...
Por terem secas tuas lágrimas.

Chão batido, poeira sem rastros.
Deixam marcas, sangram almas.
Nuas e cruas verdades, fios de facas.
Riscam o destino, determina a sorte.

Quando o firmamento chorar
As lágrimas de caboclo
Nascerá na terra nua agreste selvagem!
A grama verde... Verde esperança.

Terra nua solo sagrado, céu ou inferno.
Crepúsculos de desafios, aurora de vitórias.
Estampa na alma matuta, grande guerreiro.
Ora a Deus bendiz a Pátria, enfrenta a luta.


                                                      Baroneto

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