É tarde, a chuva parou por hora.
E a mulher desnuda já se vai.
Sem pompa, sem choro, sem desespero.
Vai ela de encontro a pausa.
Seu ser está sem brilho, mas calmo.
Há um fôlego a se abrir e florir.
Há um tempo de se ouvir, de falar.
Tempo de se calar e deitar, descansar.
Desnuda mulher de preconceitos, treijeitos.
Caminha nua por todas as ruas, sem medo.
Veste-se de amor e resplendor de alma.
Vive de atitudes, amuides, sua chama.
Vai linda e solta desnuda mulher!
Da-me um beijo de chuva.
Molhado de amor.
Com gosto de pura uva.
Acetinado como a lua.
Repleto de cratéras.
Recheado de quimeras.
Beija-me mulher, roça-me a nuca.
Vem com o mel de seus seios.
Me aninhar em seus meios.
Me aguçar de paixão.
E depois dá-me sua mente e coração.
Vem desnuda mulher que lhe aguardo!
Ardo por seu corpo.
Anseio pelo seu ser.
Respiro seu viver.
Sou vampiro e anelo suas veredas.
Guarda seu medo de mim.
Não sou seu mal.
Sou apenas o bem que lhe falta.
Teresa Azevedo
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Estátua de Pâmela Anderson, por Marc Quinn
Poeta!! Esqueceu de creditar seu texto!!! Aline Romariz
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