sexta-feira, 27 de junho de 2014

Para além dos olhos

Para além dos olhos

Para além dos olhos está a alma
Com ela, a alma, está à poesia.
A poesia que advém de todos os sentidos.
Sendo assim ao alcance de todos nós.
Para que, além das limitações humanas,
Haja luz para todos os povos e corações
Ressoe lindos sons pela terra nossa
Que não falte o paladar para o sabor do amor
Que não falte o tato para aquecer as criaturas
Lucidez para toda loucura de loucos e sãos
Que pássaros multicores inundem de alegria
Os pensamentos e reflitam em atitudes benéficas
Que reine a paz sobre todos os homens
E, pelo clamor da poesia saciemo-nos e
Derramemos nossas dores e alegrias.
Através da poesia, ela que nos concede.
A dádiva de podermos enxergar com os olhos de Deus.
Amém!


Poesia de Teresa Azevedo extraída da antologia do Instituto Campineiro de Cegos Trabalhadores - ICCT que pode ser adquirida através do e-mail rmcappi@yahoo.com.br


Pintura de Albert Lynch pintor peruano que viveu no período de 1851 a 1912.

terça-feira, 17 de junho de 2014

Fontes de Inspiração

















Só faço um poema
para o dia que nasce,
quando em sua face
vem trazendo o tema.

Só faço poemas
para uma canção
se em meu coração
misturar os fonemas.

Porém faço poemas
quando estou indignado...
Aproveito-me, desse modo,
para soltar os problemas.

Também faço poemas
quando estou amando.
Aí fico viajando
por outros sistemas.


A.J. Cardiais
08/11/2012
imagem: google

segunda-feira, 16 de junho de 2014

A Aguia e o Jabuti

Versos Companheiros

















Tive minha fase de apaixonado...
 Mandei muito recado
 em forma de poema.

 Foram coisas pequenas
 que, para algumas pessoas,
 não têm valor.
 Foram versos simples,
 como é simples o amor.

 Não fiz versos rebuscados,
 conturbados, maquiados...
 Fiz versos de coração
 para coração.

 Fui moldando como um artesão
 na olaria:
 acariciando os versos,
 fazendo-os de companhia.

A.J. Cardiais
imagem: google

quinta-feira, 12 de junho de 2014

A MINHA VIDA EM VERSOS: Enamorado pelo Brasil

A MINHA VIDA EM VERSOS: Enamorado pelo Brasil: Oi meu amor te desejo hoje um dia dos namorados muito feliz  Perdoe meu coração divido pois também estou enamorado pelo Brasil E...

quarta-feira, 11 de junho de 2014

PORTAL DO POETA BRASILEIRO - Manifestações Poéticas sobre o MEIO AMBIENTE

Fragmento da poesia “Nós”



Envolvo-me em seus braços.
Sou presa em seus laços.
Dedicatória e memórias,
Meu epílogo e prefácio.

Fragmento da poesia “Nós” de Teresa Azevedo, participa da poesia coletiva do Portal dos Poetas Brasileiros "Enamorados" https://www.youtube.com/watch?v=mfAnrG4thqQ


Tela de Pierre-Auguste Renoir foi um pintor francês impressionista.

terça-feira, 10 de junho de 2014

Destaque Literário - categoria conta - ALPAS SÉCULO XXI


Tiro perdido
 Teresa Azevedo


Uma coroa de flores.
Um lenço, um choro e um adeus.
Com ela deitada inerte, sem vida, sem olhar ou responder aos lamentos, vão-se os projetos para uma vida inteira. Pelo menos para ela.
Planos que se cumpririam durante sua vida. Ela ali, sem mais respirar, gelando, endurecendo e apodrecendo pouco a pouco.
Ele, numa abrupta interrupção do respirar tranquilo. Mãos frias, pressão baixa, corpo amolecido e fraco, prestes a desfalecer pela dor.
Ofegante, chora incessantemente. Não há consolo, não há conforto, nenhum abraço de carinho lhe basta.
As recordações dos dias vividos, as emoções do romance intenso. Os beijos, abraços, carinhos, e até as brigas eventuais farão falta.

Em um lugar qualquer, o causador de tudo.
Tiro perdido na multidão, uma caça aos inocentes, uma arma nas mãos que facilitou o fim do sonho de um casal.
Era um dia perfeito de grandes comemorações pela notícia da gravidez tão esperada após doze anos de casamento. Desde cedo os cuidados foram redobrados. Ela carregava seu herdeiro, os paparicos pareceriam poucos.
Sempre? Como, sempre?
Ela saiu ao portão para receber a encomenda e mal conseguiu assinar o protocolo. Um tiro perdido de um confronto desatinado, jovens enlouquecidos pelo vício, sem razões reais, apenas o ócio e bandidagem.
O tiro passou de raspão no entregador, mas acertou a moça fatalmente. Ouvindo o barulho ele corre de dentro de casa até a amada, mas já a encontra sem vida.

E, agora, o "sempre" acabou...

Destaque Literário - categoria conta - ALPAS SÉCULO XXI

Sarau na Sociedade Amiga dos Pobres (Albergue)

Olá!

Amanhã, depois do sucesso da realização nas Casas de Repouso, faremos o primeiro Sarau na Sociedade Amiga dos Pobres (Albergue), as 14h - Rua Francisco Eliziário, 340 - 32312999 (Inês). 
Conto com a presença de todos.
Abraço,
Teresa Azevedo
ANLPPB - Cadeira 6
krika3@gmail.com
19-992759014

Segredos da Vida

















Fico escrevendo coisas
(talvez sem importância)
para ir levando a vida,
até a “última instância”.

Com a mente distraída,
(mas levando tudo a sério)
tento descobrir o mistério
até a hora da minha partida.

A vida não é brinquedo.
Mas se não levá-la brincando,
você acabará apanhando.

A vida guarda um segredo,
que só lá “do outro lado”
é que será revelado.

A.J. Cardiais
imagem: google

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Rodeio

















Um índio que ligeiramente passa,
(moderadamente pensa
e age naturalmente),
sente que a vida é uma natureza
de natureza mansa e índole dominada...

O índio é o meu desconhecido lado,
desalentado pelo outro: o letrado,
forrado de papel celofane,
com areia prateada e mil e um
lamês de ilusão...

Nessa mansidão, segue em vão
meu coração de sangue guerreiro dominado...
E não há psicólogo
para retirar de mim os louros e as glórias
deste lado.

Só que minha mente
me provoca frouxos “arrasos”,
quando o outro lado (o letrado)
quer levar uma vida melhor...

Quando ele cobra isso de mim,
coitado do meu índio...
Coitado do meu selvagem
que encara tudo com esperança...
Que tem fé até em merda de boi.

Pobre índio que mora em mim...
Segue-me, como sempre,
esperando calado
o sol nascer novamente.

A.J. Cardiais
25.06.1982
imagem: a.j. cardiais

20º Concurso Literário Internacional de Poesias, Contos e Crônicas - Alpas 21

RESULTADO CONCURSO ALPAS SÉCULO XXI

20º Concurso Literário Internacional de Poesias, Contos e Crônicas - Alpas 21

Contos - Destaques Literários:

Biloca - Amélia Luz - MG
Na velocidade da internet - Saulo Barreto - MA
Sonho de carnaval - Cecy Campos - MG
Tiro perdido - Tereza Azevedo 
Gato preto - Cecy Campos - MG
Adoçando a vida - Sandra Ribeiro - SP
O livreiro - Michelle Zanin - SP
Trocados que valem ouro - Rô Mierling - 
Impunidade - Yara Regina Franco - SP
Memorável encontro - Luís Gondim - 
O tempo - Eliene Santos - 
O anticiclone - Lilian Vigna - 
Amor adolescente - Vera Salbego
Território perdido - Isabel Vargas Cristina Silva Vargas - RS"

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Escrevo, Logo Existo

















No meio de tanta gente brilhando,
o que é que eu faço?
Uso palavras de aço
e continuo cortando,
ou cego meus modos
e vou copiando?

Leio... Sei que estou errado.
Mas não estou preocupado
em seguir um modelo...
Eu quero mesmo é dizer
as coisas, do meu modo.

Quero a liberdade de fazer
e deixar a coisa “rolar”.
Aconteça o que acontecer,
não quero é me preocupar.

Escrevo, logo existo.



A.J. Cardiais
imagem: google
Poema do livro Um Quase Nada

5 de junho - Dia do Meio AMbiente

imagem do site www.epochtime.com.br

Dia do Meio Ambiente
Por Teresa Azevedo

Lembro-me de um tempo em que tudo era simples, verdadeiro e feliz. Onde podíamos respirar com tranquilidade, um ar puro e refrescante. Quando a primavera era primavera,  verão era verão, o outono era outono e o inverno era inverno e cada estação começava e terminava no tempo certo. O sol despontava e nos aquecia e não nos enfermava. A lua era a inspiração aos românticos e não o medo pela insegurança.  As águas eram abundantes e cristalinas. As chuvas eram bênçãos, ainda que fortes, e não catástrofes.
Reconheço que o saudosismo que aqui me cabe é causado por nós mesmo e pelos governos, quando colaboramos pouco ou muito para a destruição do equilíbrio ambiental.
Precisamos substituir:
·         O desmatamento criminosopor reflorestamento.
·         O descarte puro e simples pela reciclagem e reutilização.
·         O desperdício de água, luz, alimentação pela conscientização.
·         Os gases tóxicosliberados pelos veículos e outros mecanismos por alternativas sustentáveis.
·         A alimentação repleta de agrotóxicos econservantes por alimentos orgânicos a preços acessíveis.
·         A poluição das águas por sua conservação.
Estamos caminhando para um mundo seco, sem rios, sem florestas, sem estações, sem alimentos, onde o sol escaldante fere o corpo desprotegido pela camada de ôzônio, o frio congela os continentes indistintamente. Com seres vivos em extinção ou extintos. Seres de peles desidratadas, estômagos famintos, mentes vazias, mãos furiosas por sangue alheio.
Felizmente muitos de nós já despertamos para essa realidade e estamos arregaçando as mangas portransformações expressivas, mas ainda muito pequenas diante do que nos espera.
Só com atitudes  radicais e definitivas de mudança de hábitos e costumes a situação poderá ser revertida.
Isso é fácil? Não, em absoluto, mas é imprescindível se desejamos que a raça humana permaceça viva.

O inverno de nossas vidas


O inverno de nossas vidas.

E, quando o inverno de nossas vidas chegar,
que possamos nos lembrar,
tu de mim, eu de ti,
para sempre nós,
eternamente um.

Fragmento de texto de Teresa Azevedo, cuja obra encontra-se a venda no site www.clubedeautores.com.br
Miquel Utrillo i Morlius – engennheiro, pintor, decorador, critico e promotor artístico espanhol.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

De um medo a luz


De um medo à luz

Um medo do abandono
Ao acaso do descaso,

À espreita, no escuro,
A um passo da luz.

Choro e riso...
Oscilo entre calor e frio e
Encolho-me.

Alcanço a luz e não a deixo.
Enfim, vejo.


Poesia de Teresa Azevedo, extraída da antologia dos ICCT – 80 anos trabalhando para diminuir diferenças, que pode ser adquirido  no  site: www.icct.org.br

Pintura de James Joseph Jacques Tissot, pintor francês.

pensamento para você

Pensamento para você

Não permita que a cegueira tolha você de alcançar seus ideais, superar obstáculos e reconhecer-se como pessoa digna e capaz de contribuir para a Sociedade. Lembre-se que todo ser humano tem algum tipo de deficiência a ser superada. Viva feliz!

Texto de Teresa Azevedo extraído da “Antologia do ICCT – 80 anos – Trabalhando para minimizar diferenças”, que pode ser adquirida pelo site: http://www.icct.org.br/


Imagem de Alphons Maria  Mucha - ilustrador e designer gráfico checo e um dos principais expoentes do movimento Art Nouveau

Hoje chorei por você



Hoje chorei por você.
Chorei as lembranças e sorri também.
Lembrei-me do seu abraço
Do seu olhar de menino.
Do seu jeito, do seu traço
Seu ar tão masculino.
Lembrei-me dos seus ombros largos
Dos seus sorrisos parcos
Sua gargalhada sincera
De risada amarela.
Lembrei-me do nosso ninho,
Do quanto você quis estar sozinho.
De como sempre me deixou saudosa
E que ao voltar sequer me trouxe uma rosa.
Lembrei-me do meu intenso amor
E dos tantos dias que sofri tamanha dor.
Dor dos abandonados,
Dor dos apaixonados.
Do frio e sede do outro, que sentem os desprezados.
Da rotina angustiante e dos dias gelados.
Mas me aqueci nas lembranças dos abraços
E ainda na delícia dos amassos.
E mais uma vez chorei por ser apenas lembrança
Pois hoje mal posso ouvir sua voz mansa.
Enfim se foi...

Texto de Teresa Azevedo escrito em 2010, cuja obra encontra-se www.clubedeautores.com.br

Pintura de Vitorio Matteo Corcos – Pintor de retratos, era italiano.

domingo, 1 de junho de 2014

Ciranda de mim





Ciranda de mim

Cala.
Rala e mata.
Grita e fita.
Pega e foge.
Engole.
Aiiiiiiiiinnnn.
Quimeras.
Saudade.
Um beijo, um queijo, um amor.
O vinho, espinho.
Aperto de mão.
Cortejo, ciranda de mim.
Cantiga, bem antiga.
Beleza.
Lampejo.
Grilos e sapos.
Rio ao mar.
Onde está o rio?
Penugem.
Perplexidade simples.
Complexidade.
Um ser, um só.
Somos sós,
Vamos nós.
Sou apenas um.
Não há nenhum.
Existe alguém.
Ai, ai (lentamente).
Creio.
Dúvida.
Como pode?
Feiúra e candura.
Capa, manto.
Miolo, olho.
Ouvido a ouvir.
Atenção!
Beliscão.
Aiiii!!!


Texto de Teresa Azevedo, cuja obra pode ser adquirida no clubedeautores.com.br

Tela de Paul Klee - pintor e poeta suíço naturalizado alemão, de estilo individualista com influência de várias tendências como o expressionismo, cubismo, e surrealismo.

Que fique este jeito


Cara coroa. Faz tudo em uma boa.
Dardos, estribos. Manifesta ser à toa.
Moinho de vento, poema em um lamento.
As marcas de vida. Não mexa na ferida.
Passagem, viagem, corrida e estrada.
Desejo, fissura, carinho encantado.
As marcas do tempo, sumiço.
Candeias e sinos, meninos.
Pensamentos soltos.
Quantos olhares loucos
Sem sofrimento ou dor,
Sem amor, sem clamor.
Cantigas calientes e versos proeminentes.
Que fique este jeito
Assim livre e satisfeito.
Que fique este jeito!


Texto de Teresa Azevedo, cuja obra encontra-se à venda no site www.clubedeautores.com.br



Pintura de Vincent Willem van Gogh -  pintor pós-impressionista neerlandês, frequentemente considerado um dos maiores de todos os tempos e conhecido por seus fracassos segundo a sociedade e tempo em que viveu.