quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Contumaz

MATUTANDO ( ALINE ROMARIZ E TERESA AZEVEDO)


Teresa Azevedo









Aline Romariz

MATUTANDO



Ô Teresa minha amiga
 tava lendo  no portá
cê tá sozinha quirida
 num simporte isso é normá
nóis é muié independente
 dona do poprio nariz
os homi tem medo da gente
 eita raça disinfeliz
mais nóis vamo poetando
coisa qui nóis sempre quis
deixa eles se assanhando
pras muié meretriz
um dia eles adescobre
 que pra pudê ser feliz
tem que se achegá na gente
esses desinfeliz
nóis  qué homi diverdade
proquê  cum homi covarde
nois num vai mais querê bis


Aline muié porreta
sabe bem o que diz
home covarde cumade
quero nao o desinfeliz
aqui no nosso portá
é que tem coisa boa sim
poesia a dá cum pau
e gente quiném a gente
do coração arretado
que sabe fazê corado
e em dia de rastapé
decrama isso é que é
quando a gente for prá Sarto
vô morrê de alegria
di vê tanta maravia
 e ocê fica bem carminha
vai vê a coisa maluca
proquê quando poeta se incontra
já é mesmo uma festança
e agora com o portá
 vai sê mió a lambança
vai sê sensacioná.


Aline Romariz/Teresa Azevedo

Visões

Soturna a noite adentra
Vasculhundo a minh'alma
Me tolhindo os pensamentos
Devassando a minha aura...

 Insistente o tempo urge
 Remarcando meus pecados
                            Aflorando no meu rosto
                            As tristezas do passado...

                           Sentimentos  conflitantes
                           Surpreendem sufocados
                           Matam o corpo lentamente...
                           Agonizam  lucilantes...

Mari Saes


Palavras...

Palavras...
Benditas,
Maravilhosas,
Declamadas,
Poesia ou prosa
No jardim,
A Rosa rosa,
Na beleza,
Charmosas,
No afago,
Carinhosas
Feminina,
Caprichosas,
No corpo,
Formosas,
Musica,
Harmoniosas,
No olhar,
Compreensão,
Atitude,
Perdão,
... Não ditas...
Silenciosas,
Dolorosa
Interrogação,
...??? ...
(©by Adilson S. Silva)

Jilós

Os jilós dessa vida
Tanto amargaram
Que me  ensinaram
Atravessar abismos
Sem sentir vertigens
Sem empacar,
Sem me ferir,
Suportar
A gratuidade da origem
E prosseguir,
Sem me calar,
Sem engolir
Palavras não ditas,
Que machucavam
O coração...

Ah, o tempo ...
Não anda para trás,
E a dor fugaz
Não foi em vão...
Os meus jilós amadureceram
E me ensinaram
A recomeçar tudo com paixão...

(©by Adilson S. Silva)

Poetizando...

                                                                                                                         O poder da música)

                                                                    'Poetizar'

                                                   


Fábio Ferreira





Enigmas...

Esfinge enigmática protegida pela noite
Só os astros conhecem teus segredos,
Tua boca miúda, remanso
Onde repousam as palavras,
Por ora inconfessáveis,
Desde tua sutil chegada.
Olhos negros inquietos
Passeiam pelas madrugadas,
Teus destinos são secretos,
Caminhas pelo silêncio,
Teu vulto delineia,
Meia Luz, penumbra,
Vestal imagem sagrada,
Enigmas de minhas noites...
(©by Adilson S. Silva)

Desejo à Você!

Eliano Almeida Prudente


...Desejo que tudo o que há de BOM, te aconteça.
Que todos os teus sonhos se REALIZEM,
E que nada na vida te aborreça,
Desejo que PROSPERES e te vá bem.
Que oportunidades INFINITAS lhe apareçam,
Que tenhas coragem de TENTÁ-LAS,
E que faças bom uso da INTELIGÊNCIA,
E que em circunstancia alguma nada possa te parar.
Desejo a você toda a SORTE do mundo!
E que num segundo... Possas VER,
Que a FELICIDADE é concreta e palpável.
E que está bem VIVA em você!
Desejo que o sofrimento pare!
Que a tristeza se cale.
E... Se os rios secarem,
O “Mar” possas ver!
Desejo que teus olhos brilhem a cada manhã.
Que o Sol de ti não se esconda.
Mas como resposta, fulgure em teu rosto,
Os lampejos cintilantes, de um prisma fluorescente de Paz!
E que acima de tudo prezado(a) amigo(a) eu possa te ver feliz...
NÃO SÓ NO ESPELHO, MAS DENTRO DE MIM MESMO...!


Autor: Eliano Almeida SP. FBN – 04.05.2007
SP. FBN – Rio de Janeiro. reg. Nº 485107

Brincando com as palavras

Casada já fui um dia,
mas de uma vez até.
Agora busco só sua companhia.
Fazendo-me sempre mulher.

As vezes fico sozinha.
Chego a chorar por isto.
Mas sou sempre independente.
Assim eu não morro disto (risos)

Na lida de mulher madura
Tá difícil solteirão
Mais fácil é ser imatura
Prá buscar um garotão

Que nada não faço isto
Quero mesmo um velhão
Mais eita como é dífícil
Estes são "complicadão"

Um dia conheci um
Vixi que me apaixonei
Mas que homem complicado
Só brigava pelo que "falei"

Depois encontrei um tal
que também me "namorô"
era tão apaixonado e além disto amigo
do nada acabou tudo, foi e não mais "voltô"

Então enquanto não encontro
o nhonhô num chega
vivo a namorar a poesia
ela sim do meu jeito aceita.

Teresa Azevedo
http://www.teresaazevedo.prosaeverso.net/
http://www.transtornbipolar.blogspot.com/
krika3@gmail.com

OLHA O MOTE!!!

Quero ser a estrela
Do seu sonho e ao amanhecer
Queira rete-la. ( Marisa Cajado)

Mesmo em pensamentos, senti-la
Com ardor, essência de uma vida.
Primores de sensações, recebê-la. (Rosana Nóbrega)


 Em nossos braços de amor
 pra lembrar a vida inteira
 da paixão mais verdadeira... ( Aline Romariz)

Essa estrela cintilante
Que vai do amanhecer ao anoitecer
Nos teus braços sempre estar.
Pela vida a sempre ter.(Elio Cândido de Oliveira)

Quero ser o sol  de um lindo dia
Após sua  noite de sono bom
Ser a rima da sua  poesia,
Ser na sua boca, o batom... ( Charlyane Mirielle)

 também quisera vê-la
alheia as margens do mar
pra depois sentí-la e tê-la
sob as carícias do olhar...  ( George Arribas )

E nada parece ser bastante
Para este amor sem preceito
Que não segue cartilha...
Não admite ser inconstante
Quer cumplicidade e respeito
É nosso cais, nosso porto, nossa ilha...(Glória Salles)


E quando ouvires na manhã
Os pássaros a cantar
Ouça nele o meu choro
Pois é hora de lhe deixar... (Teresa Azevedo)

CORDELANDO... As Alagoas


Tu sabe num sou de ferro
agora o jeito é te contá
Também passeio bem muito
Que é pro mode namorá
Minina, se a cobra num anda
Como vai se alimentá?
oxente num dia de noite
Tu num vai me acreditar
Era tanta gente no mundo
Lá pro lado do “Jaraguá”
Pois num é que toda gente
Foi na carreira prá lá
Só pra assitir Djavam
Na beira da praia cantá.
Eita terra de gente boa
Maceió cidade sorriso
Tem tudo que nóis priciza
Na calçada da “Pajuçara”
um magote de turista filiz
dizendo com a boca apeada
que terra boa e arretada
iés, é tudo que eu sempre quiz
É a terra de Ceiça Lima
E de Aline Romariz.
 
Ô mulé nem fale nisso
pra butá invenja in mim
faz muito tempo qui priciso
 é passeá por aí
 ir lá na " Paripueira"

 cum meus irmão reuni
dançá xote,forró e baião
pra mode me adivirti
e as lumbriga tão assanhada
doida por uma buxada
acarajé,mungunzá,sapoti
e minha pele nem se fala
 chega tá é muito arva
num tem praia puraqui
eita sardade danada
daquelas qui dói na arma
num consegue arresisti
 nossa terra é arretada
festeira, doce e linda
 canto de gente feliz
a nossa Alagoas querida
 a terra de Ceiça Lima
 e de Aline Romariz



 Ceiça Lima/Aline Romariz

Enamorar-me









Enamorar-me


Hoje eu queria uma canção que
me deixasse amena das coisas amargas
e não me trouxesse saudade...

Queria ser o sereno que beija a lua
no escuro da noite
Ou a poesia que abraça o sol
no manto da claridade

Hoje eu queria ser a namorada
que espera no portão com o sorriso largo
e o amor como identidade

Queria apenas um minuto com jeito de flor
ternura na cor e cara de eternidade...


Charlyane Mirielle

Agridoce




Agridoce



Não me questione o quão triste hoje estou
tanto que meus versos lacrimejam solidão
É que a amargura no meu peito se instalou
no momento exato em que brotava a inspiração

Se já desejei ser lua, uma estrela me restou
Enquanto quis ser o mar, num copo dágua nadei
Depois de ser chuva forte, fui barro que alguém pisou
E nos retratos da vida, do espelho eu não passei

Tive a língua costurada no silêncio dos que pecam
Meus lábios aprisionados na liberdade invertida
Vi meus versos deletados pela loucura ao plural

Aos cuidados dos que tentam tocar a flor, (mas a secam)
Na face branca da escrita pus minha arte revestida
sobrevivendo ao veneno, que pra quem fez, foi fatal !

Charlyane Mirielle

Os tolos de hoje e amanhã





Os tolos nascem amanhã
Com ventos sem sentidos
Passam o homem sozinho
Chorando, soluçam de manhã.

Os tolos olham o que vê
Ali na frente das muralhas
Estão todos admirando TV
Conversa dentro dela, raro.

Já dizia os tolos bobos
Homens demais sobem escadas
E os de menos descem ladeiras
Os tolos o que é entre um e outro?

Lá fora fica salvo
Os tolos já diziam
Aqui dentro ficam descalços
Velhos tolos já sabiam

Tolos com gostos tolos
E o gosto do tolo, devaneio!
Devo ir embora ou subo escada?
Corro em círculos tolos ou desço ladeira?


Luiz Carlos Freitas
Calu

Protesto






Protesto contra o preto
Que o luto consagrou
Protesto contra o claro
Que o escuro apagou
Protesto contra os olhares
Que vem me recriminar
Protesto contra palavras
Que não me deixam explicar
Protesto contra as subidas
Porque uma hora tens que descer
Protesto a favor do verde
Que nós fazemos sumir
Protesto pelas águas
Que um dia foi cristalina
Protesto pela voz
Antes feminina
Protesto pelas saídas
Que um dia já foi tranqüila
Protesto pela noite
Que pela manhã já virou dia
Protesto por mim mesmo
Que não sou entendedor
Protesto pelos homens
Que se fazem sentir dor
Protesto, protesto, na estrada!


Luiz Carlos Freitas
Calu
wwwcalufrey.blogspot.com







QUANTO SOFRER

Apagou-se o sorriso, bateu a tristeza
e já não havia mais ternura,
meiguice e enternecer diluíram-se
em meio à névoa do mutismo.
Mas as lágrimas não rompiam os olhos
como se retidas pelo medo de chorar,
então a tempestade desabou
impiedosa sobre o coração,
enquanto uma garra sombria
martelava suas batidas veementes,
sendo impossível segurar a dor.
Ah mágoa inopinada, quanto sofrer
impões em instantes inesperados,
quantas portas se fecham herméticas
ao suave sussurrar da alegria
deixando soberana a amargura.
Quisera amar sem vãos momentos
em que não se pode resistir
às tormentas e às furiosas ondas
que desabam sobre o amor
para quebrar-lhe todo o querer!
São tantas as pedras no caminho,
e removê-las custa uma vida inteira.
Como fere a garra do brusco ódio
que sufoca e corrói sentimentos.

Gilbamar de Oliveira Bezerra

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

CORDELANDO AS COISAS DO NOSSO LUGAR!!! ALINE ROMARIZ E CEIÇA LIMA





Ceiça minha linda, vamos proseá?
  falá na nossa língua
 pra vê se o povo sabe falá?
 Hoje eu tô descabriada
 fiz umas atrapaida
 nem vale a pena contá


Eita Aline tu é arretada
gosta mêrmo de resenhá
Nun se avexe te dou garapa
que prá tu não aperriá
Tô nessa minha nega
tu pode se aproxegá
vamu mostrá pra esse povo
as versidades do nosso Portá


 Minina nem te conto
 tu num vai acreditá
 fiz uma prova arretada
 nem precisei pescá
 o professor quando me viu
 a nota nem quis me dá
olhou pra mim todo danado
  e disse:" tu só sabe é gazeá"


Oxenti, num tou dizendo
essa Aline é de lascar
mulhé tu num divinha
o qui fiz hoje lá na Ufá
uma prova de gegrafia
qui quase perdi o kengo
se eu num tirar nota boa
inté a burracha eu vendo


Ô mulé tu tá é doida
 mai é de tanto estudá
 tais pricisando de um xamego
 vai lá no "buga" dançá
quem sabe tu tem sussego
 dexa o kengo relaxá


Oxê nem me fale do "buga"
milhó lugar no mundo num há
tem moço e moça bunita
que também sabem dançá
quando vou naquele canto
só saio ao sol raiá
de pé doendo e perna bamba
de tanto saracutiá


 Nem vô contá pra você
 as doidiça que fiz por lá
 mió num falá é nada
deixá tu imaginá
 arrumei um pé de carça
  mas  é mió  me calá
vai que tu conhece o  moço
e vai querê se alvoroçá


Valeime minha nossa sinhora
milhó de assunto mudá
tu vai ficar basbacada
cum que já aprontei pur lá
milhó deixá tudo quieto
pro povo num se espantá
tô dizendo minha gente
essa mulé bota prá pocar
pur isso que gosto dela
é daquelas mulé porreta
que num se deixa rebaixar


 Oxente e apois?
É mió nois descansá
mas de uma coisa tenha certeza
tô cum uma sardade danada
do povo do meu lugá
 chego inté ficá chorosa
quando cumeço a me alembrá
 vamo ficando por aqui
e logo logo eu tô aí
pra nois saracutiá



Aline Romariz/Ceiça Lima

NÃO DEVIAS



Não devias me olhar tão fundo,
Como se eu fosse tua.
Mergulhei naquele oceano negro
Em noite de tempestade.
E era dia!
Perdi-me na escuridão dos teus olhos,
Aqueles olhos... Foi covardia!
Não devias me olhar daquele jeito...
Perfeito
Com gosto de cereja curtida no rum,
De chocolate quente em noite fria,
De ato consumado,
De pecado...
Não devias!
Não devias me dizer tanto
Sem falar nada.
Despertar gigantes adormecidos,
Feras domadas, sonhos dormidos.
Não devias...
Não devias ter me olhado naquele dia.
Não devias ter me acordado
Do sono que eu dormia.

Ceiça Lima.

Contato: ceicaurb@hotmail.com
PORTAL DO POETA BRASILEIRO
"Eu faço parte desta história".

Olha o MOTE!!!! POESIA COLETIVA

Quero, mesmo em sonho, tê-la
 como quem pode deter o vento
 ou adormecer sobre uma estrela ( Delmo Biuford)

Nesta estrela vou me abraçar
Como quem abraço ao vento
Mesmo que ela mude de lugar
Vou agarrá-la em pensamento. ( Dora Duarte)

Para nunca perdê -la
Pois a vida inteira
Estive a tua procura  ( Geiza Araújo)

És tão bela como a flôr,
 faço os meus versos pra ela
e a chamo de meu amor(Iracema Moraes)

Porque te amo demais, e
sei que me amas também.
Vamos sonhar juntos, meu bem...( Alice Luconi)

 Quantas vezes maldisse o amor
chorei um choro sofredor
cansado de te querer tanto ( Aline Romariz)

Adormeci sobre uma estrela
e o vento aprisionou-me no céu.
Permita-me Deus esquecê-la
para ela provar o próprio fel.(Silvia Trevisani)

Quero, mesmo em sonho,amá-la
Como pode sorver a chuva
ou caminhar sobre chantalas (Mi Guerra)

Quero em ti fazer meus versos
Musa de mim, alento meu.
E com meu imenso amor cobrí-la.
Dar-te minha pele, meu cheiro
Entregar-te minha alma, o coração meu.
Fazer-te minha, totalmente minha e mulher (Teresa Azevedo)

Tú, etérea luz, olho o firmamento
insone, sonho melhor concebê-la
no perfume, solto no vento (André Luís Gabriel)

E neste sonho, saborear tua presença
 Respirar teu anseio, teu pulsar e alento
 Sem acordar os astros. OH! Doce estrela. (Daniel Rosa)

Quero mesmo é ser a raiz
a plenitude do teu sentimento
O rebrilho , feixe o sol dourado,
A alquimia , a tua poesia.... ( Mari Saes)


Como poderia alcançá-la?
Oh Musa, que inspira
Este Poeta e que pertence
Ao vento nas tardes quentes,
E a noite, ao luar... ( Ana Lago de Luz )


Oh musa dos sonhos meus
Dona da minha alegria
Toda a minha poesia
Se inspira nos olhos teus... ( Charlyane Mirielle)

E nada pode ser bastante
Para este amor sem preceito
Que não segue cartilha.
Não admite ser inconstante
Quer cumplicidade e respeito
É nosso cais, nosso porto, nossa ilha.(Glória Salles)










Tépido amor

Num tépido amor que nunca tive num itororó tão lindo que nunca vi
Ao léu fui te buscar e não consegui te encontrar como os mais belos jaspes
Te vi como um sonho te perdi entrei num jângal infinito e não resisti, pois tua
Jactância me arruinou e cai num profundo rio de lágrimas e adormeci.

Depois de horas acordei meia assustada gritei e de repente você veio em
Minha direção não sabia o que fazer então você segurou minha mão olhou-me profundamente
como se pudesse ver minha alma e o meu coração e disse: ''Quero amar te pela eternidade''
Fiquei perplexa não sabia o que dizer, mas uma frase me veio a boca e comecei a dizer:

Eu amo você, amo você, amo você, você e cê...

Geiza Pereira de Araújo

Sinto que estou Sozinha

Sinto que estou sozinha
Sem nem mesmo ter
Para onde ir, a vida

Cada vez fica mais difícil
E eu não sei que caminho seguir
Olho a estrada nada vejo

Porém sempre tem algo a ver
São tantos anos de desilusão
Que não acredito que meu

Coração irá aguentar
Sinto que não sobrou mais
Nada para fazer

Somente olhar o amanhecer
E tentar ver o que se pode
Encontrar para que eu possa

Então sonhar, sozinha
Estou com uma profunda
Tristeza mais enfim é a vida

Nos leva a caminhos que
Nem sabemos que um dia
Poderíamos chegar.

Geiza Pereira de Araujo

Sozinha

Sinto me sozinha
Sinto que isso não
Vai passar

Todos os dias estou
A esperar que alguma
Coisa aconteça nesse lugar

Que simplesmente
Nada me diz eu sempre
Fico infeliz por não ser igual

A todos aqueles que ao
Meu estão e não são como eu
Minha vida tem sido solitária

Pois em vaga ilusão
Pensei que alguém
Pensasse como eu

Sinto me sozinha
Não sei onde vou chegar
Sempre pedem para que

Eu não continue a sonhar
Eles sabem que eu amo
Escrever mais para eles

Não é nada é algo bobo
Que eu devo ignorar
E por isso eu digo

Que estou sozinha
Sempre que estou nesse lugar.

Geiza Pereira de Araújo

O vento

Soprando
Chegando
Dizendo:
Palavras, sentimentos.
Lembrando:
Momentos, eventos.
Silenciando:
Com jeito e efeito.
Calando:
Tormentos, sofrimentos.
Aliviando: 
Sedentos  

                       Maria Lurdete

Sobre a vida

(Um poema para reflexão)

A dor visita a alma.
Visita e vai embora,
O prazer é passageiro,
Fugaz e estranho,
Vem como uma onda,
Marola, cresce e passa,
Anda por onde a dor anda,
Disfarça a felicidade,
Impede que o amor nasça.

Seja aqui ou acolá,
Não adianta fugir,
O centro da vida
É onde a vida está.
(©by Adilson S. Silva)

Pensando em você.

O amor é uma coisa boa
Faz o coração mais bater
Suas batidas ecoam
Quando penso em você.

Meus pensamentos vagueiam
Até onde está você
Palavras que já gaguejam
Pensando no que lhe dizer

Talvez eu lhe cante uma canção
Dó, ré, mi,
Fá, sol, lá, si.

Ou talvez as palavras não saiam
Talvez os sentidos me traiam
Talvez eu só consiga dizer
“Eu te amo”!

(©by Adilson S. Silva)

Você viu o verso ?





Você viu o verso ?


Vagão descarrilado
Verso vago, em mim vestido
Viajando atrasado
Vasculhando o dom perdido

Vira-lata, vagabundo
Versátil, vulgo, versão
Varrendo as dores do mundo
Versículo, vivo, vulcão

Velho, vasto, venerado
Verseja o verbo em vão
Vertendo vozes num brado
Você viu o verso ? Eu não...



Charlyane Mirielle



(imagem retirada no google)

O motivo da rosa

(Para não dizer que "só falei de flores")

Roseirais,
Desencontros
Em mil portais.
Sempre-Vivas margaridas,
Cheiro forte de alecrim,
Palavras enternecidas,
Afrodisíacos matinais.

Lírios inocentes,
Pretendentes Girassóis
Fecundam rosas vermelhas,
Aquecidas sob os lençóis.

Hortências frias, ai de mim,
Algas marinhas sem o mar,
A rosa no chão é o fim,
Faz a saudade apertar.

Rosas, dálias amarelas,
Quando estiverem ausentes,
Porei violetas nas janelas,
Valeu a intenção da semente
Que vai brotar no teu jardim.


(©by Adilson S. Silva)

Versos rasos


O perfume da rosa
O orvalho lavou
E agora amanhecida
Como a rosa despertou?

Que houve? Que aconteceu?
O seu botão se fechou,
E agora esquecido
Em algum canto,
A rosa me deixou. 
(©by Adilson S. Silva)