Agridoce Não me questione o quão triste hoje estou tanto que meus versos lacrimejam solidão É que a amargura no meu peito se instalou no momento exato em que brotava a inspiração Se já desejei ser lua, uma estrela me restou Enquanto quis ser o mar, num copo dágua nadei Depois de ser chuva forte, fui barro que alguém pisou E nos retratos da vida, do espelho eu não passei Tive a língua costurada no silêncio dos que pecam Meus lábios aprisionados na liberdade invertida Vi meus versos deletados pela loucura ao plural Aos cuidados dos que tentam tocar a flor, (mas a secam) Na face branca da escrita pus minha arte revestida sobrevivendo ao veneno, que pra quem fez, foi fatal ! Charlyane Mirielle |
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
Agridoce
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