sexta-feira, 30 de maio de 2014

Qual é a Verdade?

















Jesus veio nos  mostrar
que o maior poder
está no verbo amar,
e não no verbo “vencer”.

Jesus foi humilde.
Sua riqueza era espiritual.
Hoje o povo se agride
pela riqueza material.

Esta é a realidade:
sonhos endinheirados,
sonhos pomposos...

Na verdade, na verdade,
poucos serão chamados.
Principalmente os gananciosos.

A.J. Cardiais
04.07.2011
imagem: google
Poema do livro Prosopopeia Desvairada

Domadora de mim


Em uma noite qualquer, na estação dos encontros, no tempo da contemplação,  um perceber e uma chegada. A irresistível fala ha tanto contida: "Domadora de mim"

Domadora de mim.
Curvas sinuosas,
Perigo constante.
Mistério sob a saia,
Suas ancas dançantes.
Levam-me a loucura.
Mulher de delícias.
No colo, a malícia.
Com os olhos enfeitiça.
Nos lábios, um sorriso.
Em minha cama me dome
Sou seu homem!
Assim, assim...

Texto de Teresa Azevedo cuja obra está a venda no www.clubedeautores.com.br

Pintura de Gustav Klimt - pintor simbolista austríaco. Em 1876 estudou desenho ornamental na Escola de Artes Decorativas.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Sonhei, tão somente sonhei



Sonhei, tão somente sonhei!


Esta noite sonhei com você, lindo como sempre, vivo como
nunca.
No sonho você voltava convicto e sem medo.
Eu, naturalmente, permanecia de braços abertos para lhe
abraçar,
Mas você não tinha mais nome, não tinha mais voz,
Via-me como eu sempre lhe pedi, tinha-me como sempre me
doei.
Meigo, pleno, repleto de vigor.
Acordei! E então me pus a chorar, virei-me e adormeci.
Sonhei, só sonhei...

Poesia de Teresa Azevedo, extraída do livro “Você: meu porto seguro”  que pode ser adquirido no site www.clubedeautores.com.br

Frederic Leighton, 1.º Barão Leighton, foi um pintor e escultor da Inglaterra

Ar de Louco















Deixo a vida seguir em frente
e fico sentado observando
o seu caminhar...
Vida, onde você vai me levar?
Vida, o que eu vou encontrar lá,
onde você me leva?

Mas não adianta perguntar,
pois a vida não responde.
Também não adianta pensar
que você conhece a vida...
Ela logo diz: me conhece de onde?

Essa vida é um caso sério...
Quando a gente pensa
que ela foi enfim decifrada,
ela continua cheia de mistério...

A.J. Cardiais
imagem: google

Singular/plural





Você singular/plural de modos e jeitos.
Singular, único sem o qual não há,
Plural por ser completo e pleno em efeitos.
Simplesmente você!

Como a música suave e harmônica,
Uma delícia em tranquilidade.
Um cântico de atitudes precisas.
A vitalidade na medida certa.

Um despertar para a vida.

Poesia de Teresa Azevedo, cuja obra pode ser adquirida no site www.clubedeautores.com.br

Pinturas de:
·         Frank Xavier Leyendecker – famoso lustrador americano

·         Juan Gris, pseudónimo de Juan José Victoriano González, foi um dos mais famosos e versáteis pintores e escultores cubistas espanhóis. 

Mundo paralelo


Mundo paralelo


Brilha o sol a pico.
Um gélido frio de final-de-outono.
Ele, à ausência de sua diva,
fada madrinha, escrava ou gueixa.
Delíra amplexos selvagens.
Enjeitado, arruinado e medíocre
Agarra-se a perfídia e heis que
outra, não a sua, chama-lhe a atenção.
Excitado meneia a cabeça convidando-a.
Mostra-lhe o dote e a toma em plena rua.
De súbito se assusta o néscio...
Aguarda ainda a transmutação daquela mulher
Em sua amada, qual nada...
Sobrepujado em seu mundo paralelo olha a estrada
E a vê longe, longe, inalcansável...
Num requebrar de ancas alucinante...
A ele só a dor, a desilusão cravada...
.
Texto de Teresa Azevedo, inspirado no conto d autora “A diva e o néscio”
Pintura de Egon Schiele pintor austríaco ligado ao movimento expressionista. 

terça-feira, 27 de maio de 2014

Um Beijo















Um beijo...
Eu só queria
um beijo apaixonado.

Um beijo,
com todos os pecados
de quem sente
gula de amor...

Um beijo,
acima da cintura
e abaixo da linha

do Equador.

A.J. Cardiais
imagem: google

.: O sexo não é tudo Importante é amar

.: O sexo não é tudo Importante é amar: Foto retirada da internet  O sexo não é tudo Importante é amar Quem tem a sua família Zele dela com amor Não use de trai...



É gratificante saber que em um mundo conturbado existem pessoas que pensam como você. Parabéns!

Abraço

Redes da Vida: Por que?

Redes da Vida: Por que?: Autora: Gláucia Figueredo.    Por que amar, se não somos amados?    Por que querer, se não somos queridos?       Por que...



Excelente! Fazer pelos outros o que queremos que façam para nós. O altruísmo é um dom que vem de Deus.

Um Grito de Liberdade (poesias): ORGULHO NEGRO

Um Grito de Liberdade (poesias): ORGULHO NEGRO: ORGULHO NEGRO Viva os negros Que balança a poeira E distribui vitórias É sinal que nem tudo está perdido Que esse país t...



Vivas a eles hoje e sempre!


Uma poesia por semana...: Contando o tempo

Uma poesia por semana...: Contando o tempo: Contei o tempo em verões Contei luas cheias no céu Ampulhetas de areia Calendário maia chinês judaico romano Caleidoscópio de tempo huma...



Amei sua poesia, conhecer seu blog e sua visita ao blog do Portal do Poeta Brasileiro.

Abraços,

Prismas

















O que é ser desenvolvido?
O mundo está sendo destruído
por culpa de um desenvolvimento
mal construído.

Quem cria armamentos,
é um “ser” desenvolvido?
Quem causa desmatamentos,
será que fica arrependido?

Vejo prédios sendo construídos
e florestas sendo destruídas
por homens “desenvolvidos”.

Para eles, árvores derrubadas
significa crescimento.
Não pensam, em nenhum momento,

que suas idéias podem estar erradas.

A.J. Cardiais
imagem: google
Poema do livro Pró Natureza

Mumifica a dor que me espanca




Mumifica a dor que me espanca

Mas a distância aumenta e
Cala meus gritos ao vento,
Leva de mim os pensamentos,
Mumifica a dor que me espanca.


Fragmento de poesia de Teresa Azevedo, cuja obra pode ser adquirida no site www.clubedeautores.com.br


Tela de Oscar-Claude Monet - pintor francês e o mais célebre entre os pintores impressionistas.

Poeta é gente diferente


Poeta é gente diferente

Poeta é gente diferente
Que pode assustar
Incomodar
De tanto amor que sente.

Fragmento de poesia de Teresa Azevedo, cuja obra pode ser adquirida no site www.clubedeautores.com.br

Alfons Maria Mucha foi um ilustrador e designer gráfico checo e um dos principais expoentes do movimento Art Nouveau

Quimera minha




Longe de meu corpo,
perto dos meus sonhos.
Quimera minha,
detalhes de nós.

Fragmento de poesia de Teresa Azevedo, cuja obra pode ser adquirida no site www.clubedeautores.com.br

Tela do pintor e desenhista francês Jean-Auguste Dominique Ingres que atuou na passagem do Neoclassicismo para o Romantismo.

domingo, 25 de maio de 2014

Fugindo de Explicação
















A poesia pode ser algo que dói,
algo que corrói
e que foge de explicação.

Pode ser um traço de união
ou uma fonte de interrogação;
um conglomerado de rimas
sem muitos dizeres
ou serem obras primas.

Podem ser recados:
mal dados, bem dados,
truncados, amaldiçoados,
codificados...

Pode ser o seu olhar
de reticências
para este viver

de aparências.

A.J. Cardiais
imagem: a.j. cardiais
Poema do livro Sub Versos Corrosivos

sábado, 24 de maio de 2014

A quantos cantos quis ir e não fui


A quantos cantos quis ir e não fui.

Oh! Afagos que não conquistei,
vazios de mim que sonhei.
Desencontros da vida, eu sei

Fragmento de poesia de Teresa Azevedo

Tela de Oscar-Claude Monet foi um pintor francês e o mais célebre entre os pintores impressionistas.

ENCONTROS DA LUTA ANTIMANICOMIAL - PARTICIPE E DIVULGUE!

ENCONTROS DA LUTA ANTIMANICOMIAL - PARTICIPE E DIVULGUE!
De: Associação Brasileira de Saúde Mental <abrasme@abrasme.org.br>

http://www.abrasme.org.br/mensagem/view2?q=MTk0MjYlMkMxMzElMkM4YWYyOGUxZWVlNDU1NjQ2Njk2NDhjMGViNjEzNWM0ZA==


sexta-feira, 23 de maio de 2014

Amor: Simples Assim















Não tenho medo de falar de amor...
Não tenho medo de falar besteira.
Não tenho medo de rimar, sem dor,
que o amor é uma flor
de qualquer maneira.

Não tenho medo
dos versos quadrados.
Não me preocupo
com os versos simples.

Os que complicam
ficam complicados.
Deixando os namorados
complicados então.

Quem ama, entrega-se de coração.
Quem ama,  busca viajar nos beijos.
Mergulha no olhar do outro
e encontra o conforto,
o carinho, o desejo.

A.J. Cardiais
imagem: google

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Sonegação Amorosa



















Não quero nada,
neste momento terno...
Esconjuro o inferno
que você me faz.

Rezo sempre Ave Maria
para viver em paz.
Quem quer um novo dia,
um novo dia traz.

Embutido nas solas do sonho,
sonho sempre com um amor,
mesmo tendo você ao lado...

Não olho isso
como um pecado,
porque você me nega.


A.J. Cardiais
09/08/2013
imagem: google

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Um Quase Nada

















Eu nunca quis ser certo...
Nem de longe,
nem de perto.

Eu nunca quis ser nada.
Nem caminho,
nem estrada.

Eu nunca quis ser muito.
Eu, que poderia ser tudo,
hoje sou
um quase nada.


A.J. Cardiais
09.12.2011
imagem: a.j. cardiais

Alma dos apaixonados






A inexatidão dos sentidos
Devora a alma do apaixonado.
Num preâmbulo de inquietude
Desabam-se suas emoções.
O olhar para o além,
Inerte e incandescente, se faz.
A visão do que é impossível de
Se enxergar lhe é companhia.
Ele se rebela e exaspera contra tudo
E contra todos que o contestam.
Afinal, quem pode sentir como ele
Tal intensidade de sentimentos?
Quem mais além dele pode vislumbrar
A beleza que lhe é tão plena?
Como pode alguém dizer “não”
A algo tão grandioso e inusitado?
Submerso está o raciocínio lógico
Nos oceanos de afeição devota.
Um mundo paralelo passa a existir
E ele é o único que importa.
Cujas cores são tão vivas, os ares refrescantes,
Os caminhos são algodoados e róseos.
Pode-se nele ouvir o som dos anjos.
E no centro de tal mundo existe um soberano:
A pessoa amada.
Seus olhos são iluminados como os raios de sol
Que refletem o sereno nas relvas,
Seu corpo é convidativo de ser visto, é como um arco-íris.
E capaz de aquecer como o sol
E envolver como as peles felinas.
Eita abraço bendito é o de tal ser!
Lábios de deliciosa textura e sabor.
Suas palavras são as mais meigas e aprazíveis,
Só o vento negro dos desalmados
Quebra de gelo tal esplendor.


Texto de Teresa Azevedo extraído do livro “Faíscas da paixão” que pode ser adquirido no site www.clubedeautores.com.br


Ilustração de Frank Xavier Leyendecker – ilustrador americano que viveu de January 19, 1876 – April 18, 1924

sábado, 17 de maio de 2014

Andarilho

















É melhor andar sozinho
do que mal acompanhado.
O presente e o passado
caminham dentro de nós.

Quando calam nossa voz,
matam nossos ideais.
Os homens são uns animais
que cagam no próprio ninho.

Quem quer ver nosso bem,
briga conosco também,
como fazem nossos pais.

Quem não tem nada a perder,
não tem do que sofrer
se, por acaso, não vencer.


A.J. Cardiais
14.02.2014
imagem: google

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Sua cantiga alguém cantou



Sua cantiga alguém cantou

Passa o primeiro ano,
passa o segundo ano,
Passa o terceiro ano,
E passa outro e mais outra vez.
Mas vai-se longe o que será
Sua procura interior o alcançará.
Viva os dias, corra, anseie
Lembre-se dos sonhos.
Desperte, oh, Maria!
Corra pelas colinas,
Olhe nos montes.
Perca os olhares por sobre a cidade.
Busque no âmago sua alegria
E na sua pele sinta algo que não a orgia.
Corra, ande, durma e pense.
Mas não deixe jamais de sonhar
Pois é aí que mora seu amor.
Tenha certeza ele virá.
E, quando já cansada de aguardar, adormecer...
Vai vê-lo a esperar bem paciente,
Vai tê-lo a lhe amar bem consciente.
Não tema, vai sem medo,
Sua hora chegou
Seu desejo se realizou.
Sua cantiga alguém cantou.

Texto de Teresa Azevedo, extraído do livro “Faíscas da Paixão”, readaptado para publicação em 2014.

Tela de John William Godward, pintor inglês do final do período Pré-rafaelita.

Sou avesso, inverso




Inverso, oposto sou...
No anverso, avesso estou...
Dentro do universo
Apresso os dias...
Confesso fantasias
E conto alegrias.
Tristezas estampadas
Nas lisas caras marcadas.
Beliscões e tapinhas
Cochichos, caprichos.
Inverso, oposto sou...
No anverso, avesso estou...
Longe do universo
Em uma estrela cadente.
Naquela conta corrente.
Espectro, complexo
Anexo de amplidão.
Paura da noite.
Mesclas de parcas canduras.
Cultura descendente
Fortes males incandescentes.
Beleza ofuscada
Mulher amada.
Um passo.
Um compasso.
Um verso.
Um abraço.
Graças a Deus.



Texto de Teresa Azevedo extraído do livro “Faíscas da Paixão” que pode ser adquirido no site wwwclubedeautores.com.br

Ilustração de  Alfons Maria Mucha, ilustrador e designer gráfico checo e um dos principais expoentes do movimento Art Nouveau.

Vem ser somente meu



A cada partida leva consigo minha melhor parte.
Mas, se me leva, rouba-me de mim
E então não pode ir sem que volte.
Pois, ao deixar-me sozinha de mim, sofro.
Afinal, o que resta só pode pensar em você
Se neste corpo que fica suas mãos se tatuaram
E os meus olhos o seu rosto ainda vêem.
A minha boca ainda sente o calor dos seus beijos
Assim como seus abraços ainda me circundam.
O seu sorriso me falta.
Seu humor não pode me fazer rir agora,
Só um nó que me aperta o peito resta.
Devolva-me a mim.
Vem ser somente meu...


Texto extraído do livro “Faíscas da Paixão” que pode ser adquirido no site www.clubedeautores.com.br


Tela do foi um pintor britânico Edmund Blair Leighton associado ao Romantismo e a Irmandade Pré-Rafaelita.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

O Mais Importante Ato



Enfrentar tudo é uma prova de amor.
Tudo em troca de que, se nada tenho?
Posso te dar um amor que já é teu,
por direito.
Posso te dar uma canção (que não é minha)
e te prometer o sol, se ele sair...

Posso te dar estas horas da madrugada
em que acordei sonhando contigo...
Posso te dar um monte de palavras tolas,
que é meu castigo,
ou meu mundo abstrato
que é muito mais vasto,
bonito e real
do que muito mundo concreto.

Posso te confessar que não presto,
é lógico, não tenho seguro.
Posso dizer ou fazer tantas coisas.
Mas o maior e mais importante ato
será o teu, se me aceitares assim:
como sou, como estou e para onde vou.

A.J. Cardiais
Poema do livro Declaração de Amor

Onde estão nossos pares?


Onde estão nossos pares?
Por que mares eles navegam?
Serão eles de carne como nós
Ou apenas criação de nossas mentes?

Onde estão nossos pares?
Se por toda nossa vida os tentamos ver em tantos rostos,
E até pensamos os ter achado, mas não.
São meros opostos de nós.

Onde estão nossos pares?
Em toda a criação tem que haver outros como nós,
Mas onde estarão eles?
Sendo como nós, talvez também nos procurem como nós a eles.

Onde estão nossos pares?
Eu não sei. Mas de uma coisa tenho certeza.
Até o último de meus dias vou tentar encontrar,
E só não seremos nós se você não existir...


Texto de Teresa Azevedo – extraído do livro “Faíscas da Paixão” que pode ser aquirido no site www.clubedeautores.com.br



Tela do Pintor Sir Francis Bernard Dicksee KCVO - pintor e ilustrador inglês da Era Vitoriana, mais conhecido por suas obras que retratam momentos dramáticos da história e cenas lendárias

Vão-se os amores, mas nem tanto assim



Vão-se os amores, mas nem tanto assim.
Ficam as lembranças e deixam deles pedaços em mim.
Permanecem os contatos e as saudades,
As boas memórias de dias vividos.

Vão-se os amores, mas nem tanto assim.
Ficam alguns cheiros preservados, como o do cachecol enrolado.
Permanecem os flashes de olhares e sorrisos,
As boas memórias das mãos entrelaçadas.

Vão-se os amores, mas nem tanto assim.
Fica, no gelo dos lençóis de hoje, a lembrança do calor de outrora.
Permanecem guardados os e-mails e cartões,
As boas memórias do anelar das paixões.

Vão-se os amores, mas nem tanto assim.
Ficam seus nomes, suas vozes.
Permanecem no armário os vestidos de noite,
As boas memórias do rodopiar nos salões.

Vão-se os amores, mas nem tanto assim.
Ficam sós, ou mesmo acompanhados.
Permanecem no tempo dos dias vividos,
As boas memórias jamais nos deixarão.

Vão-se os amores, mas nem tanto assim.
Ficam esquecidas as brigas, as rusgas.
Permanecem distantes os dias ruins.
As boas memórias são as únicas que mantenho em mim.


Texto de Teresa Azevedo

Pintura do pintor espanhol Ramon Casas i Carbó (Movimento Modernista)

Caos declarado



Caos declarado

Retumbam os tambores, impetuosos e ressonantes.
Pela farra, em guerra, amaciam as peles dos batuques.
Projeções côncavas se espalham no ar, negras e obtusas.
Encarnados Romeus e Julietas neomodernistas,
Que gemem em seus coitos e sucumbem ao som dos alaúdes.
Soam as trombetas e os serafins anunciam:
As juras de nada mais valem, não há espaço ou tempo.
Cristalizam-se os homens em estátuas de grosso sal.
Inerte, a natureza é condensada em chamas
E se derrama em mar de estrelas flamejantes.
É o fim! Apieda-se de nós, oh Deus!

Texto de Teresa Azevedo - extraído do livro "Faíscas da Paixão" que pode ser adquirido no site www.clubedeautores.com.br


Tela do pintor francês Alexandre Cabanel, representante do Neoclassicismo Acadêmico. Dedicou-se a assuntos históricos, mitológicos e religiosos. Foi também autor de retratos, paisagens e composições decorativas. Excelente aquarelista

quarta-feira, 14 de maio de 2014

A Oração e a Poesia





















Às vezes
minha primeira oração
é uma poesia...

Às vezes
quando estou na Ave Maria,
um poema me chama...

Aí eu fico num drama,
entre acabar a oração
ou perder o poema...
Fico sem concentração.

Então eu chego a Deus,
peço perdão,
paro a oração
e vou escrever o poema.

A.J. Cardiais
imagem: google

terça-feira, 13 de maio de 2014

Morrendo Pelo Ouro















Os homens
em busca do ouro,
destroem
nossos tesouros.

De que vale procurar 
pela riqueza,
deixando a Natureza
completamente destruída?

A Natureza é nossa vida!
Sem a Natureza
fica difícil viver...

Mas pelo ouro
o homem 
é capaz de morrer.

A.J. Cardiais
imagem: google