quinta-feira, 31 de março de 2011

BOI DO SERTÃO



















Cai o fruto da braúna
Cá no lombo desse boi
Boi de sombra boi malhado
Boi baboso e condutor
Só não sai puxando o carro
Porque a rapadura acabou
Na caatinga roda o mato
Só de prosa co’as fulô
Sem porteira é boi danado
Sem capim é boi ladrão
Em Juazeiro é boi santo
De Zebedeu do sertão
Sendo muito é boi manada
Passarada, pasto e peão
Vaqueiro tocando a boiada
O aboio é o seu berrante
Sem que a cacimba dê água
E aplaque o sol delirante
Sendo pouco é boi de roça
Que come a palha dos milhos
Alimentando os dez filhos
Que o sertanejo "agarante"
Na sequidão tão constante
Desenha o luto da sorte
Mira a terra esturricada
Arrodeia a mula magra
É às vezes perde da morte.


NINA ARAÚJO.

Há Varias Formas De Saber!!!























Há O Saber Por Obrigação,

Adquirido Com Muita Reclamação!!!


Há O Saber Sem Querer,
Aquele Adquirido Para Sobreviver!!!


Há O Saber Com Vontade,
Com Muito Amor e Lealdade!!!


Há O Fingir Saber,
O Qual A Inveja, Corroeu O Ser!!!


Há O Esforçar Para Saber,
Com Muita Dedicação, Aprende Com O Coração!!!


Há O Não Querer Saber,
Que Devora O Ingrato Ser, Que Não Sabe Nem Viver!!!

O Que Você Sabe???
O Que Queres Saber???
O Que Já Aprendeu???
O Que Tens Para Eu???

Pequena Poetisa-Vana Fraga

MÃE NATUREZA

Dá a vida,
Desabrocha
Acolhe,
Promove esplendores
Belezas sem par.
Dela tiramos sustento
Alegrias para os olhos
Espaço para viver
Locais para lazer,
Descanso , meditação
Reencontro da harmonia
Nela constroem-se moradas
Arranha – céus, imponência
Para iludir o espírito
E ter a falsa idéia de solidez
Perpetuidade, poder
Pensando que aqui ficaremos
Que a vida é amontoado de bens
Utilitários, adereços.
Vã ilusão
Viver é ser transitório
Despir-se das cangas
Que aprisionam o essencial
Ofuscam a luz
Distanciam do DIVINO.
Mãe Natureza
Insultada, ofendida, degradada
Nos mostra dolorosamente
Que a vida é troca de ações
Pensamentos, energia
Que construímos paredes em excesso
Ao invés de preservar florestas
Cultivar flores
Atrair beija-flores e borboletas,
Dar liberdade aos animais.
A natureza se liberta
Liberta as almas
Provoca sofrimento
Por desconhecermos
A real essência de viver.


Autor: Isabel C.S.Vargas

quarta-feira, 30 de março de 2011

Amor maternal


De minha mãe não quero me separar

Pois amar não é deixar.

É amar com o coração

E nunca largar a mão.


Vinícius Nóbrega - 13 anos - Poeta do Futuro

SEJA BEM VINDA MIRIAN PANIGHEL CARVALHO!!!



TROPEÇOS




Chega de infortúnios

De atos incautos, de conflitos...

De desenganos, de infaustos!

Chega de cenas do passado

batendo à porta das lembranças.

Lembranças dos tempos idos

que já se foram... não voltam mais!

Chega de ter inveja de mim mesma

por nunca mais poder viver os

momentos vividos...

Na ânsia de amar e ser amada

tropecei no meu amor próprio...

Tropecei na vida, na sorte

e até mesmo na morte.

Perdi o passo no descompasso.

Chega de tropeços...

Parem o mundo:

EU QUERO DESCER!



Miriam Panighel Carvalho
 
 
* SEJA BEM VINDA!!! RECEBA O CARINHO DE TODOS NÓS QUE FAZEMOS O PORTAL DO POETA BRASILEIRO!!!
 
Aline Romariz

terça-feira, 29 de março de 2011

ORAÇÃO DAS BOAS AMIGAS.

ORAÇÃO DAS BOAS AMIGAS



NESTE MOMENTO QUERO REFLETIR  UM POUCO,E
COM A AJUDA DE DEUS FAZER UM LEVANTAMENTO DA MINHA VIDA.

QUERO PEDIR PERDÃO A TODAS AS PESSOAS QUE
 EU POSSA TER MAGOADO COM OU SEM INTENÇÃO.
QUERO PERDOAR A TODAS QUE ME MAGOARAM.
GOSTARIA QUE TODAS OLHASSEM SOMENTE O QUE TENHO DE BOM.

QUE ME AJUDASSEM A SER MELHOR EM TODOS OS SENTIDOS.
QUE EU USE AS PALAVRAS SOMENTE PARA ELOGIAR.

QUE EU NÃO TENHA,MALDADE EM MEU CORAÇÃO.
QUE EU SAIBA,O QUE DEVO FALAR.
QUE SAIBA QUANDO DEVO CALAR.

QUE EU POSSA LEVAR O AMOR E A PAZ AONDE EU CHEGAR.
AFASTA-ME DA DISCORDIA.

QUE AMIZADE SEJA ACIMA DE TUDO VERDADEIRA E FORTE.
VAMOS VIVER BEM O HOJE.
VAMOS PERDOAR E ESQUECER O ONTEM.
E COM CERTEZA O AMANHÃ SERÁ MELHOR.

BEM VINDO FRANCISCO DOS SANTOS FILHO!!!




UM VIOLÃO…UMA CACHOEIRA




Por entre as pedras da cachoeira, uma vida inteira,

Preso nas cordas da fantasia um trovador errante,

Cheio de festa, cantava o esplendor do existir...

Em acordes derradeiros, celebrava a alegria!



No espelho das águas, sua poesia se refletia...

A dor não tinha dia! Era seu canto o remédio,

O acalanto, o refrigério a feliz companhia!

Entre cantos e versos o trovador vivia!



O tempo passou, a cachoeira secou...

Também foi embora o cantador!

Sua voz nunca mais se ouviu,

Prá longe a correnteza levou!



Ficou a saudade, a incerteza...

O vazio do que não se realizou...

Tarde demais para novos conceitos!

Esperar talvez, para um recomeço!



Tal qual cigarra cantante,

Louvando a primavera dos meus dias...

Tal qual formiga da labuta,

Preparando o amanhã da solidez...

Me vejo assim, poeta e sonhador!


 Francisco dos Santos Filho

 * SEJA BEM VINDO !!!! RECEBA O CARINHO DE TODOS NÓS QUE FAZEMOS O PORTAL DO POETA BRASILEIRO !!!!

 Aline Romariz

RATOS DI VERSOS






















Passou uma puta enquanto eu versava
Um travesti que andava lento também passou
Lapa, Beco das Carmelitas onde Bandeira morou
Exatamente ali, entre poetas e garrafas

Uma batida pura ,boa cachaça
Uma noite, um poema, um amor
Falávamos de tudo, musas e pitonisas
Repentes, Pessoa, Guimarães Rosa

Enquanto se abria a roda de prosa
Essas “moças da vida” cheirando à flor
Buscavam seu dia na noite chuvosa
Na indisfarçável companhia da dor

Quanta luz habita um poema
Quanto de sombra ele engendra
O que de fato argumenta
Até sair da voz do autor?

Falem poetas dos becos mal iluminados
Falem menestréis abençoados
Falem o que ninguém vê
Falem Flávio, Dalberto e Dudu Pererê

Que as esquinas da Lapa recolham este som
Para reverberar enquanto ecoa a tristeza das mariposas
Quando voam baixo, quase sem sonhar
Quando fazem da rua o seu altar

Onde depositam sua glória
Como se na passarela estivessem
Sabendo que ali nada irão conquistar
A não ser a espera de um ávido assovio ao passar

Falem da miséria ,da intolerância, da ganância
Falem da ralé, da hipocrisia , do desamor
Falem da sobrevivência, da resistência, das anuências
Falem até que o último gole verse um torpor

E enquanto elas passam tentando chamar a atenção
As palavras continuam a derramar-se na emoção
Poesia doce, erótica,anárquica ou bandida
Poemas pesados, falam de filhos abandonados em vão

A fumaça maciça dos cigarros
Transforma o bar simples
Em um pub londrino
Com pandeiros e blues peregrino e o tom aumenta

E a fantasia se alimenta
Para preencher mais uma quinta-feira
Onde os amigos se encontram
E as borboletas sem asas despontam sem que possam voar...

Lar doce bar,
E é na Lapa que o meu peito está,
Lar doce bar,
São doces ratos que buscam a noite para poetar...


Nina Araújo & AnaLu Fernandes

(este poema foi idealizado numa noite de sarau in loco, no Beco das Carmelitas- Lapa)

SOMMELIER
















flui o amor
sommelier
para aguçar
o instinto

rubra rosa
beijo tinto
sorriso a
intimidar

fixa a ilusão
pelo colo
degusta
inebriado

vale
o flerte
adocicado

vale
o grapefruit
no olhar.


NINA ARAÚJO

Beatriz (Chico Buarque) - COM JORGE VERCILO

<iframe title="YouTube video player" width="480" height="390" src="http://www.youtube.com/embed/y-DxavW8Se8" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>

Dalva Saudo "Chuva e lágrimas no ônibus 212"

Foto: Dalva Saudo

Seus olhos naquela manhã
Estavam tão nublados quanto o céu
Marejados de lágrimas amargas como fel.

Com dificuldades enxergavam
O gotejar da chuva mansa
No explodir de densa nuvem
Numa mágoa contínua, incontida
Embaçando vidros do coletivo veículo.

A paisagem lá fora se escondera.
Chuva e lágrimas não paravam de cair.
Rolavam pela face, pelos vidros...
Ambas suavizavam limítrofes sofrimentos
Atenuando, diluindo ressentimentos.

Brotavam sufocadas
Cada qual extravasando sua dor
Na esperança do amanhã de terra lavadas
E pássaros em revoadas.

Esperança do renascer de novas vidas, sem mágoas
No explodir e romper de bolsas d'águas
Que admirariam novas paisagens
Em close...
Que nasceriam coloridas em novas viagens 
Do ônibus 212

POESIA DE BOTECO


* Lá pelas tantas... Na pitoresca cidade de Salto... A lua como testemunha de todos os nossos atos... Resolvemos POETAR...


Procuro você e não encontro...
 Na embriaguez desta noite enluarada...
Procuro você na canção que não cantamos
No momento, lhe busco...
 Nas estrelas e no nada!
Talvez a aurora
 me proponha uma suposição:
pensando ou sonhando com  você
Oh! Minha amada!
Busco seu rosto
na fotografia não revelada
Doce encanto... Paixão e tormento!
Que me deixa o peito dilacerado como rosa ao vento;
Na poesia que escrevo...
 Nas linhas dos meus versos lentos.

Roque Francischinelli Junior ( Bozó), Marise Bolognesi, Rildo e Aline Romariz

MANHÃ CINZENTA



Na manhã cinzenta

Cedo levantei
Coloquei um casaco que pouco esquenta
E pela última vez tua voz escutei

Na manhã cinzenta
Andei pelas ruas estreitas e molhadas
O casaco ainda não esquenta
Tenho que seguir a estrada

Na manhã cinzenta
Com outro me deparei
O casaco já esquenta
Num instante corei


Na manhã cinzenta
Suada fiquei
Teu corpo me esquenta
E do casaco não mais precisei

Helena Cristina Buarque

Buscando o meu Nirvana ...

Ando em busca do meu Nirvana
Total ausência de sofrimentos
Reflito e penso nos momentos
Qual Buda em contemplação...

Aprender a se desapegar emana
Eliminar toda a ignorância também
Buscar conhecimentos e ir além
Obtendo paz e alegria no coração...

Desenvolver as virtudes sem medo
Bondade, generosidade e muito amor
Abraçar a sabedoria é o segredo...

Existe um mundo complexo fora de nós
Nosso mundo interior pulsa após
É imperativo harmonizar os dois...

(para achar meu Éden depois)



ALICE LUCONI NASSIF
28-03-2001

Sem Temer ou Tremer




Desconheço o embaraço de se abrir,
De se permitir
Colocar para fora os sentimentos...
Verbalizar,
Exteriorizar,
O que está em evidência,
Espalhando-se pela cadência...
O que interfere nos batimentos...

Desde que não se esqueça do bom senso,
De uma boa dose de racionalidade,
Para analisar as possibilidades,
De compartilhar o que trouxe o vento...
É um alento,
Poder se confessar com o tempo...
Sem gasturas,
Nem censuras!

Exatamente como quem nada tem a perder...
Quem paga pra ver,
Porque conhece suas pulsações,
Desde quando eram apenas intenções...
Sabe dos seus motivos,
Porque pratica o próprio hino!
Questiona as convenções,
Em prol de um novo entendimento...

Tem pleno conhecimento
Do trajeto,
Das suas afeições.
- Esteio de seu teto –
Estão convictamente direcionadas
Focadas,
Na luminosidade,
Em toda a sua grandiosidade.

Esse tipo de pessoa,
Que assume o que lhe ressoa,
Sem temer,
Nem tremer...
Quando entende que é necessário,
Fundamental,
Essencial,
Abrir o relicário,

Tem consciência da natureza de seu ato.

Deixar fluir a emoção não é um desacato!

Desobstrui a essência,
Corrige o compasso.
Amplia o abraço!
Alivia...
Contagia!
Faz um bem enorme...
Muda a sorte!
Suaviza a permanência...


Para minha
Corajosa
Talentosa
Poetisa
e Amiga Querida
Luna Di Primo





Vídeo indicado:
http://www.youtube.com/watch?v=NGV9wU8isbI

segunda-feira, 28 de março de 2011

Velas brancas...

Velas brancas...
Entre lembranças
Dos beirais,
Coisas que deixei pra trás...
Entre o silencio
Do coração a pulsar,
Pensamentos banais...
Com o mar nos olhos,
Icei velas, deixei o cais,
Por entre ventos a soprar...
Mares do sul
Mares do norte
Ou de qualquer lugar
Sigo sangrando
Esse mar de coisas
Que avança sobre mim...
Coração miúdo,
Cidade sumindo,
Velas brancas
Partindo...

Eu me lembro...
(©by Adilson S. Silva)

A solidão do mar ...

A solidão do mar ...

O vento, as espumas
Das ondas quebrando na praia
Desmoronando brancas dunas,
Lembranças de mim...

Teus cabelos ao vento,
Ouvindo conchas...
Barulhos do mar
Na areia,
Quebrando...
O silencio e a solidão
Desse mar sem fim...

Flores atiradas ao mar,
Contam tuas passadas,
Mas não dizem a distancia
Entre teus passos
A minha voz
E os meus braços...

Não há estradas
Que levem a ti...
Só o barulho do mar
Em conchas,
Ondas quebrando na areia...

(©by Adilson S. Silva)

O ESTRANHO HOMEM DA NOITE

Estavamos chegando para morar na pequena  cidade.
Papai era gerente de  uma agencia bancaria e mamãe professora.
Logo fiz amizade com a criançada local.
A vida no interior era muito divertida.
Impinavamos pipa,tomavamos banho de ribeirão,andavamos de bicicleta.
E numa desta aventuras com os outros moleques passamos por uma chácara que todos diziam ser do homem lobisomem.
Tinha placas de “entrada proibida”.

E começaram a contar que o homem não saia de casa.
Só era visto a noite.
Era muito misterioso.
Ninguém tinha visto seu rosto.
Paulo disse que o homem era a mula sem cabeça.
Heitor falou que ele era um vampiro.gustavo contou que nas noites de lua cheia ele se transformava em lobo,jairo jurou que ele era um et.
E que numa noite de raios e trovoadas uma nave  deixou o homem alí.
Foi muita história apavorante para uma tarde só.
Em casa contei para meus pais esta macabra historia.
Eles riram de montão.e eu custei  muito a dormir.
 comentando depois com outras pessoas a aventura da criançada meu pai viu que o povo também tinha receio do morador misterioso da chácara.
Ninguém o tinha visto assim de pertinho,e quando foi morar lá cercou tudo e colocou as placas proibindo a entrada.
Coisa muito esquisita.
Uma vêz por mês chega um carregamento para ele.
Nunca vai na cidade,não faz compras,vive isolado.
Meu pai ficou encucado. E num final de tarde resolveu visitar o estranho vizinho.chegou batendo palmas para anunciar a presença.
Apacereu um senhor de mais idade com roupas que cobriam todo corpo,oculos escuros e um grande chapeu.
Meu pai se apresentou como novo morador da cidade.depois do bate papo meu pai contou da lenda que gerava em torno da chacara e do seu morador.
Ele riu.e disse que a distancia acompanhava a criançada olhando assustada para sua casa.cheguei a colocar uma caixa com frutas no portão da casa ,mas a criançada quando viu correu como louca, acho que pensaram na maçã envenenada da branca de neve.
Cerquei a propriedade e coloquei placas porque vi que a criançada aqui é muito livre e vai a todos os lugares.
Tenho uma pequena lagoa e fiquei com medo de acontecer alguma coisa com as crianças.
O que preciso vem da capital alimentos,remédios ,telas e tintas que uso no meu trabalho.
Uma vêz por mês vou a igreja deixar um donativo na caixinha,.
Sempre saio depois do sol se pôr ,por ser mais conveniente.
Como sou albino o sol e a claridade me incomodam.
Meu pai se encantou com este morador.
Na saida ele falou:
Novo amigo,vamos deixar que as crianças continuem usar a imaginação
 e  assim também não vais ser  incomodado.
Meu pai visitou este senhor por muitas vezes.

Mas a verdadeira  história só fui conhecer tempos depois e já morando em outra cidade.e adulto.

Elementos de mim

Os pássaros voam
Os Anjos volitam
O amor transcende
E em mim habitam!

As flores colorem
Meus campos verdejantes
E em mim florescem
São meus frágeis diamantes!

As águas me tocam
Percorrem-me ligeiras
Em meus rios deságuam
E morrem em minhas cachoeiras!

Vem o vento e refresca
O meu corpo febril
Minh’alma se espalha
E de uma, sou mil!

As nuvens me acalmam
Fazem-me sonhar
São algodões flutuantes
Que me vem adoçar!

O Sol aquece meus dias
Acorda-me todas as manhãs
Ele é em minhas fantasias
Adocicado feito às maçãs!

A terra acolhe meus pés
Macia, és meu veludo
Deitada em seu morno ventre
Fecho os olhos, esqueço-me de tudo!

Mi Guerra

PURIFICAÇÃO





Ouve o barulho da chuva
pode ser um lamento
pelo que não temos,
pode ser um salmo
de agradecimento e louvor
pelas coisas belas da vida
que são purificadas
a cada gota que cai.
Meu lamento?
Tua ausência
Meu agradecimento
Tua vida
imagem: Francisco Vargas
Texto: Isabel C.S.Vargas 

domingo, 27 de março de 2011

A inexatidão dos sentidos devora a alma do apaixonado


A inexatidão dos sentidos devora a alma do apaixonado.
Num preâmbulo de inquietude se desabam suas emoções.
O olhar para o além, inerte e incandescente se faz.
A visão do que é impossível de se enxergar lhe é companhia.
Ele se rebela e exaspera contra tudo e contra todos que o contestam.
Afinal quem pode sentir como ele tal intensidade de sentimentos?
Quem mais, além dele, pode vislumbrar a beleza que lhe é tão plena?
Como pode alguém dizer não a algo tão grandioso e inusitado?
Submerso está o raciocínio lógico nos oceanos afeição devota.
Um mundo paralelo passa a existir e ele é o único que importa.
Cujas cores são tão vivas, os ares refrescantes.
Os caminhos são algodoados e róseos.
Pode-se nele ouvir o som dos anjos.
E no centro de tal mundo existe um soberano: a pessoa amada.
Seus olhos são iluminados como os raios de sol que brilham o sereno nas relvas.
Seu corpo é convidativo de ser visto como um arco-iris.
E capaz de aquecer como o sol e envolver como as peles felinas.
Eita abraço bendito é o de tal ser.
Lábios de delicioso sabor, textura e sabor.
Suas palavras são as mais meigas e aprazíveis.
Só o vento negro dos desamados quebra de gelo tal esplendor.
Mas ainda assim os apaixonados não se deixam levar por tal frieza.
Prosseguem invictos suas jornadas ímpares.
Acreditando, sofrendo deixando-se levar.
E vão...

Teresa Azevedo
Acesse meu site: www.teresaazevedo.prosaeverso.net
Blog: www.transtornobipolar-relatoscontnuos.blobspot.com
Portal do Poeta brasileiro: http://www.poetasbrasileiros.com.br/
http://portadopoetabrasileiro.blogspot.com
Eu FAÇO PARTE DESTA HISTÓRIA!!!

ATOS

Chama que arde
Luz que ilumina
Estrela que guia
Vida que se cria
E  renova em cada ato:
Pelo olhar,
Na palavra dita ou
No silêncio  instaurado
No desempenho realizado
Da história contada
Que a vida não ensaia
Posto que se faz
Sem roteiro ou  ensaio .
Sentimentos devassados
Emoções multiplicadas
Multidão extasiada
No sentimento identificado
Na tragédia encenada
No riso gargalhado
No choro derramado.
Aplausos incontidos
Pela vida represada
Que no palco transcende

Em Homenagem ao Dia do Teatro
Isabel C.S.Vargas

O Poeta e a solidão


O Poeta e a solidão


A solidão do poeta é mais que uma companhia
É o sangue nas veias dilatando a inspiração
É o doce e o amargo dosados na poesia
É a palavra rasgada no silêncio da ilusão

A solidão do poeta é como uma arma branca
golpeando o sentimento com tamanha maestria
que a lágrima quando cai é tão linda quanto franca
confundindo até mesmo quem poetiza a alegria

Pro poeta este refúgio, o qual chamam solidão
é o atalho necessário pro real e a fantasia
e sem ele é abster-se da própria imaginação

A solidão pro poeta, é sua lei de abolição
numa luta solitária destinada a alforria
dos versos aprisionados no cárcere da razão



Charlyane Mirielle

PLENITUDE















Viver, sentir, experimentar
Movimentar, ver, acrescentar
Degustar, ouvir, vivenciar
Quantas sensações posso ter
Para complementar meu acervo
De doces e completas realizações?


Como viver plenamente?
Que mais posso querer fazer?
Será que existe um limite?
Preciso ter rumos,
Ou posso sair sem destino
Em direção a minha felicidade?


A vida é cheia de encantos
Que só quem a vivencia pode contar
Nem sempre com palavras
Ou mesmo com gestos e letras
Às vezes, com expressões
Outras com variações comportamentais.


Quem pode dizer que já viveu plenamente?
Será mesmo que completou seu ciclo?
Duvido, pois sempre há espaço
Para novas experiências e novos confrontos
Que fazem com que a vida seja esse encanto
De contínuas e reais experiências.


Tudo pode se acabar em um segundo
Pelo menos neste plano existencial.
Por isso é que se deve sempre
Viver bem a cada segundo,
Com plenitude e segurança,
Para que seja eterno cada momento vivido.


Qual a melhor maneira de se viver?
Completamente só, a dois, alternando?
Aceitar a vida como ela se desenrola
Nem sempre satisfaz a quem a vive
Porém, dá espaço para selecionar a melhor opção
Para tentar viver com plenitude e amor no coração.

Imagem do Google - desconheço a autoria.

Rosana Nobrega

#links

#links

sábado, 26 de março de 2011

EU QUERIA SER SOPHIE !!






















Eu queria ser Sophie,
Meio baiana despregada
Comunista aburguesada,
Coagida na galhofa
Com o marido liberal
Rico marajá da roça
Entre o picles e a rabada,
E banana na farofa,

Eu queria ser Sophie,
Queijo coalho na fondue
Confundindo a empregada
Coif, coif, coif, coitada
Pensou certo ao desistir
Moça lá de Três Purezas,
Crente que essa francesa
Comia só leguminosa

Eu queria ser Sophie,
Que não é bemmmm de Lyon,
Tem um pé lá nas Astúrias,
Os pais nobres em penúria,
Tio hippie em Amsterdã
Rosto belo e uma covinha
Miss de Porto de Galinhas
Corpo sano e mente sã

Eu queria ser Sophie
Pele perseguindo um bronze
Encaixou La Vie En Rose,
Com o samba do Aragão
Os suflês são de sardinhas,
Com dez chopes e as rodinhas
Rodízio de caipirinhas,
Molho inglês no camarão,

Quem dera fosse assim
Caso achasse uma garrafa,
E um gênio boa praça,
Pingasse um pedido para mim,
Sapecava três "à tapa",
Ser a mana de Da Vinci,
Casada com John Malkovich,
Ou musa rica de Dali, não, não, não!!!
Eu queria era ser Sophieeeeeeee.


NINA ARAÚJO

ME ENTREGO!


















Eu quieta no meu canto, escrevendo.
Você me olha querendo.
Faço que não estou vendo.

Eu continuo escrevendo.

Você querendo e não tendo.
Eu não estou entendendo...

Você me olha perplexo:

Vai de poesia ou sexo?
Dou a vida por um verso...

Me cobra uma decisão,

bem na base da pressão.
Na maior, eu desconverso...

Entre o amor e a poesia,

Vou consumindo energia...
Ambos fazem bem ao ego.

Eu não me contentaria,

apenas com poesia...
Venha, amor...eu me entrego.


Autora: Angela Ramalho
Imagem: Google

Outono de Novo

Outono de Novo 

Pelas trilhas do jardim,
lentos passos de solidão.
Abafam-nos folhas cansadas de viver.


Imagem: Google

Respeite os direitos autorais.

Requebros





Meu corpo, danado,
Além de assanhado,
Já quer sair dançando,
Baianamente requebrando...
Já ouviu a música,
Está a procura da túnica...
Não consegue mais ficar parado,
Não pode ouvir um tambor bem tocado,
Do tipo arretado,
Que já fica atordoado...

Foi muito tempo
No desalento...
Agora a alma quer o troco.
Já estampa no rosto,
A nova face,
Da baiana fase!
Sonho encantado,
Desde a infância cultivado.
Desde a primeira vez que ouvi Bethânia...
Combustão instantânea.

Chama sagrada,
Mantenedora do meu arrebatamento,
De tanto sentimento!
Ensinou-me o ofício da entrega,
Da criatividade,
Da sinceridade!
A fé alada!
Todo o aroma da primavera...
A tenacidade
Da sensibilidade!

A Bahia é, definitivamente, o cenário.
Sempre soube que a ela é que se dirigiria meu itinerário!
Algum dia...
Escandalosa magia!
Escrita nas estrelas e em versos!
Os mais agradecidos do universo!
Sinto-me sorteado
E premiado!
Cautelosamente emocionado,
Muitíssimo bem preparado!





Vídeo indicado
http://www.youtube.com/watch?v=EgwiJoFu1q8&p=7B0296F5D9A348A0&playnext=1&index=7

Haicai XVII (Hora do Planeta)

vinte e seis de março
plena estação outonal
dê uma hora ao planeta.

wagner marim - 26/03/2011