sábado, 27 de abril de 2013

O bem e o mal

O bem e o mal




     "All that is necessary for the triumph of evil
            is that good men do nothing."
             (atribuída a Edmund Burke)
      "Para que o mal triunfe basta que os bons
 nada façam."

                     


Enquanto uns, sem nenhuma pompa fazem
o bem, outros, com arromba, fazem bomba.
Enquanto uns cultivam o amor,
outros disseminam o ódio.

Enquanto uns semeiam a paz,
outros incendeiam a guerra.
Enquanto uns sussurram uma prece,
outros urram e estremecem.

Enquanto uns trilham o caminho da bondade,
outros criam somente maldade no coração.
Enquanto uns tecem a luz que bem conduz,
outros esmorecem na escuridão.

Enquanto uns sempre alimentam a esperança,
outros fomentam a total destemperança.
Enquanto uns contribuem para um mundo melhor,
outros distribuem somente o que há de pior.

   Eunice R. de Pontes

A florada de paz


 Florada de paz




        
A paz, flor delicada que se faz tão 
almejada, pode ser muito fugaz.
A paz que a vida apraz anda perdida
na lida; ferida ficou para trás.
 
O homem a mantém escondida
por ser preciosa e tão dadivosa.
A paz, tão cantada, está encantada
e o homem a manterá dessa maneira
 
enquanto não se convencer de que é preciso
cultivá-la para que floresça e cresça
sem mais nenhum espanto, feito agapanto
no verde jardim, feito bandeira branca
nas asas do vento a tremular por fim.
  
         Eunice R. de Pontes

        

domingo, 14 de abril de 2013





Sempre assim...


Que evapore da alma as lágrimas incabíveis e os pontos indecisos,
mas que aflore tudo de lindo que o peito puder suportar.
E todos os pensamentos que não me saem pela boca,
que caiam de minhas mãos feito palavras de um poema encantado.
Que o sonho permaneça.
Que a fé aumente.
Que a loucura não se cure.
Que Eu seja sempre Eu...
Criança, Criadora, Criatura
Semblante, Senhora, Semente
Que seja exatamente assim:
Mito, Muito, Utopia.
Mito dos outros, muito de mim...
Palavra, pergunta, Poesia
Mas que seja sempre Eu mesma... Enfim !


Charlyane Mirielle

sábado, 13 de abril de 2013

A MINHA VIDA EM VERSOS: Os Beijos da Loba

A MINHA VIDA EM VERSOS: Os Beijos da Loba: Os beijos da loba levaram-me a deliciosos devaneios Ela marcou seu território em cada parte de meu corpo Ao saciar-se ela asim, supr...

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Exôdo a Fuga do Egito


 
Depois de saber da profecia que previa o nascimento de um libertador entre os escravos hebreus, o faraó Ramsés I, do Egito, manda matar todas as crianças do sexo masculino, recém-nascidas de mãe judia. Uma mulher chamada Yochabel, no entanto, consegue salvar o seu filho, colocando-o em uma cesta nas águas do rio Nilo
O menino é encontrado por Bithiah, a filha do faraó, sendo criado como um príncipe. Moisés um dia descobre sua verdadeira origem e passa a se dedicar na libertação do povo de Israel da escravidão, para conduzi-lo à Terra Prometida.

Por volta de 1250 a C. Moisés foge do Egito comandando o povo hebreu. Essa fuga é conhecida na Bíblia como "êxodo".

Depois da travessia do mar Vermelho, os israelitas vagaram durante 40 anos no deserto e Moisés morreu antes de chegarem à Terra Prometida (Palestina). Deus revelou-se a Moisés no alto do monte Sinai, entregando-lhe as Tábuas da Lei (os 10 mandamentos gravados em duas tábuas de pedra).


MARAVILHAS DO MAR VERMELHO

“Abençoado por Deus e bonito por natureza”.

Esse refrão de uma música brasileira cabe nesta crônica que começo a desenvolver, lembrando a passagem de uma viagem que eu e minha esposa fizemos ao Egito, quando avistamos o referido mar.

Durante o caminho, da cidade do Cairo até Israel, percorremos 600 quilômetros em uma estrada asfaltada no meio do deserto. O guia que nos acompanhava passava inúmeras informações dos costumes de seu povo e ficamos aterrorizados com algumas colocações que, se aplicadas por aqui, teríamos calafrios na espinha.

Lá pelas alturas de não sei quando, um dos condutores da van parou em um determinado momento e disse com todas as letras: “Estamos em frente ao Mar Vermelho”, que alegria! Pois já era esperado, fazia algum tempo!

Paramos em frente, tiramos inúmeras fotos e também as sandálias para sentir a sensação da água; a minha ficou presa no asfalto e descolou o solado, tamanho era o calor, cerca de 40 graus.

No interior da van havia ar condicionado e muita água gelada que amenizaram a situação. Não se podia nem abrir a janela, que era uma gritaria louca entre nós, os nove brasileiros que faziam a travessia.

O Mar Vermelho é um personagem frequente das historias bíblicas. Teriam sido suas águas que Moisés dividiu magicamente, por exemplo, para permitir a passagem dos hebreus a caminho da Terra Santa.

Hoje, porém, o Mar Vermelho é considerado um santuário mais por sua riqueza ecológica: ali está um dos maiores reservatórios de biodiversidade marinha do planeta.

Ao contrário do que se diz seu nome, Mar Vermelho é, na verdade, azul-esverdeado. Ele foi batizado de Vermelho devido à presença em suas águas de uma alga específica, que, quando floresce, torna-o marrom-avermelhado.

É um mar fino e longo, localizado entre a África e a Península Arábica. Ele banha sete países: Egito, Israel, Jordânia, Arábia Saudita, Iêmen, Eritréia e Sudão. São mais de 440 mil quilômetros quadrados de superfície e 2,3 mil quilômetros de comprimento.

Por ser isolado, não há grandes cidades na região. Suas margens são desérticas e praticamente desabitadas e, por sua alta salinidade, o Mar Vermelho tem recifes de corais extremamente ricos em biodiversidade e em excelente estado de conservação.

Mesmo com fatores que colaboram para a preservação dos corais, a região não está imune aos desastres ecológicos. Os terremotos são ameaças constantes, apesar de ocorrerem a distâncias de 200 quilômetros, já que os corais são estruturas extremamente sensíveis.

Há 25 milhões de anos, placas tectônicas começaram a se mover em direções opostas e formaram a Mar Vermelho. Elas continuam se movimentando e vão lentamente transformá-lo em um novo oceano e, talvez uma nova situação, poderá custar ausência de seus belíssimos corais.   

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Não desisti de mim


Fragilizada pela vida,
Sozinha... E as recordações...
Minha face desprotegida
É máscara de frustrações.

Arrebataram o meu ego.
Não sou mais aquela que fui.
Por um mundo louco trafego,
Mesmo o sorriso se dilui.

Não falo com facilidade...
Dias e noites esquecida...
Até nem sei se tenho idade
Ou história sobrevivida.

A memória também me esquece
Nem a canção de ninar lembro.
Entoava sempre... como prece...
Alterava ao chegar dezembro...

clarões na mente estagnada.
Preciso preencher os escuros,
Restituir-me a vida roubada,
Alcançar estágios seguros.

Espantar todos os meus medos,
Não alimentar a saudade,
Contar bem alto meus segredos
E usufruir da liberdade...


Mardilê Friedrich Fabre

Respeite os direitos autorais.