segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Semeando palavras...

A cidade grande às vezes amedronta.
Nela, há muitas pessoas cordiais,
Mas há também pessoas amargas,
Angustiadas, apressadas, desconfiadas...
Sequer respondem um bom dia!
Sinto saudades dos meus amigos,
Do tempo em que a pressa,
Não fazia parte do meu vocabulário.
Não quero me tornar uma velha que,
Com seu casaco de bolsos pesados pelo tempo,
Arrasta seus chinelos lentamente.
Quero ter o prazer de assistir a um bom filme,
Ir ao teatro, aos museus, aos parques ecológicos,
Ouvir boas músicas ao luar, ler bons livros...
Quero aproveitar todas as tecnologias,
E modernidades que a cidade grande pode me oferecer.
Mas também quero guardar na lembrança,
Todos os bons momentos desfrutados
Ao lado de pessoas amigas, queridas.
Às vezes, sinto saudades das lembranças...
Há dias, em que as gavetinhas da minha memória
permanecem fechadas.
Deixo as chaves longe do meu alcance,
Pois sei que não terei tempo para abri-las,
Reviver cada momento, folhear meus livros de saudades,
Brincar com minhas histórias do passado.
Sorrir, chorar, emocionar-me... Por que não?
Há tantas fotos, cartões, mensagens, cartinhas...
Tudo é tão lindo, verdadeiro, carinhoso.
Impossível jogar fora meu baú de lembranças!
Apesar da correria e da energia que me consomem,
Quero plantar meus sonhos, semear palavras...
Para que o vento se encarregue completar o ciclo,
Espalhando, germinando, dando frutos.
Ainda que as palavras não tenham rimas,
A sonoridade do vento preencherá essa ausência.
Dizem que colhemos o que plantamos...
Sendo assim, quero colher sonhos,
Palavras de amizade, de amor, de generosidade,
de paz, de carinho e, é claro, de HUMILDADE.

Sandra Lamego

www.sandralamego.com

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Sobre nuvens e águas

Pássaros pousam sobre nuvens;
vestem-se nas rotas do sol.

As árvores
contemplam as folhas
cortadas no vendaval.

Leva a chuva,
as dores das mães.

Sandálias de pano
agasalham os pés
sobre as águas.

Nos mapas,
a força do tempo.

O pôr-do-sol,
guarda as cores do dia.
Transforma, transporta
a alegria dos homens.

Uma Chuva

Cai uma chuva
que refresca a vida.
Se não fosse essa náusea
eu escreveria um Poema
para a mulher amada,

diria que haveriam estrelas
um pouco mais tarde,
pois sempre há luz
para quem a sabe.
Que o perfume que
havia nas rosas de Minas
ainda seria possível,
bastaria segurar tua mão
e contigo dividir
a enxurrada que desenha
a curva do meio-fio.
E riríamos do desvario
de se cantar a Ária
da 5ª Bachiana,
como se o canto
nos fosse dado
e o amor não
fosse perdido.
E mais eu diria...

pois se não se fosse
essa náusea,
contigo eu estaria,
já que juntos sonhamos
essa chuva que chovia.

Enquanto vida eu tiver, hei de sonhar...

Sentir a vida passando devagar,
observar o voo das borboletas
que bailam entre as flores do meu jardim,
em pleno sol duma manhã de verão.

Parecem sentir meu olhar de ternura,
deliciando-me com o perfume das flores,
com o bailado das borboletas multicores,
que se multiplicam para a minha alegria.

Impossível não sorrir, cantar, encantar-me!
Beleza igual, difícil encontrar...
A natureza, generosa e constante em se refazer,
mostra-me a todo instante sua grandeza.

É bom ver a vida passar devagar...
Às vezes, é preciso me desligar da realidade,
viver meus momentos de sonhos,
enxergar além dos muros, através das janelas.

O verde das montanhas, a dança das nuvens,
o canto dos pássaros, as brincadeiras das crianças,
a chuva fina de verão, o cheiro de terra molhada...
Tudo se torna em encantamento – pura magia.

São esses momentos que me fazem ver
o quanto é bom viver! Poder sonhar, sorrir...
Sentir meu coração pulsar por pequenas coisas,
que fazem meus olhos brilharem a cada amanhecer.

Esquecer por alguns instantes a poluição visual,
sonora, atmosférica, das águas, do solo...
Acreditar que é possível ter qualidade de vida,
ou seja; saúde, segurança e bem-estar.

Enquanto vida eu tiver, hei de sonhar...
Continuarei a observar da minha janela,
o bailar das borboletas entre as flores,
o canto dos pássaros a me encantar.

Sandra Lamego

sábado, 25 de fevereiro de 2012

VIVO EM FANTASIA

O SEU ABRAÇO

AMORES VIRTUAIS

Leve-me consigo aonde for

Guardei para você o meu melhor.
Quero preencher todos os vazios,
Cantar para você em tom maior,
Enfrentar os difíceis desafios...

Afastar os males ao seu redor,
Organizar todos os seus avios,
Saber onde estão guardados de cor.
Conhecer todos os seus amavios...

Em contrapartida, vou exigir
Delicados beijos a me cobrir,
Como se fossem pétalas de flor.

Toda a minha vida assim colorir,
Como a mais linda estrela multicor,
Levando-me consigo aonde for.

Sandra Lamego

www.sandralamego.com

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

O ADEUS

Bela formatação, da cara amiga SAFIRA...

ABRAÇA-ME

Dor de Cotovelo
















Quem não sentiu a fisgada de dor
Ao ver passar com outro um grande amor?
Calar a decepção é impossível.
Deter as lágrimas fica difícil.

Um gosto amargo vem da rejeição
De não ter correspondida a paixão.
Num segundo, o encantamento é vazio,
E a reação tilinta tresvario.

Imagem: Google

Respeite os direitos autorais.

Mardilê Friedrich Fabre
Consulesa Poetas Del MundoSão Leopoldo – RS

SEUS LÁBIOS CARMIM

Formatação da cara amiga Safira...

Ode à manhã

Quando o Sol raia
e os pássaros acordam arrepiando a penugem
quebrando o gelo das asas
que derretendo revelam suas cores.

Quando as primeiras gramas
se inflam pela manhã
desenrolando a pequena e verde coluna vertebral
para a luz das nuvens.

E os rios esquentam as margens de lama
que alimentarão os peixes fluorescentes.
O primeiro brilho dos lagos surge
e a luz que estala sobre a ondulação
corta os ares esquentando o frio que estás
nas pedras preenchidas do rico bronze
que rangem e cantam em lá a finda e fresca
madrugada.

E os animais abrem os olhos
interrompendo os sonhos de repouso
como uma persiana em creme bordada em fino linho
qual se abre e avista os cedros ainda duros pelo frio

As espumas dos líquens e fungos cantam como o coral
de pequenas bolhas no solo, como pequenos anjos de cabelos cacheados entoando ode à vida na cúpula clara.

E as raízes das árvores, como se espreguiçando
saboreassem a argila que jaz na imensidão da crosta entre dois rios
e nos frutos já mordidos
repousassem insetos e bichos tirando o sumo
de suas sementes.

Por fim,
quando no raiar da manhã
de suas pequenas notas lilases
a vida acorda ,qual música quente,
e anuncia a existência de calor
em tudo que é calor
semente, em tudo que é semente,
e VIDA
em tudo que é manhã.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

A importância do sorriso e do abraço


Viajando pelo tempo,
revivendo o meu passado,
agradeço a Deus por tudo…

Não há o que passar a limpo.
Afinal, Millôr nos disse:
“Viver é desenhar sem borracha”.

Há coisa mais linda que isso?
“Valorizar quem gosta da gente,
quem nos sorri com sinceridade”.

Viver é como viajar de trem.
Podemos apreciar a paisagem,
conhecer pessoas ao longo da viagem.

Nossa vida também tem estações…
Há dias em que não nos cabemos,
tamanha a felicidade que sentimos.

Há outros, que preferíamos esquecer.
Mas não há como passar uma borracha,
não há como deletar, apagar da memória.

Nem por isso, devemos cruzar os braços.
Ao contrário, “abraço não é artigo de luxo,
é porta para a felicidade interior”.

Cada abraço compartilhado,
cada sorriso distribuído…
vale o brilho no olhar do outro.

Abraços e sorrisos não têm preço,
devem ser distribuídos diariamente,
embrulhados pela grandeza da sinceridade.

Sandra Lamego


SOU FLOR, É COLIBRI

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Uma canção para acordar amores

Nas mãos:
pássaros neve
réstias do sol

na janela do quarto
manhãs de abril

outonos em verso e prosa
nos lábios uma canção

que revele a nudez
e desperte amores.

Pomea na Paisagem

O poeta escreve ternura no corpo,
recolhe flores e arestas do mundo.

Na transparência da alma:

o poema
o canto

pássaros
nuvens

na paisagem


a terra
devora
o mar.
             
              www.rosanacappi24x7.blogspot.com

RÉGIA

(para Áurea Regina, musicista-mor)



o sopro de flauta
é um ar profundo
que encanta nadjas
‘Jazz” noutros rumos


Liras de Apolo
(Vem! Atendei-nos!)


palas de anjos
Régia entre Auras
derrame o veio
trilhas e solos
são os teus meios…


o sopro de flauta
é um ar profundo
é Brahma atento
pastor no mundo


Liras de Apolo
(Vem ! Atendei-nos!)


Régia entre Auras
Sirva estas ceias
Pã foi-se embora
e a Luz vigora
em semi-colcheias…





Nina Araújo

AFETO SEM CENSURA

SUBLIME AMOR

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Tens o meu jeito de ser

De tanto querer-te e sonhar-te meu,
por encanto e magia... Enfim estás
talhado em relevo em meu camafeu.
Para muitos, poucos “caraminguás”,

para mim, felicidade, apogeu...
Dos meus sonhos, só eu sei. Aliás,
pouco me importa se és nobre ou plebeu,
se carregas baús ou picuás.

O que mais aprecio em ti, são atos...
A humildade comprovada em fatos,
no fino trato com teus semelhantes.

Se vestidos em organza ou em trapos,
sem sequer observar-lhes os pisantes,
tu vês em cada um, traços relevantes.

Sandra Lamego

CONVITE CASA DO POETA DE CAMPINAS


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UM JARDIM








Eu sonho
Um jardim de vidas lindas
Onde mãos sejam pétalas
De aconchego...
Em cada coração uma imensidão
De sorrisos a guardar
Um pedacinho de cada
Amanhecer...
Eu sonho
Um jardim onde flores sejam mãos
Unidas pelo amor Maior
Em cada olhar a essência de rosas
De Deus...
É bem aqui
Que Deus habita...
Num canteiro onde sementes
Florescem felicidades
E os pensamentos
São leves voos
De passarinhos...




Sirlei Passolongo e Dolce Bárbara
 

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Ana

Ana me espera
em um Poema.
É a vida que me
repõe as camadas,
que de longe me
foram tiradas.

Um Poeta* me diz
que a ordem das flores
não altera a presença
dos passarinhos;
e eu bem sei
o que há de flor e passarinho
na promessa desse
novo caminho.

Espera-me Ana num Poema.
Espere-me Ana-Poema,
pois eis que não demoro
nesse festim inglório.

Breve, contigo estarei.
E feliz me saberei
por re-cantar
o Poema que já cantei.


                  * Da poética de Manoel de Barros.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

DIA CHUVOSO

Sou um vaso em construção

Sou um vaso em construção nas mãos dO Oleiro.
Tal condição permite a Ele quebrar-me, caso seja necessário.
Refazer-me, moldar-me, embelezar-me, se merecedora eu for.

Enquanto vaso, não quero ser apenas bonito por fora, quero ser útil
para ajudar o próximo, forte para suportar o peso a mim atribuído,
porém leve, para não me tornar um estorvo na vida dos meus pares.

Sei que O Oleiro, cuja perseverança é característica constante,
não desistirá de mim, pois assim como todas as Suas obras,
sou única, sou especial. Um vaso que será blindado no final.

Sandra Lamego

O que me dá tosse?

Bala hortelã da Garoto.
Chocolates em geral.
Açúcar geleificante gelatina
Glaceante ácido esteárico e aromatizantes vários.

[Aqueles bolinhos em forminhas da Visconti.]

O que me dá tosse?

A falsidade das pessoas.
A mentira que em si própria se engana
O véu que não cobre a calúnia proferida

O passo que normalmente, não se engana, mas a interesse há de se embaçar.
O olhar que indica comiseração quando a satisfação o precede.
A esmola quando a satisfação antecede a comiseração.

O que me dá tosse?

As verdades das pessoas sem mentiras adquiridas.
{As pessoas não têm verdades, têm situações}.
As mentiras das pessoas sem verdades contagiadas.
{As pessoas não têm mentiras, têm oportunidades}.


O que me dá tosse?

O Sol quando reflete em minha retina.
O frio quando esfria minhas narinas.
O vento quando me obriga a agasalhar-me.
A água fria da pia quando escovo os dentes ao levantar-me.

O que me dá tosse?
O sorvete retirado há poço do freezer.
Quando vejo que as pessoas não podem ver o dia.
E não veem o dia como eu o vejo, e como ele é.
Eu vejo o dia como o dia me vê.

E ele me vê como desejo que seja visto.
E eu o vejo como não ansiara vê-lo.
Pois, se ele me vê, de alguma forma existo.
E se existo ele me vê sem nenhum pesadelo

O que me dá tosse?

Fumar em demasiado
Engasgar com a própria saliva
Pegar uma gripe infantil.
Resfriar-me tomando o sereno da noite.

Passear por entre os arbustos e árvores do sítio vizinho?
Onde encontro miríades de cheiros e perfumes que provocam minha sútil sensibilidade.
Caminhar pelos labirintos da consciência e assimilar tudo isto?
Mesmo sabendo que tudo faz parte da Natureza.
Isto que me disseram e me falaram e que de alguma forma incrustou-se em minha consciência?
Mas o que me falaram? O que me disseram? 
- Não foi o que queriam me falar. O que precisavam me dizer!
Falaram porque falaram e disseram por que disseram, sem fundamento sem percepção.
Claro!
Um ser humano tem essas inconsistências.

Wagner Marim 31-05-2011

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Fevereiro
ferve desejos
no compasso
quase eterno
da alegria.

O frevo passa
entre as pedras,
o ar prepara
e transforma a pele
nos dias de sol.

Recife e Olinda se casam.
Há euforia dentro dos olhos
dos bonecos de pau e pano.


Nos cantos e marchas,
laços se desatam,
lavam-se na chuva.

O momento que passa
é fagulha na água.
Na curva do pé,
Na palma da mão.

Há energia nas cores
em movimento no chão.

Pássaros
pousam nuvens
o frevo aquece
o templo da alma.

NO FUNDO DO MAR

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Voo rumo ao seu coração

Ao seu lado, sou pássaro livre
bailando entre folhas e flores.
Meu canto, que um dia foi triste,
hoje, encanta pela paz transmitida.

Como as águas dos rios,
jamais são as mesmas...
Seu amor me renova a cada dia,
enche-me de vida e esperança.

Ainda que eu não saiba bailar,
tal bailarina na ponta dos pés,
pego carona no vento...
Voo rumo ao seu coração.

Queima-me o sol do verão...
No fim, há sempre a compensação.
Juntos, na mesma direção,
entoaremos uma linda canção.

Sandra Lamego

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

O Sarau "Carna-Poesia" foi sensacional. A interação com tantos membros de diferentes estados e cidades foi emocionante. Aline conduziu os trabalhos com a beleza e dedicação que lhe são peculiares. Rever e abraçar a tantos queridos é sempre um up para meu coração. Agradeço a presença dos músicos e artistas M-Santiago e Cesar Gagi, com os quais tenho tido a honra de desenvolver alguns projetos.
Deixo aqui registrada minha homenagem para a noite. Acaba "cueste" choro Pierro
Acaba "cueste" choro Pierro
Xô xô xõ xô xôô
Xô xô cho rô rô

Desde que Noel fez esta marchinha
você vem chorando pela Colombina
Acorda Pierro maluco
vai ficar caduco "cueste" chororo

Olha do seu lado homem
tem mulher adoidado
Entra aqui no Portal
Faça parte do nosso Sarau

Assim como fez Yvi Brasil e faz a Guida
Neusa Doreto, Dalva Saudo, Taissa,
Carol, Cíntia Fiori e também faço eu.

Olha a dona Aline , presidente bonitona
Olha a Graça Gomes com seu grito do carná
Olha Elisabeth esta loira alegria
Olha a Flá Perez e a poesia com tesão

Vem com esta mulherada
e sai desta meu irmão
He! he! he! he! he!
tudo isto é pra você...

domingo, 12 de fevereiro de 2012

NOITE DE LUA CHEIA

Dona de nada!


Não sou dona de ti,
não sou dana de mim,
não sou dona de nada,
E assim, andarilha que sou.
sorrio este sorriso desprendido
de quem nada precisa...













Mas o apego vem, ele vem,
Ele sempre vem...
Então pobre de mim,
pobre de mim!
E se eu chorar meu choro
e refletir teu ser, entenda.
Andarilha sou, mas carrego
comigo as tralhas de ti....

sábado, 11 de fevereiro de 2012



Amar...

... é aceitar os ajustes diários,

... é fazer adaptações,

... é se doar sem medos e pudores na busca da harmonia e do companheirismo.


Rosana Nóbrega (Amillene Castro)

- imagem do Google
Texto de Rosana Nóbrega (Amillene Castro)

A FLOR E A BORBOLETA

                                              Bela formatação, da cara a miga Safira,
                                                Por: Antonio Cícero da Silva(Águia)

A AMIZADE É MESMO ASSIM

O SABIÁ CANTOU PARA MIM

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

FATOS E RELATOS

Se não fosse a saudade pungente
Se não fosse o choro latente
Convidaria-te a caminhar.
Desenhar todo o sentimento
Passar a limpo o seu pensamento
E deixar pergaminhos no mar...
Se não fosse esse tempo partido,
Se não fosse o coração contundido
Faria-te sonhar!
Mas a vida foi rígida comigo,
A solidão hoje é meu abrigo
E o vazio veio me acompanhar
Se não fosse o desejo varrido,
Se não fosse o alienado sentido
Te daria as flores do amar...

DESPEDIDA

Contrito momento em que me despeço de ti.O nó na garganta, a ânsia irrestrita sacode o meu ser.
O olhar vaga morto, um tanto absorto de quem quer sucumbir!
Tuas roupas na sala, não há espaços na mala, o teu cheiro em mim!
Ouço a música baixinha que resume em acordes pedaços de nós.
Tanta coisa mal dita, tantas frases esquisitas sinalaram o fim!
Arrasto o sofrimento, o conturbado lamento que insiste em doer...
Não há magoas de ti!...Talvez, haja apenas o espanto que exprime num pranto...o que fomos enfim?!
Foi um vício, um caso, um assédio, uma doença ou um mal?
Foram dias complexos, turbulentos ou desertos programados por ti...
Já nem sei se é pesado dizer que: O amor já não mora aqui...

Mari Saes

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Não te esqueço



O passado persiste em ficar
Volvo meus pensamentos p´ra além,
Mas tu eles teimam lembrar.

A saudade espicaça-me o peito.
Recordação de ti vai e vem.
A esta maldade sou afeito.

Uma palavra mal pronunciada,
Uma faca nas costas cravada.

Ainda a tua espera, envelheço.
Por mais que eu deseje, não te esqueço.

Imagem: Google

Respeite os direitos autorais.

Mardilê Friedrich Fabre
Consulesa Poetas del Mundo em São Leopoldo - RS

Poema para o Dia do Frevo

Eu não me atrevo a dançar o frevo.
Tento um rodopio...
retorcem no ar,
os pés e os braços.
Em descompasso,
descrevo e fervo
na temperaura das cores.
...

No enlevo do ritmo,
o suor dos passistas
consagram a alegria
nas calçadas
de Pernambuco.


Há sinais na batucada
e nos intrumentos de sopro:
a vida passa,
o riso revigora.
O corpo o dança,
e se fortalece;

espanta a melancolia
de uma quarta-feira chegando,
vestindo a poesia de fevereiro
na euforia, no suor
e no cansaço.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Troque Você! - Faça Sua Parte!

















Apenas dizer que os valores estão trocados,
Não resolve,
Não absolve!
É preciso uma mudança na atitude,
Para nos voltarmos para a altitude,
Com seus adornos encantados.

Enquanto continuarmos alimentando o fútil,
O inútil,
O vazio,
O sombrio,
Que a sociedade capitalista quer nos impingir,
Estaremos nos afastando do sorrir.

Também, já está provado,
Que as mudanças têm que partir do individual.
Cada um reorganizando os itens de seu quadrado,
De acordo com os interesses celestiais.
O ego precisa ser silenciado,
Se quisermos nos ver, novamente, apaziguados.

Comecemos por selecionar os pensamentos,
Os sentimentos
Que nutrimos em todo momento.
Precisamos nos disponibilizar para o firmamento,
Para recebermos, ou nos lembrarmos dos detalhes,
De nosso verdadeiro Entalhe.

Não essa massa disforme e desumana,
Glorificada pela vida desmesuradamente mundana,
Onde só se cultiva a ilusão
De um prazer imediato,
Escandalosamente insensato,
Responsável por esse imenso muro,
Sabotador de nosso melhor futuro.

Ao prestigiarmos os péssimos exemplos,
Fartamente nos oferecido pelos meios de comunicação,
Ao invés de nos debruçarmos, apenas e tão somente, em Arte,
No universo místico das tardes,
Estamos nos abrigando em falsos templos.
Estamos nos afastando da Criação.

Estamos nos sentenciando ao pior,
Ao, miseravelmente, menor!

Tenho em mim que, enquanto a poesia
Não ocupar seu lugar nessa sinfonia,
Estaremos reduzidos a rascunhos de nós mesmos,
Completamente aprisionados a um contexto,
Onde nos destruímos ao final,
De forma brutal!

Enquanto cultuarmos a ideia de ser caro
Um livro de poesia, por quarenta e cinco reais,
Estaremos dando as costas às dádivas essenciais,
Às experiências mais fenomenais...
Às sensações fundamentais,
Que habitam, exclusivamente, em um posicionamento mais delicado.
Mais, espiritualmente, engajado,
Deliciosamente arrebatado!

Troque você, os seus valores.
Faça sua parte para desmontar esse circo de horrores.



Obs. Uma pizza vegetariana, aqui em Itacaré está R$ 35,00.
Agradeço a meu amigo Facuri, que me alertou para os preços atuais.



Vídeo histórico
Cássia Eller
"Segundo Sol"


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Presenteie Poesia

"Vida Alta" - Minha primeira obra. Um livro corajoso, profundo, lúdico, sendo leve, alegre... Com alguns puxões de orelha, mas todo ele alto astral, pra cima! Cheio de força, perseverança. Uma aposta no autoconhecimento, como única via para a evolução. 

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