Eu não me atrevo a dançar o frevo.
Tento um rodopio...
retorcem no ar,
os pés e os braços.
Em descompasso,
descrevo e fervo
na temperaura das cores.
...
No enlevo do ritmo,
o suor dos passistas
consagram a alegria
nas calçadas
de Pernambuco.
Há sinais na batucada
e nos intrumentos de sopro:
a vida passa,
o riso revigora.
O corpo o dança,
e se fortalece;
espanta a melancolia
de uma quarta-feira chegando,
vestindo a poesia de fevereiro
na euforia, no suor
e no cansaço.
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