segunda-feira, 28 de março de 2011

O ESTRANHO HOMEM DA NOITE

Estavamos chegando para morar na pequena  cidade.
Papai era gerente de  uma agencia bancaria e mamãe professora.
Logo fiz amizade com a criançada local.
A vida no interior era muito divertida.
Impinavamos pipa,tomavamos banho de ribeirão,andavamos de bicicleta.
E numa desta aventuras com os outros moleques passamos por uma chácara que todos diziam ser do homem lobisomem.
Tinha placas de “entrada proibida”.

E começaram a contar que o homem não saia de casa.
Só era visto a noite.
Era muito misterioso.
Ninguém tinha visto seu rosto.
Paulo disse que o homem era a mula sem cabeça.
Heitor falou que ele era um vampiro.gustavo contou que nas noites de lua cheia ele se transformava em lobo,jairo jurou que ele era um et.
E que numa noite de raios e trovoadas uma nave  deixou o homem alí.
Foi muita história apavorante para uma tarde só.
Em casa contei para meus pais esta macabra historia.
Eles riram de montão.e eu custei  muito a dormir.
 comentando depois com outras pessoas a aventura da criançada meu pai viu que o povo também tinha receio do morador misterioso da chácara.
Ninguém o tinha visto assim de pertinho,e quando foi morar lá cercou tudo e colocou as placas proibindo a entrada.
Coisa muito esquisita.
Uma vêz por mês chega um carregamento para ele.
Nunca vai na cidade,não faz compras,vive isolado.
Meu pai ficou encucado. E num final de tarde resolveu visitar o estranho vizinho.chegou batendo palmas para anunciar a presença.
Apacereu um senhor de mais idade com roupas que cobriam todo corpo,oculos escuros e um grande chapeu.
Meu pai se apresentou como novo morador da cidade.depois do bate papo meu pai contou da lenda que gerava em torno da chacara e do seu morador.
Ele riu.e disse que a distancia acompanhava a criançada olhando assustada para sua casa.cheguei a colocar uma caixa com frutas no portão da casa ,mas a criançada quando viu correu como louca, acho que pensaram na maçã envenenada da branca de neve.
Cerquei a propriedade e coloquei placas porque vi que a criançada aqui é muito livre e vai a todos os lugares.
Tenho uma pequena lagoa e fiquei com medo de acontecer alguma coisa com as crianças.
O que preciso vem da capital alimentos,remédios ,telas e tintas que uso no meu trabalho.
Uma vêz por mês vou a igreja deixar um donativo na caixinha,.
Sempre saio depois do sol se pôr ,por ser mais conveniente.
Como sou albino o sol e a claridade me incomodam.
Meu pai se encantou com este morador.
Na saida ele falou:
Novo amigo,vamos deixar que as crianças continuem usar a imaginação
 e  assim também não vais ser  incomodado.
Meu pai visitou este senhor por muitas vezes.

Mas a verdadeira  história só fui conhecer tempos depois e já morando em outra cidade.e adulto.

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