quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Protesto






Protesto contra o preto
Que o luto consagrou
Protesto contra o claro
Que o escuro apagou
Protesto contra os olhares
Que vem me recriminar
Protesto contra palavras
Que não me deixam explicar
Protesto contra as subidas
Porque uma hora tens que descer
Protesto a favor do verde
Que nós fazemos sumir
Protesto pelas águas
Que um dia foi cristalina
Protesto pela voz
Antes feminina
Protesto pelas saídas
Que um dia já foi tranqüila
Protesto pela noite
Que pela manhã já virou dia
Protesto por mim mesmo
Que não sou entendedor
Protesto pelos homens
Que se fazem sentir dor
Protesto, protesto, na estrada!


Luiz Carlos Freitas
Calu
wwwcalufrey.blogspot.com







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