sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Dois poemas do livro Leoa ou Gazela, Todo Dia é Dia Dela

Meu D.Quixote

Tinha dragões
capturados
que repousavam,
pintados,
em seu braço.

Mas a paixão
perdeu o viço

e depois disso,
vejo desenhos de moinhos
tatuados.


Homem Árvore

Corpulento e magnífico
conífero
derrubado sobre mim,
pobre gramínea!

Com voz de carvalho
- grave e inclemente -
ele ordena:

- Prova-me, erva daninha,
que te orvalho!

Estranho sabor
tem seu falo:
sequóia milenar.

Gosto araucário de terra,
raiz tuberosa.

Não sei se o quero:

Sou frágil
como uma rosa!

3 comentários:

  1. Olá amigo!

    Exelente escolhas!
    Um poema não é mais ou menos conhecido, ele se divulga ao olhar e percepção de que o le!

    Forte abraço e exelente final de semana!

    Nos encontramos no Alma!

    Vinicius.

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  2. Ambos ótimos! - Parabéns, Flá! - Abração

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