Discurso de um louco
Talvez ninguém entenda o que um louco tem a dizer, talvez tudo que ele fale não faça sentido, pois são apenas palavras de um louco pela democracia justa e isso deve estar muito além da compreensão humana, que parece permanecer permanentemente em uma posição social desumana.
O louco observa os discursos daqueles que possuem os poderes de mudar e não entende onde está a verdade, pois o discurso não muda, até parece que todos foram perseguidos pela repressão e esses que foram fazem disso um potente argumento para possuir e aumentar seus poderes.
O louco fica indignado com aqueles que um dia lutaram pela democracia e hoje parecem ter abandonado a luta, talvez o vento não sopre mais tão forte e será que a coisa aqui não está tão preta, pode até não estar preta, porém também não estão claras, pois os olhos do povo não conseguem enxergar ofuscados pela neblina de uma época repressiva que não foi dispersa totalmente e é nesse momento que o louco se vê entre um povo desunido e abandonado por seus ídolos ideais.
Imaginem um louco escutando discursos insignificantes de ídolos e governantes que não dizem nada. O Líder em seus discursos parece estar sempre perseguido pelos adversários políticos. O outro parece estar emitindo mensagens para um povo analfabeto e incapaz de ver suas garras escondidas nas palavras.
Precisamos de união para mudar o futuro e valorizar a palavra respeito entre as pessoas, dar suporte e sentido concreto à formação das famílias com educação e principalmente cultura. Para isso temos que mudar nossa maneira de pensar abrindo os olhos para a sociedade e buscar no resultado final justiça, felicidade e fraternidade entre as pessoas com oportunidades ao alcance delas.
Já passou da hora de virarmos a página da ditadura, pois os que lutavam contra a ditadura hoje têm uma forma diferente de ditar as regras a favor de seus próprios interesses, fazendo um governo ditador invisível aos olhos da população desinformada por possuir cultura limitadíssima e visão curta facilmente ludibriada.
Cadê a união desse povo desunido e dispersado que faz de mim um louco no meio de tudo isso? Um louco que não sabe o que fala, não sabe o que pensa e também está como todos, amarrado em uma camisa de força ditadora de um passado que não muda, apenas muda seu jeito de manusear o povo em seu sistema.
Não liguem para o que os loucos falam, pois um louco na época da ditadura já falava “Eles são uns comedores de cérebro”, infelizmente ainda andam comendo.
Zip...Zip...Zip...ZzipperR
Paulo Ribeiro de Alvarenga
O Outono de nós dois....
Quero ser tecelã
destes fios
macios
dos teus cabelos
Trançando neles
uma rede infinita
como o manto
da noite
Quero salpicar
nossos olhares
sobre ela para que
reluzam
como as estrelas
mais longínquas
Quero prender
A rede nos
firmes troncos
Das duas arvores
de nossas vidas
E neste fio condutor
de nosso amor
me entregar
de corpo e alma
balançando
vadiamente
sob nossas
eternas
tardes de outono
Maria Ângela Apiai
PALAVRAS
Tenho medo de dizer o que penso.
É tão lúcido que me apavora.
As palavras me golpeiam.
Elas fogem de mim. As perco de vista.
A febre me toma, tremulam as páginas, intensas, vazias.
Quando penso que escrevo, é apenas um sussurro.
Nada reflete, nada brilha, nada flui dos olhos.
É apenas um murmúrio.
Tenho medo de lembrar delas.
E reler me arrepia.
Saíram dos meus dedos, minhas entranhas.
Pensamentos vagos de tudo que imaginei.
Mas o que penso, eu guardo. Trancado.
Há um temor incrível de que tudo se apague.
De que ninguém leia ou que, lendo, não entenda.
Ou mais trágico ainda, que me decifre.
Palavras sutis que me denunciam.
Quanto medo há nas linhas que não escrevo.
Nas frases que jogo no chão.
E viro as páginas, fecho o livro em branco.
Uma capa densa me encobre a alma.
Não me recordo mais o que eu queria dizer.
A razão se perdeu.
Mas ainda penso. No medo, nas nuvens, no mar.
Na lucidez que só existe sem palavras.
Não no meu pensamento. Convencida me entrego.
Ou vencida me fecho, assim como o livro.
Não existem palavras que traduzam.
Um pensamento sem lembranças.
Uma dúzia de idéias sem inspiração.
Um coração que não bate. Um amor que não chega.
Ilusão. Palavras são a minha ilusão.
Marcia David
Paulo, Ângela e Marcia,
Recebam o carinho de todos nós que fazemos o PORTAL DO POETA BRASILEIRO!
Aline Romariz
Sejam bem vindos: Paulo, Angela e Márcia: Que seus poemas ajudem esse maravilhoso Portal para crecermos cada vez mais,em direção aos nossos objetivos.Abraços: BRIDON
ResponderExcluirSejam bem vindo a esse maravilhoso espaço de grande pessoas e artista, aqui e juntos vamos fazer a historia com palavras indo de encontro ao mundo, porque nós somos os poetas brasileiros! E FAZEMOS PARTE DESSA HISTORIA!!!
ResponderExcluirLuiz Carlos Freitas
Calufrey
calufrey@hotmail.com
Que sejam muito bem vindos nobres parceiros(as)a este nosso espaço. Tenham certeza que escolheram o local certo, sério e encantador. Segundo a nossa porta-bandeira, breve vamos arrebentar! (Alías, um parabéns especial a Aline pela espetacular iniciativa, tanto pela Editora quanto aos espaços para os conteúdos individualizados).
ResponderExcluirNão notaram que o coração verde-amarelo está aumentando e quase explodindo!!!
Abraços poéticos para Paulo, Ângela e Márcia.
Quanta intensidade, beleza e talento!!!! Sejam Bem Vindos! Com meu carinho, Aninha
ResponderExcluirAdorei o Portal e o carinho e a atenção com que todos estão me tratando. Amei.
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