sexta-feira, 27 de maio de 2011

Choram as horas

Choram as horas

O vento descortina a janela entreaberta,
Arrepia a pele da parede inda molhada
Pelas lágrimas das horas inquietas.

No relógio, os ponteiros são sentinelas do tempo.
Assistem, impotentes, ao envelhecer da humanidade,
Que sapateia no soluço ensurdecedor das horas.

Os ponteiros, descontrolados, são batutas nervosas
Que tentam, inutilmente, controlar o tempo;
Maestro imponente que rege a orquestra da vida.

Sandra Lamego

www.sandralamego.com

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