O vento descortina a janela entreaberta,
Arrepia a pele da parede inda molhada
Pelas lágrimas das horas inquietas.
No relógio, os ponteiros são sentinelas do tempo.
Assistem, impotentes, ao envelhecer da humanidade,
Que sapateia no soluço ensurdecedor das horas.
Os ponteiros, descontrolados, são batutas nervosas
Que tentam, inutilmente, controlar o tempo;
Maestro imponente que rege a orquestra da vida.
Sandra Lamego
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