sexta-feira, 20 de maio de 2011
TSUNAMI
TSUNAMI
A água do mar agigantou-se e tornou-se avassaladora,
invadiu e arrasou a ilha com onda de força colossal e devassadora,
puxando, assolando o continente e tudo para si tragando,
inesperadamente arrebatando e dizimando o que encontrou à sua frente.
O mar tornou-se de horror, desumano, um monstro de furor insano,
atemorizando, bradando e a tudo devastando; natureza rebelando-se
numa fúria brutal, indomada e imprevisível, jamais vista antes,
sem precedente algum, tal o alcance dessa imensa catástrofe.
O mar deixou destroços e um trágico rastro de lama;
a descomunal onda do porto causou espanto e tirou todo
o conforto; deixou devassado o maravilhoso e sossegado
paraíso, destruindo a magnífica e idílica paisagem.
O que restou são escombros, visão aterrorizante, de intenso
pavor, de horripilante estupor; um desastre de dimensão incalculável,
por isso inacreditável, de assombro imensurável para as testemunhas
desse mar de terror, causador de perda irreparável.
Só sobrou o indescritível espanto de horror no rosto estampado, petrificado;
o que não soçobrou nesse mar de morte, nesse triste e lamentável cenário
foi o ser humano abalado, mas solidário, cujo coração tripudiado, pela
dor dilacerado, palpitou, ainda que descompassado e foi, de pronto,
em socorro às vítimas dessa total devassidão.
Li, estupefata e incrédula, sentindo verdadeiro
torpor, a notícia no jornal, e constatei que tal
desastre poderia ter sido evitado, pois autoridades
receberam o aviso de que isso ocorreria, porém
omitiram esse trágico comunicado à população
para não prejudicar o turismo da região.....
Quanta insanidade, especulação e desumanidade
houve nesse insensato e inaceitável procedimento.
Por acaso essa vã tentativa conseguiu salvar o turismo?!
O que restou ficou visível e completamente destruído...
Tal atitude mais se parece com a de um vil Judas, vendendo-se
por trinta moedas ao entregar tantas vidas inocentes,
já que essas sim, poderiam, sem dúvida ter sido salvas.
Eunice Rodrigues de Pontes
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