Dito, moço bunito e trabaiado
Levantava juntu cuns us galo...
Sentava juntu ao fugão da cunzinha,
Iscuitava o radim di pia...
Cantiga que falava de amô.
Na beira du fugão a lenha...
Preparava u seu paiero...
Cum us óios esticadus, qui só,
Nas ancas da brejera morena.
Moça bunita, a danada...
Muito boa de fugão...
Perparava o café...o mugunzá...
E o delicioso pirão...
Feito pirilampo rodopiava
Em vorta da lamparina...
Fazendu u Dito babá,
Vendu suas ancas empinadinha.
Num demoro nadica di nada,
O casar tava formadu,
O Dito qui num era bobo...
Pra inveja dus rocero...
Cum a morena tinha casadu.
Passadu argum tempin...
U orgulhosu rocero...
Via a barriguinha da morena,
Qui aus poco ia crescendu.
O sonho do homi simplis
E abençuadu por Deus...
Mais o fio num vingo...
I dentro du bucho foi morrenu.
A alegria du moçu...
Aus pocos foi si apaganu...
Tinha as lágrimas nus óios,
Tristeza nu coração...
Ao ver qui seu primero fio,
Abraçar num ia não.
Porém, o pobre rocero...
Que tinha um grande valô...
Tirava o chapéu da cabeça...
Erguia os óios pru céu,
E agradecia u Senhô!
Diversificando seu canto poético... Que lindo,querida!!
ResponderExcluirAline
Meus parabéns pela bela poesia; encantadora, singela e muito graciosa,
ResponderExcluirabs.
Eunice R. Pontes