Dá licença seu moço...
Di eu dá um dedo di proza
Aqui deste cantinho di mundo
Onde a jacutinga e o sabiá
Já num mais fais ninho nem canta
Pro meu povo si alegra.
Dá licença seu moço se aqui...
Agora vou declara, pra essa gente...
Qui aqui neste arraia, donde a onça...
Gata braba gosta di gente asustá
Ta tudo mudado, ta tudo errado!
Pai qui não tolera filho, filho que...
Num sabi a mãe tolerá, irmãos si
Infretando, e muita gente esperta
Deste rebu se aproveitando...
Invezis eu penso que o Pai du Céu..
Ta deixando a coisa fica feia só pra vê
Se esse mundão toma jeito antes da coiseira
Toda fica di veis muito preta, onde pode fica
Nas unhas do tar capeta!
É triste ver qui tudo o qui era bonito
Vai si perdendo nestas besteiras
Di gente querendo ser esperta
E não passam di boca aberta
Ta perdendo tudo sem apercebe!
Só rezo pro divino das arturas...
Pedindo paciência e muita clemência
Pois do jeito que as coisas tá...
Só ele pode arranja...
Si ainda dé tempo é mio si ajuelhá
E a arma a Deus ofertá.
Deus nos guarde, Deus nos ajude...
Desta gentarada toda safada...
Cheia di quero quero...Mas no fundo...
Num passa de um punhado de abestados.
Parabéns, Baroneto! Texto jocoso em palavras, e profundo em mensagem! Um grande abraço!
ResponderExcluirPoesia curtida;gostei mesmo.
ResponderExcluir