quinta-feira, 14 de julho de 2011

Gigante noturno


Um choro, um lamento, um aperto de mão.
Uma voz, um grito, um sussurro bendito.
Um ser, uma rosa, uma vida em declínio.
Uma esperança, uma cantiga, um clarear.

Um privilégio, um sacrilégio, um rasgo.
Um incêndio,um bombeiro, um contemplar.
Um bisbilhoteiro de encontros amorosos.
Um sorrateiro fustigar, um corpo morto.

Um navio negreiro e uma escrava branca.
Uma prisão em uma ilha e uma escotilha.
Uma chuva de granizo e um só improviso.

Um gigante noturno e sua presa ignóbil.
Uma partida imprevista e sua desolação.
Uma regra à risca, sem nenhuma exceção.

Teresa Azevedo

Um comentário:

  1. Oi Teresa, meus parabéns; gostei muito de sua poesia; é linda!
    Abs.
    Eunice R. de Pontes

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