sábado, 20 de agosto de 2011

O silêncio que me basta






O silêncio que me basta


E eu me calo...
Me calo pois agora a minha voz é tormento,
diz o feio, desce do salto.
Calo a voz, engulo o choro e saio fora...
(não de mim, mas fora de ti, do mundo, de tudo.)

Meu grito seria revolta, soaria trovão.
Meu choro seria chuva, tempestade, furacão !

Lábios fechados, mãos em ação.
Tenho as letras, meus versos e lá ao fundo,
o toque de uma canção

Sou ventania que se acalma num instante.
Se calo o som da voz, não calo o coração.






Charlyane Mirielle

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