sábado, 12 de novembro de 2011

Recomeçar



Uma noite sem fim
tomou conta de mim.
Sem estrelas nem lua,
o nada perpetua
o silêncio fatal.
Quem sou eu afinal?
Um ser inexistente?
Alquebrado? Morrente?
Prisioneira no mundo?
Nem o sono fecundo
permite-me a quimera
de ver a primavera
e renascer com ela,
retornando singela
com os raios do sol
e como o rouxinol
inundar de alegria
o dia que inicia.
Ah! Recomeçar tudo...
Pelo ego, sobretudo,
revelando-me inteira,
poesia certeira.
Sem angústia nem medo,
ser outra vez enredo.


Imagem: Google

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Mardilê Friedrich Fabre

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