sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Violão


 

Um violão bem tocado,
Deixa-me arrepiado.

Suas possibilidades de harmonia,
Enriquecem qualquer melodia.
Gosto quando um dueto com a voz, acontece...
Meus sentidos arrefecem.

Sou arremessado para uma percepção,
Onde tudo é exclamação!
Domínio do sensorial,
Multidimensional!
Um outro estado de ser,
Fonte do mais apurado perceber.

Espaço dos altos sentimentos,
Dos cósmicos elementos!
Ali, despido do tempo,
Entrego-me ao momento...
Levado pelo ritmo,
Aporto em outros signos,
Forjados em afeição,
Pela generosidade da imensidão.

Através da mão que dedilha,
Escapo da ilha,
Espalho-me no firmamento,
Como um reconhecimento...
Perco a exata noção
Dos limites da dimensão.
Toco em inaudíveis exclamações,
Depuradas em longas estações!
Milagre da percepção,
Ousadia da primeira afirmação!

Acaricia-me os pés, o não-solo da ternura.
Vago feliz por entre as conjecturas.
Motiva-me um sincero agradecimento,
Por presenciar tal alumbramento!
Inexplicável forma de existir,
Por demais eloquente,
Totalmente arguente...
Faz desabrochar um doce sorrir...
Um prazer de estar vivo,
Ativo,
Conhecendo,
Percebendo!

O violão,
Parece que fala direto ao coração,
Em uma explícita intimidade,
Que alimenta a sensibilidade.
Seu som ameniza.
Acolhe,
Colhe...
Encantada brisa,
Que tira todo o cansaço.
Oferece o braço
E convida à união
Com o essencial,
O primordial:
A comunhão.



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