terça-feira, 3 de janeiro de 2012

O BOM MARINHEIRO


Quando olhei para o céu, no horizonte...
Percebi, que logo chegaria uma tormenta furiosa
Confesso que não estava pronto pr'aquela tempestade
Na verdade, ainda pensava em minha amada esposa

Ora! Divagava, no rio de minhas preocupações
Deixava tudo... para trás novamente
Pra quê? Só por aventura e novas emoções?
Talvez, seria a hora de refletir conscientemente

A tempestade chegou ferozmente e destruidora, causando danos...
Mas naquele momento de muito labor
Quando o barco vascolejava violentamente pros lados
Então, compreendi finalmente, com fervor...

O real valor do bom Marinheiro
Pois, naquele castigo iminente
Naquela boca do Diabo traiçoeiro
Sob aquela chuva de desespero constante

Entendi, o meu destino e a minha sina...
Ora! Teria eu que atravessar aquela garganta da morte
E aceitar dignamente esta faina
E cravar no seu olho penetrante, o meu tridente

Pois, eu não iria embarcar nesse coche
Puxado por demônios do mar
Eu seria relutante; e da morte, não seria seu fantoche
Porque a minha Amada, muito eu, ainda iria amar!

O Real valor do bom Marinheiro... de boa reputação...
É visto na condução de sua embarcação
Na tenebrosa tormenta do mar!
Pois, na bonança; qualquer marujo meia-tigela consegue tocar!
Hernandes Leão
Enviado por Hernandes Leão ao site Recanto das Letras, em 13/10/2011
Reeditado em 13/10/2011
Código do texto: T3273509

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O PORTAL DO POETA BRASILEIRO AGRADECE SEU COMENTÁRIO!