sexta-feira, 7 de outubro de 2016

BUSCANDO O ENTENDIMENTO PERFEITO

Será que vamos nos entender? Essa a eterna dúvida quando se inicia um relacionamento,
sempre buscando o entendimento perfeito, que permita a manutenção de relacionamentos
duradouros, e em clima de felicidade, paz e amor, que certamente é o anelo de todos...
Osculos e amplexos,
Marcial
BUSCANDO O ENTENDIMENTO PERFEITO

Marcial Salaverry

Realmente tudo é festa quando duas pessoas se conhecem, sentem-se atraídas, logo começam a namorar, eis que esta é uma fase linda, gostosa, onde os desejos são ordens. Sempre procuram agradar-se mutuamente.
Nos encontros marcados,  sempre se apresentam bem  arrumados,  preparados  para os encontros.  Ninguém quer decepcionar ninguém, e assim, são sempre gentis,  e o que mais escuta em suas conversas, é o tradicional: "Onde voce quer ir, meu bem?  Ah! Vc é quem sabe... onde voce quiser..." Sempre muito solícitos, formando um par perfeito.

Todos comentam que "eles se entendem tão bem...", sendo este o consenso geral,mas a pergunta que jamais pode calar é: " Será que é tudo isso mesmo?", e parece ser mesmo, tanto é que os passos seguintes, serão os tradicionais, ou seja, noivado, casamento, festa, lua de mel. 

Certamente nos primeiros tempos, sempre aquele mar de rosas, continuação do namoro, dos desejos satisfeitos, das vontades solicitadas, dos dengos, dos carinhos. Mas já aqui começam a aparecer as primeiras divergências, as primeiras arestas a serem aparadas, e é aí que a porca começa a torcer o rabo, começando o amor a provar-se e a provar a que veio.  São tantas as uniões que terminam nessa fase, devido pequenas divergências mal resolvidas...

Depois começa a fase mais importante. A convivência. É nessa fase crítica, que a união ou se solidifica ou se esboroa.  É quando ambos se descobrem, e nessa fase de descobertas da real personalidade de cada um,  é que se pode descobrir se ambos se amam realmente, ou se simplesmente se gostavam, se sentiram atraídos.  Tão somente com a convivência que se pode determinar esse pormenor (ou seria "pormaior?" É muito importante essa fase...)

Claro que divergências tem que existir, pois são duas personalidades diferentes. Elas devem e podem ser acertadas.  Para tanto é importante que haja muito diálogo entre o casal.  É através do diálogo que se poderão conhecer intimamente.  Que poderão se descobrir, e aparar as arestas, antes que elas machuquem.  Se não o fizerem em seu início, quando começam a aparecer, depois poderá ser tarde demais, e dessa maneira, devem,
através de muito diálogo, aprender a se conhecer e a se respeitar. O espaço de cada um deve ser sempre mantido.  Existem limites que não devem ser ultrapassados.  Se houver Amor mesmo, tudo será superado e acertado, permitindo uma convivência longa e feliz. Vejam que pensamento feliz que minha querida L'Inconnue (é a irmã do L'Inconnu) nos trouxe hoje:
"É fácil trocar palavras, difícil é interpretar os silêncios...
É fácil caminhar lado a lado, difícil é saber como se encontrar...
É fácil beijar o rosto, difícil é chegar ao coração...
É fácil apertar as mãos, difícil é reter o seu calor...
É fácil sentir o amor, difícil é conter a sua torrente!"
Aí está o verdadeiro segredo da convivência.  Tem-se não somente que interpretar as palavras que são trocadas, mas também saber "escutar" os silêncios.  Muitas coisas são ditas quando não são faladas. Esses silêncios devem ser interpretados e conversados, pois o calar-se nem sempre é consentir. Muitas vezes quando alguém se cala pode ser sinal de divergências sérias, o que poderá atrapalhar o relacionamento. Para isso é importante sempre haver um diálogo franco, honesto e aberto.  Muitas vezes queremos ouvir de nossa parceria "Eu te amo", mas  acontece que cada pessoa tem uma maneira diferente de dizê-lo.  Haja capacidade de interpretação, uma vez que muitas vezes uma declaração de amor pode estar contida em certas atitudes, em certos cuidados, e não nas palavras que tanto desejamos ouvir.

Caminhar ao lado de alguém é uma coisa, saber encontrar sua alma é outra. Precisamos sempre conhecer bem a alma de nossa parceria, para que seja uma real parceria, e não apenas uma dupla. Esse é outro segredo da convivência. Procurar conhecer bem a alma um do outro. Para saber até onde vão os limites de cada um.  E respeitá-los.

Beijar é fácil. Beija-se por amizade, por carinho, por amor.  Beijos superficiais.  Agora o verdadeiro beijo, aquele que abre a alma, é o beijo que passa dos limites da epiderme e chega ao âmago do coração. Esse é o beijo que pode selar um amor de verdade. É no beijo que se transmite o amor.

Um aperto de mãos é simples. Até entre inimigos se troca.  Mas é aquele aperto frio, que uma vez trocado é esquecido.  Agora aquele aperto caloroso, aquele que indica não apenas o "Como vai você", como também, e principalmente,  o "Pode contar comigo", é aquele aperto trocado  com calor, com amizade.  É aquele calor que o caminhar de mãos dadas confere aos bons relacionamentos. A importância de se caminhar "de mãos dadas" é muito grande, pois determina a confiança e o carinho que existe entre os parceiros.

Enfim crianças não é fácil, nem é difícil descobrir como viver a dois, sabendo manter o clima de cuplicidade, de amizade, de amor, e para tanto, basta ter ao lado a companhia ideal, e saber conservá-la, e para tanto, há que se ter o equilíbrio entre o que se quer, e o que se pode fazer.

Para continuarmos com nosso bom entendimento, desejo que todos possamos fazer de cada dia, sempre
 UM LINDO DIA.

"Para uma saudável convivência,
Há que se aproveitar a vivência...
Vivamos com paciência...
Marcial Salaverry"

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