sábado, 30 de outubro de 2010

Autopropaganda





A autopropaganda é algo que, realmente,
Positivamente,
Não me apetece.
Ao contrário, profundamente me aborrece.

Acho bastante desagradável,
Diria mesmo, intragável,
A pessoa que aproveita toda oportunidade
Para ressaltar suas qualidades...

Para provar como é boa
Que não está aqui à toa...
Diz que sabe o que quer,
Mas na intimidade,
Na clandestinidade,
Come de colher...

Demonstra ser altruísta,
Quando, em verdade, é absolutamente, egoísta.
É verborrágica,
Trágica!
Precisa chamar a atenção,
Para o seu “bom” coração.

Faz discursos transcendentais,
Embora adote posturas episcopais...
Está completamente apegada ao passado,
Enquanto se mostra futurista...
Só acredita no que já foi testado,
Embora se diga anarquista.

Afirma ser contra o burguês pensamento,
Mas não perde uma semana de artificial bronzeamento...
Apresenta-se como temente a Deus,
Perante os seus...
Já para os amantes,
Mantém esse assunto um pouco mais distante...

Sua pregação,
É quase tão incisiva quanto sua sedução...
Atrás da bandeira da caridade,
Está sua desmedida arbitrariedade.
Adequou-se ao seu falso discurso,
Do tipo que apodrece o mundo.

Esse tipo de pessoa, nem a si mesma, engana.
O que toca, profana.
Identifica-se, intimamente, com os maus.
Acostumou-se ao caos.
Mas, faz questão de manter as aparências,
Pois assim, pensa poder driblar as consequências,

De sua franca decadência!

Sua falsa palavra,
Quer fazer parecer gesso, sua lava!

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