Eu nasci lá no sertão não conheço o
Litoral, já vesti forte gibão
Da fazenda fui peão, amolei faca
E facão tirei leite no curral.
Eu nasci nas serranias conheço
O mandacaru, já capinei de
Enxada puxei boi nas vaquejadas
Cacei preá e tatu...
Sou filho do ressequido e suarento
Torrão, sou canto triste da terra sou o
Barulho do trovão, sou cachorro
Perdigueiro, sou ave de arribação;
Sou o coaxar do sapo no acasalo final,
Sou choro inane da terra, sou duas pedras
De sal que testa com veemência
Se tem inverno afinal...
Sou a cigarra alegre na árvore a
Cantarolar, sou o zarpar do burro que
Não se deixa amansar; sou o choro
Do caboclo por quem prometeu voltar.
Meu caro amigo poeta. Este seu escrito, fala da minha orígem. Sou filho do sertão, região que não sai do meu coração... abraços poetanos.
ResponderExcluirAntonio Cícero da Silva(Águia), escritor e poeta, filho da cidade de São José do Belmonte/PE e residente em Carapicuiba/SP.
Ótima criação! - Parabéns! - Abração
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