quarta-feira, 20 de outubro de 2010

TORRENCIALMENTE...

A chuva molha ácida
A minha basáltica cara.

A chuva carboniza ávida
Todo o meu lirismo-crisálida.

A chuva á maneira incendiária
É uma navalha que mata e retalha
A medula dos sentidos da minha verve magmática.

A chuva, todavia,
Embala a esperança
Que pujantemente palpita
Nos corações das sertanejas almas,

Fazendo da terra ressequida, inexoravelmente devastada
Infinitos reinos de cristalina água:
Contínua florescência majestática
Das cataratas do Iguaçu e do Niágara!

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA

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