segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

MENINO DE RUA


Eu sou aquela que sonhou na vida,
A quem a vida nunca deu remédio,
Sou canto fúnebre oásis perdido
A rima rude de um verso incerto.

Eu sou aquela que sofreu assédio
De uma amarga e fria ilusão,
Sou o caminho quase que perdido,
Eu sou a vida quase que sem chão.

Eu sou a trilha que desgalga os sonho,
Sou algibeira da desolação,
A indigência que não tem saída,
Sou grito tropo em busca do pão.

Sou boca aberta em fétidos pratos,
Que soa livre nos tímpanos do poder,
Sou utopias em anos eleitoreiros,
Eu sou a áspera mão do padecer.



3 comentários:

  1. Um poema acido .... forte porem verdadeiro ... abçs poeta /Adilson

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  2. Tristemente belo! - Parabéns! - Abração

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  3. "...Sou grito tropo em busca de pão..."

    Pela erradicação da fome e da miséria JÁ!

    Saudações,
    Claro

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