quinta-feira, 28 de abril de 2011

REMINISCÊNCIAS


REMINISCÊNCIAS




Cresci num pequeno município antes chamado

Capoeiras, depois Araçaíba, que mais parece

uma vila de tão pequeno, campestre e rudimentar,

mas foi lá que comecei a moldar esse meu espírito,

correndo, pulando e brincando, sempre com minha

querida prima, pelas ruas, matas e campos.



Ia para a escola, atravessava o campo de futebol,

acompanhava minha mãe que ia pescar no açude,

do qual eu tinha um medo terrível; era assustador ver

minha mãe com água pelas canelas ou até os joelhos;

achava que iria se afogar e não mais retornar; ela, que

sempre cantava e muito costurava, principalmente antes

da festa de agosto, quando as confecções triplicavam;

a todos tinha que atender e ainda fazer os ajustes finais.



No dia do casamento, vários convidados sentavam-se na sala,

lá aguardavam até que a noiva, enfim pronta e vestida, se dirigisse

para a igreja da praça, onde iria se casar. Essas lembranças todas

estão tão vivas em minha memória, jamais se apagarão; assim

como numa delicada película essas cenas passam, repassam

porque ficaram para sempre nitidamente gravadas na retina de meus

olhos, portanto estarei sempre a reprisá-las na minha vida...



Eunice Rodrigues de Pontes

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